terça-feira, 15 de setembro de 2009

[Ed. #29] Chapa2: Porque a Maconha é diferente das outras?

Nenhum advogado cometeria o erro de falar sobre todos os crimes de uma forma geral, por mais que exista uma unidade que permita a classificação igual a todos os delitos. Da mesma forma o faz aquele que debate sobre drogas. Não se pode generalizar, posto que caímos na armadilha do discurso genérico, sem precisão. Já foi a época em que era possível ludibriar a opinião pública ao dizer o termo drogas para alcançar, num mesmo balaio, todas – e somente – as drogas ilícitas. As lícitas safaram-se por puro lobby. E a maconha por muito tempo esteve lá, taxada ainda como a “porta de entrada”.

Como estamos vendo na nossa enquete, quem realmente abre caminho para as drogas são as liberadas e incentivadas pela grande massa, principalmente o álcool. Mas o foco não é travar a diferença da maconha em relação às drogas lícitas, mas sim a todas as outras, que compõem junto com a cannabis o grupo das excluídas. A maconha é de longe a mais consumida no mundo. Aliás, somando-se todos os usuários de todas as outras drogas iliícitas não consegue alcançar o número de maconheiros que existe no globo. E ainda bem que é assim, afinal, você alguma vez ouviu falar de uma epidemia de maconha? Não, nunca. Mas se 1% da população tiver acesso ao crack, temos instituído um problema federal de saúde.

Até mesmo em relação à cocaína, a dita segunda droga do patamar, a maconha tem muita diferença. Não só por ser mais inofensiva em diversos pontos de vista, mas também por ser muito mais atrelada a diversos tipos de culturas, como a Rastafari e a mitologia indiana. Além do mais, a maconha é a única dentre todas que pode ser plantada e colhida, sem nenhum contato com indústrias ou laboratórios. Todas essas evidências explicam por exemplo manifestações como a Marcha da Maconha, que carrega o nome de forma emblemática para demonstrar de forma explícita essa demarcação. Maconha é  substância entorpecente, de porte ainda proibido, com grande poder e capacidade de malefícios principalmente psicológicos para usuários crônicos e menores de idade, portanto com cérebro ainda em formação. Mas apesar disso, é também atrelada a viagens e percepções espirituais elevadas, sensações interessantes auditivas ou gastronômicas. Ninguém nunca morreu por fumar maconha. Informação é nossa arma, vamos aderir ao movimento pela conscientização.

Por isso: “Politiqueiros, tenham vergonha! Legalizem a maconha!”  

6 comentários:

  1. Mais um grande texto sobre um grande tema! (rs)
    Nas ultimas décadas tudo ou quase tudo foi elucidado a respeito de tão maravilhosa planta, companheira dos humanos em sua caminhada histórica. Resta a luta, e porque não, o pedido, para os que estão no poder, abandonem seus preconceitos...
    Legalizem a maconha!...Será bom para todos nós.
    Rosinha Zamp.

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  2. Muito bom o post, sempre me faço essa pergunta, pq a erva é diferente? Pq uma minoria quer que seja assim....infelizmente. Juntos podemos mudar este quadro!

    parabéns pelo post

    vlw

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  3. Parabéns Hempadão.

    Informação é a cura.

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  4. Muito bom o texto.... quem se informa sobre o assunto,acaba percebendo que e melhor regulamentar do que proibir!

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  5. O critério usado pra definir o que é ou não proibido é muito subjetivo. "O Direito não socorre a quem dorme!" A marcha será levada a sério quando o número de eleitores presentes representarem parcela significativa do eleitorado. Simples assim. Basta ver a parada gay. Hoje todo político se diz contra a homofobia pelo simples fato de 1 milhão de eleitores estarem presentes no evento.
    A real é que político quer que todos se fodam e o pau deles continue a crescer. Entretanto, quando a moeda de troca é voto, nêgo libera até cocaína.

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  6. maconha é literalmente diferente das outras, funciona muito bem com o organismo, o caráter da droga é de preservação da saúde.
    muita gente faz uma comparação hierárquica da maconha pra outras drogas isso é realmenbte lamentável, maconha é o oposto das drogas que levam as pessoas serem internadas, e terem overdose e tal.. os inibidores de apetite, essas drogas são ligadas a ação desenfreada, aceleração do organismo e consequentemente em alguns casos morte precose... cocaína e estimulantes, tem a ver com ação sem questionamento, o que é prazeroso tecnincamente,e a maconha com questionamentos sem ação (por isso que os boatos de que maconheiro é sempre vagabundo, tem ate um fundo de razão subjetiva, ligada aos efeitos em si, não como o usuário administra na sua rotina e tal), cocaína e derivados geram um prazer totalmente cerebral, a maconha tem um lançe corporal de bem estar estomacal, relaxamento muscular e etc...estimula o cerébro por receptores que regulam o organismo e esse contato é saudável é como se o cérebro tivesse células pra reagir com a maconha. sempre saudável...

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