[Ed. #55] Chapa2: Wal-Mart demite funcionário após descobrir uso de Maconha Medicinal!

Essa semana um caso de demissão causou polêmica nos EUA. A mega rede de supermercados Wal-Mart resolveu cortar de sua lista de empregados um homem usuário de maconha medicinal, permitida pela lei do estado de Michigan. Joseph Casias sofre de um raro câncer de mama e, além disso, tem um tumor no cérebro impossível de ser operado.

Ele trabalhava na companhia há 5 anos e nunca teve nenhum problema como funcionário. Segundo Casias, ele trabalhava com dedicação fazendo até mais do que lhe era exigido, chegando a cargas de 12, 14 horas por dia. No entanto em novembro ele torceu o joelho na empresa e sinais de maconha foram detectados nos exames, feitos rotineiramente nesses casos.

"Uso somente para aliviar a dor. Para me sentir mais confortável e ativo como pessoa'', é a justificativa de Joseph, que agora é desempregado devido a política contra as drogas seguida à risca pelo Wal-Mart. Embora a lei estadual permita o uso da cannabis como medicamento e que Casias tenha mostrado inclusive sua carteira de autorização médica, nada comoveu o staff da empresa, que mesmo assim confirmou a demissão.

Entre doações da militância americana e pedidos fervorosos de boicote à rede de supermercados, a grande questão que fica é mais uma vez uma demonstração explícita de discriminação quanto ao uso da cannabis. Embora estejamos ainda longe da realidade da maconha como remédio para diversas mazelas do corpo, estamos inseridos completamente nessa ótica de segregação e marginalidade que tomam a alma coletiva. Quantos de nós não escondemos o hábito por medo de represálias profissionais? Até quando?