sábado, 13 de fevereiro de 2010

[Ed. 50#] ErvaMundi: A cultura da Maconha no... Cazaquistão!

Hoje o Hempadão entra no ar mais uma vez com o ErvaMundi, editoria que já tá cascuda, já percorreu mais de 40 países! A ordem é alfabética e o fuso é louco, nunca conseguimos chegar às 4e20 em ponto, entre checagens e bagagens informativas. Hoje é dia de desembarcar no Cazaquistão, país que apesar de se situar com pedaço de seu território na Europa, é predominantemente asiático. Por aqui a independência só chegou em 1991, com o fim da União Soviética. Apresentado em suas características básicas, vamos à marola!

A maconha da região cresce em um lugar chamado Chuy Valley, o que deixa ligado todos os usuários e traficantes não só do Cazaquistão, mas também do Quirguistão e outros países vizinhos. As autoridades já tentaram fazer de tudo para acabar com a plantação, mas simplesmente não conseguem. Eles dizem: "cave a terra pra ver mais crescendo no próximo ano". Aproveitando essa fartura e verdadeiro presente de Jah, o país tomou decisão de construir fábricas de processamento de cânhamo para a fabricação de medicamentos e fibras, mas adivinhem... obstáculos meramente burocráticos e falta de entendimento daqueles que lutam contra a droga impedem o funcionamento. 

Mas o plano industrial é vigoroso, contando com investimento de 54 milhões de  dólares para a indústria e 20 milhões para a famacêutica. A empresa tem o nome de Xeloria e é movida por capital cazaquistanês e internacional. O primeiro plano é o lançamento de uma produção de cosméticos à base de THC. Depois o alvo é o desenvolvimento de uma linha industrial têxtil, voltada a fabricação de fibra, cordas, óleo de cânhamo, roupas, sapatos e etc... A primeira etapa tem previsão de realização no início deste ano. O maior impedimento, diz o gerente da empresa, é a autorização para a colheita, que é a única que lhes falta, já que o estado já autoriza o armazenamento, processamento e até a venda do produto final.

Mas como sabemos, nem tudo são flores nem mesmo na terra dos casacos - sim, eles tem esse gentílico. Moradores da região não concordam com a o implemento da indústria, segundo eles "a maconha tem sido um problema. Ela vai continuar sendo um problema. Duvido que a causa do sofrimento de muitos possa ser usada como um bem comum. Provavelmente, só os empresários se beneficiarão.” – imagina Kairat, morador da cidade de Shu. Muitas pessoas se desprendem de suas terras para invadir o monte e colher maconha para estocar para inverno, isso é o que contam também os moradores que ao invés de aproveitarem a dádiva, ficam tomando conta da vida alheia, na maior amargura...

Na voz do oficial de polícia Meyirhan Jamanbaev  a análise sobre a cultura do maconha na região se torna clara: "A cannabis cresce na região de Jambul em seis distritos. A maconha está aqui há décadas. Os habitantes antigos a usavam no dia-a-dia para fazer cordas, tapetes e nem imaginavam que o cânhamo continha substâncias narcóticas. Nossos antepassados usavam a cannabis porque os materiais feitos dela eram muito duráveis.” – introduziu M. Jamanbaev.

E continua ele: "Hoje em dia as pessoas a utilizam para fins totalmente diferentes. Portanto, nós fazemos de tudo para nos livrar da maconha e prevenir a sua exportação pra fora desta região. É uma tarefa difícil, já que a maconha está espalhada por aqui, fazendo com que seja quase impossível acabar com ela. Em 1990, um grupo de cientistas de 60 países, incluindo cientistas de um laboratório de pesquisa dos EUA, vieram para estudar essa maconha ‘selvagem’. Eles foram para o Vale Chuy para estudar a área e suas condições. Várias maneiras diferentes foram tentadas para acabar com a erva, mas a ciência ficou perdida. Se você cavar no lugar onde a maconha cresce, ela se multiplica no próximo ano. Não se pode queimar os campos de maconha como pastos e campos particulares vizinhos. Os cientistas alertam para que não arranquem a planta, já que suas raízes crescem sete metros abaixo da terra e em solo arenoso. Se tentar acabar com a erva puxando pelas raízes, a areia ameaça enterrar ferrovias e assentamentos.", conclui.

A melhor solução é doar o monte Chuy pro Hempadão, não? Nossa redação ficaria muito feliz em viver em contato direto com a natureza exuberante. Campos canábicos ao ar livre, mesmo a contragosto do homem... prova concreta de que a cannabis não é somente resistência humana, mas também uma luta de sobrevivência natural! Para ilustrar isso conseguimos achar um vídeo que mostra o quanto é fácil achar plantações de marijuana até mesmo na beira da estrada:

Semana que vem nós vamos viajar a um país da áfrica chamado Chade. Já ouviram falar? Será que tem marola? Sei não... qualquer coisa a gente foge e dá sequência à lista... Até lá!

5 comentários:

  1. dexa cmg e meus amigos.... tenho ctza q a gente dá um jeito em td essa maconha!!!! ashauehuashue

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  2. It's the paradise!
    ahhuahuau

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  3. Eu nao entendo uma coisa..... todo o mundo falando em preserva a natureza, os animais, e esses porras querendo acabar com a maconha que nao deixa de ser uma planta que faz parte de um ecosistema no cazaquistao!
    Se quer evitar que o povo fume ela, fica vigiando para ninguem pegar, nao precisa aniquilar as plantas!
    Um dia a proibiçao acabara e essa guerra inutil, sera escrita nos livros de historia como algo sem sentido e hipocrita!
    E essa chinesa loira mo cuzona..... e se eu quizer ir la estudar trabalhar e fumar um , eu garanto que se todo mundo fumasse um la teriam bem menos guerras, e sobraria muita paz!

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  4. Se existe uma lei que proibe as pessoas de fumar uma planta que da no meio do mato, e a soluçao usada para fazer com que essa lei seja cumprida e acabar com essa planta......
    Entao se descobrirem que po de marfim de elefante, da barato, ele irao tentar matar todos os elefantes???

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  5. Lá deve ser o paraíso, iria me amarrar em fumar uma erva tão guerrera como essa
    É a resistência!

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