por Marco Hollanda
Depois de passar pelo Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais este bONG chega à Bahia. Para ser mais preciso, vamos viajar até a cidade de Teixeira de Freitas, no sul do Estado. O relato de uma hemponauta revelou que a Negligência da Guarda vai muito além da tradicional brutalidade por causa de um baseado.
Sem enrolação, vamos direto aos fatos.
Um dos melhores lugares para incendiar a palhoça são parques. Estas pequenas ilhas de área verde dentro das cidades, onde o contado com a natureza se torna mais íntimo, tem tudo para proporcionar deliciosas viagens ao sabor da nossa Santa Erva.
O horário de embarque do trem para a Jamaica era após as dez da noite. Neste momento, crianças e idosos já não passam mais pelo parque de Teixeira de Freitas. Era um território onde nenhuma mente conservadora poderia afirmar que a santa fumaça estava atrapalhando o bem-estar da família brasileira.
Com o terreno livre, foi só encontrar um cantinho confortável para o grupo de cinco amigos iniciarem um contato mais íntimo com a natureza. Passado um tempo, o tsunami de cannabis já atacava no visual dos presentes. É quando chega o momento de colocar todos os neurônios para funcionar e trocar aquele dedão de prosa, já que não tem coisa melhor do que gastar a onda conversando com os amigos.
O editor desta coluna afirma isso por experiência própria. Os melhores projetos para o Hempadão são concebidos em alto estado de chapação.
Tudo ia tão bem, que era até bom demais para ser verdade. E realmente era. No instante em que a leseira canábica atacava fortemente, uma viatura da guarda invade o bosque e dela saem quatro policiais. De imediato todos eles apontam as armas para o grupo que estava ali sentando curtindo uma boa onda. Em seguida, o Capitão segue com tática comum a Negligência da Guarda e dispara a seguinte frase que dispensa traduções para o português formal: “Se correr, eu poco”.
Só que o pior dessa história começa agora. Um dos personagens que acabara de ser surpreendido pela Guarda era negro e menor de idade. Depois de revistar todo mundo, a guarda joga sujo novamente e decide deter o menor por mais um tempo. Tal fato seria aceito se o menor fosse encaminhado para alguma delegacia especial. Isso se a lei fosse respeitada pelos tiras. Mas o objetivo do tratamento diferenciado era de pura intimidação e terror psicológico. Esse filme de terror, como todos já devem estar esperando, teve fortes cenas de agressão física que esse bONG se limita apenas a relatar. Detalhes da história são desprezíveis.
Enquanto isso, o sentimento de fúria tomava conta dos amigos brancos que observavam o único negro do grupo sofrer as piores conseqüências. Fúria que precisava ser contida, já que uma reação mais exagerada ia deixar as coisas em um estado ainda pior.
Depois de liberado, nosso amigo que mais sentiu na pele a negligência da guarda baiana nunca mais voltou ao bosque de Teixeira de Freitas.
Você também passou por momento de tensão na mão da Guarda e sua Negligência? Conte sua historia para a equipe do Hempadão: hempadao@gmail.com
da licença pra entrar na roda....
ResponderExcluirdepois de dar a minha bola penso que esse racismo e ignorancia nao vai parar nunca.
Minha teoria de quem não fuma fica burro parece cada dia mais se concretizar.
minha opinião é também de que os detalhes poderiam ser descritos justamente pra galera saber o que ta rolando por ai, (nesse caso na Bahia) e já ficar ligado com essa burrice careta
Como hoje é sexta, vou acender unzin pra comemorar
abraços
"Depois de revistar todo mundo, a guarda joga sujo novamente e decide deter o menor por mais um tempo."
ResponderExcluirQue vergonha, infelizmente acontece isso, racismo é burrice meeesmo!
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A minha história é diferente, eu estava com uma amiga de carro indo para um reggae, a polícia nos parou e sentiu o cheiro da maconha, elesprocurama e acharam 3 baseados com a gente. Eram dois policiais... eles nos chamaram de maconheiras de merda e falaram que a gente era pra ficar com eles ou então a gente se fodia!
Eca, nunca que eu iria ficar com um fdp daquele!
Caras, moro em SC e por aqui isso nunca aconteceu comigo. Claro, sou branco, me visto bem, tenho um bom emprego e sou o dito cidadão respeitável. Classe média/alta, conheço as leis.
ResponderExcluirOu seja, não sou alvo desse tipo de preconceitos.
ahh ta!que bom pra vc...
ResponderExcluirpois pra a grande maioria isso ainda eh realidade...