quinta-feira, 6 de agosto de 2009

[Ed.#23] Adão e Erva: Qualquer um. Qualquer cor. Ou Idade.

Há pelo menos 5 meses a editoria Adão e Erva trás histórias engraçadas ou cotidianas sobre o universo do usuário de maconha no Brasil. E não são poucos usuários, como todo mundo sabe. Dados comprovam que são pelo menos de 4 a 5% da população do país. Números e informações nem fazem parte da vida de Adão, afinal ele é apenas um homem comum, que ama sua flor amada. Mas nas universidades o número é de 37%, dos que fazem uso ou que pelo menos tenham ao menos experimentado a cannabis. Durante décadas esse número cresceu, foram formados uma bela proporção de profissionais, que se alternam entre todas as camadas, que fazem parte desses números.

Erva é uma companheira nada violenta, que parece ajudar os ajustados e atrapalhar somente os torpes. Mas Adão pode ser homem ou mulher, por isso mesmo, se liga:

- Se Adão fosse um Índio?

Tipo vários que foram amputados da cultura de fumar diamba. Ou trabalhadores rurais maranhenses, que cultivavam o hábito de fumar após longos períodos de trabalho físico. O índio é inserido, mas mal educado, mal pode chegar aqui no Hempadão, entrar na roda e contar seu manifesto. A polícia doida para prender esse cidadão, que no meio da mata planta maconha e trabalha em prol único de sua própria natureza. Mas o índio pensa, como já dizia O Pensador, e no mínimo se pergunta: O que eu fiz?

- Se Adão fosse um funcionário padrão?

Ele poderia ter uma ideia genial e compartilhar com pelo menos doze mil membros. Adão se organiza e debate o assunto pela internet, todos os dias. E não é por aqui, e sim pelas redes de relacionamento. Não só um funcionário, como qualquer pessoa com mínimo grau de instrução e acesso as infovias, consegue ao menos sugerir um protesto, se inserir no campo das idéias onde mora pensamento da massa.

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- Se Adão fosse um vendedor de pássaros?

Em plena feira clandestina de animais - crime indiscutivelmente maior do que fumar um baseado - portando sacos de semente de maconha, para dar somente aos cantadores. Ora, rola a lenda de que os passarinhos simplesmente cantam melhor se alimentando com as sementes da ganja. Sacos apreendidos e, infelizmente, uma possível fiança legal ou não. Por motivos óbvios, Adão não quis revelar o endereço da feira, afinal, lá continua rolando o mesmo canto doce do passarinho e só porque me chamo Manoel, não to pra dar Bandeira.

- Se Adão fosse artista?

Poderia trabalhar com barro, morar no interior de qualquer São Paulo ou mesmo Parati. Ter nome no museu e jamais ser pega com flagrante, por fuma "de veneta". Então rodar o Brasil, fumando em cada camping com outros mais por aí... Adão! Preferindo trabalhar longe do efeito erva, assumindo a responsabilidade do atelier e vivendo de arte. Fumando sem nunca sequer ter comprado um bagulho.

Adão se pergunta, seja ele qual for: Porque é que essa erva é proibida? Falam que Adão fuma maconha para fugir dos seus problemas, mas quem é que evita a todo instante o debate? Se Adão fosse um sociólogo, ele abriria os olhos da população: "Basta de guerra aos pobres, disfarçada de guerra às drogas!".

6 comentários:

  1. A Dri veio convidar pro blog dela, chama: Mãe, esposa, dona de casa, trabalhadora!

    Hehehe...parabéns! Uma verdadeira super-heroína como quase toda mulher de idade adulta...

    Mas inserido no contexto do post, será que ela faz tudo isso e ainda, assim como Adão, é amante da Erva?

    No lo se...

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  2. "Basta de guerra aos pobres, disfarçada de guerra às drogas!".
    Resume tudo!

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  3. qq e aquele maluco dando a lingua parar um passarinho?? uahuahuahuahuahah..... mo brisa!

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