Na semana passada o Chapa2 trouxe informações sobre a Reform Conference 2009, a maior conferência sobre drogas do mundo, realizada em Novo México, EUA, nos dias de 12 a 14 de novembro. Mas semana passada o evento estava ainda quentíssimo e com pouca representação midiática. No Brasil não vimos sequer uma linha ser redigida pelos jornais de maior circulação, e por isso o compromisso de informar fica latente, ainda mais se as notícias forem boas. E são! Veja vocês como ficou linda a transcrição do ambiente da conferência, feita por um dos participantes:
"Policiais de terno misturados a hippies velhos, políticos encontraram redutores de danos, cientistas conversaram com advogados, ex-presidiários amontoados com legisladores e, defensores da legalização da maconha misturados a profissionais do tratamento de drogas – todos unidos pela crença de que a proibição das drogas é uma política falha."
Outra sensação descrita por alguns foi a de que talvez tenha acontecido, simultaneamente, muitas palestras imperdíveis, o que acarretou a perda, mesmo para aqueles mais interessados. Os assuntos variaram entre a guerra às drogas no México e na América do Sul a pesquisa com psicodélicos; da implementação de políticas de redução de danos em áreas rurais a legalização da maconha; de como se organizar pra reforma da política de drogas a que tipo de tratamento é mais funcional.
Talvez o maior destaque tenha sido dado ao assunto maconha medicinal, já que o Novo México, que acabou de autorizar quatro farmácias, foi pego como modelo por alguns palestrantes. "Se tivéssemos um sistema tão claro como o do Novo México, estaríamos bem" disse Alex Kreit, membro de uma força-tarefa de São Diego encarregada de desenvolver regras pras farmácias de lá. Fora os americanos, a conferência contou com a participação de gente de todo o mundo. Haviam representantes da África do Sul, Austrália, Canadá, Europa (Dinamarca, Inglaterra, França, Hungria, Holanda, Polônia, Portugal, Escócia e Suíça), América Latina (Argentina, Brasil, Colômbia e México), e Ásia (Camboja e Tailândia).
Mas a conferência não foi feita só de palestras. O Centro de Convenções abrigou também vendedores mostrando, vendendo e distribuindo seus materiais aos participantes. Para muitos, a conferência ficou mais para uma reunião, com grupos informais em bares e restaurantes ao redor dos hotéis, certamente deixando o clima ainda mais agradável. Infelizmente a repercussão midiática foi pouca, deixando a impressão de que nada aconteceu. Mas, principalmente em terras norte-americanas, isso é mesmo só impressão.
No sábado a conferência foi encerrada por uma palestra plenária ministrada pelo ex-governador do Novo México, Gary Johnson, que se declarou como a favor da legalização em 2001 e foi recebido com salvas de palmas antes mesmo de começar seu discurso. "Não faz nenhum sentido gastar o dinheiro que nós, como sociedade, gastamos aprisionando pessoas por usarem drogas e ainda usar a justiça criminal pra resolver o problema.", disse ele, como umas das últimas frases célebres do encontro, que certamente vão virar aspas históricas. A próxima Conferência é daqui há dois anos, em Los Angeles!
E até lá, como será que estaremos? Deixe na roda o seu panorama futurístico!
O futuro aponta para a permissão do uso da cannabis. O cenário atual está para a formação de um desenho de política em relação a cannabis. Existe uma tendencia dos paises pobres aguardarem, para depois seguirem a trilha dos países desenvolvidos. Por vezes o Brasil renuncia a exercer a liderança da política de drogas entre os pobres.
ResponderExcluirtenho fé que legaliza!
ResponderExcluirchega de políticas conservadoras e hipócritas!
Tenho fé que melhora!
ResponderExcluirchega de políticas conservadoras e hipocrisia!
célebres palavras, entre aspas históricas.
ResponderExcluirO assunto nunca foi tão claro. Me lembro de anos atrás, não muitos, em que não se ouvia falar a respeito da legalizaçao e que nao se questionava o proibicionismo vazio e desprovidos de argumentos cujas raízes nao estejam fincadas no senso comum e na alienaçao. A necessidade de se repensar a política de drogas é berrante, não dá pra ficar da forma que está por muito tempo. A maior necessidade que ainda vejo nas pessoas é a informaçao, a maioria dos brasileiros ainda é influenciada principalmente pela mídia, e não se preocupam em questionar idéias sem argumentos lógicos.
ResponderExcluirUm dia vai legalizar.... so espero ainda estar vivo.... com certeza quando acontecer irei para rua de carro gritando e buzinando!!
ResponderExcluirLegalizou!!
Como disse o irmão, "Tenha fé."
ResponderExcluirAcredito que logo possamos consumir nossa querida Erva sem preconceito ou discriminação. Afinal, foi Deus quem fez. ^^
Muito bom a divulgação do Hempadão. =D
JAH BLESS
O único ponto que ainda me desanima mas não me tira a esperança, é que esse tipo de informação ainda não é massificada como deveria ser. Pois só com o esclarecimento da sociedade como um todo, é que poderemos viver a legalização ainda nesta encarnação. Mas, como somos brasileiros...não desistiremos nunca !!! hehehe
ResponderExcluirAlanis Morissette revela que a maconha contribui para o seu processo criativo
ResponderExcluirhttp://multishow.globo.com/TVZ/Materias/Alanis-Morissette-revela-que-a-maconha-contribui-para-o-seu-processo-criativo.html
eu sinceramente não acho que deva legalizar em todo o Brasil.
ResponderExcluir1. Muita gente vai ficar fumando maconha o dia inteiro e dormindo, vai matar aula, porque obviamente não adianta ser legalizada para +18, no Brasil qualquer um compra qualquer coisa.
2. Vai demorar uns 15 anos pro preconceito sair + ou - DEPOIS de legalizar.
Bom, eu simplismente acho que o Brasil inteiro não tem cabeça pra isso. Eu acho que a primeira geração depois da legalização, vai ser um caos.
Abraço