[Ed. #51] bONG: Essa dura vale um Filme - Parte 2!

por Marco Hollanda

Na semana passada o bONG contou um caso que prometeu um segundo capitulo. A ideia era contar tudo em três partes, mas como alguns leitores reclamaram do longo tempo de espera vamos terminá-la hoje.

CAPÍTULO 2

Passados dois meses da última dura, lá estava nosso personagem em uma missão na mesma comunidade do Rio de Janeiro. Era noite de jogo da Seleção Brasileira e a casa estava legalized. Enquanto a televisão ainda passava a novela das oito ele subiu o morro da Formiga. Optou por fumar um lá em cima e voltar para casa com erva suficiente para uns três baseados.

Quando descia as escadas foi possível observar o Gol da PM na entrada da comunidade. De imediato jogou a maconha no canteiro para fugir do flagrante. Quando estava mais perto do da viatura começa o filme de terror.

O policial, velho conhecido da última dura, ataca:

- Esse maconheiro eu já conheço. Vai dizer que estava só passeando aqui no morro. Cadê o flagrante?”

- Não tenho flagrante. Comprei uma maconha de dois e fumei tudo lá em cima para ver o jogo.

- Tem certeza? Posso procurar aqui?

- Fique a vontade!

O tira vasculha o canteiro com a ponta do fuzil e não encontra nada. Não satisfeito, obrigou sua velha e conhecida vítima a abaixar as calças, inclusive a cueca, até a altura do joelho. No mesmo instante um taxi se aproximava do local e o guarda pede para que as roupas sejam vestidas rapidamente. Mas o carro passou direito e a dura continuou.

O clima começa a mudar quando desce as escadas um sujeito com algumas gramas de pó na ideia e mais pouco de maconha no bolso. Como esperado, ele também foi abordado pelos tiras.

Só que o malandro resolve enfrentar os guardas ao mostrar o flagrante que estava no bolso. Para completar disse que já havia fumado e que fumaria mais em casa. Não deu outra: foi algemado e colocado dentro da viatura. Para alívio do nosso personagem, os policiais já tinham uma nova presa.

- Você deu sorte. Já arrumamos alguém para sacanear!

No dia seguinte ele retorna ao local para buscar a maconha que havia deixado no canteiro.

CAPÍTULO 3

No mesmo morro, na mesma escada, e a mesma viatura parada no mesmo local. É claro que lá estava o mesmo policial. Parece Déjà vu, mas não é. Novamente ele havia se livrado do flagrante e policial nada encontrou.

A guarda tentou ganhar a noite na base da ameaça. “Já é a terceira vez que isso acontece. Na última, pegamos aquele viciado e enchemos de porrrada. Se eu te encontrar por aqui novamente vou te esculachar e deixá-lo em casa pelado sem um centavo no bolso!”.

Depois dessa, nosso personagem nunca mais subiu o morro.

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E você, já sofreu nas garras da Guarda Negligente? Se sim, conte sua história pra gente pelo endereço: redacao@hempadao.com!