domingo, 2 de maio de 2010

[Ed. 62#] Discovery Hemp: Maconha faz mal? Super Interessante!

por Dr. Moura Verdini 

O texto a seguir é parte de uma matéria clássica, que saiu na revista Superinteressante em agosto de 2002. Ela é um marco pois foi uma das primeiras a se mostrar interessada em analisar o assunto de forma verdadeira. O texto transcrito tenta responder a questão que assola a cabeça de todo usuário: Maconha faz mal? A matéria foi enviada à  equipe do Hempadão como sugestão de tema por um dos nossos leitores. Para ler a matéria na integra, clique AQUI! O conteúdo é de muita qualidade, quem não conhece, deve conhecer. E quem já leu, vale relembrar.

“Maconha faz mal?

"Taí uma pergunta que vem sendo feita faz tempo. Depois de mais de um século de pesquisas, a resposta mais honesta é: faz, mas muito pouco e só para casos extremos. O uso moderado não faz mal. A preocupação da ciência com esse assunto começou em 1894, quando a Índia fazia parte do Império Britânico. Havia, então, a desconfiança de que o bhang, uma bebida à base de maconha muito comum na Índia, causava demência. Grupos religiosos britânicos reivindicavam sua proibição. Formou-se a Comissão Indiana de Drogas da Cannabis, que passou dois anos investigando o tema. O relatório final desaconselhou a proibição: "O bhang é quase sempre inofensivo quando usado com moderação e, em alguns casos, é benéfico. O abuso do bhang é menos prejudicial que o abuso do álcool".

Em 1944, um dos mais populares prefeitos de Nova York, Fiorello La Guardia, encomendou outra pesquisa. Em meio à histeria antimaconha de Anslinger, La Guardia resolveu conferir quais os reais riscos da tal droga assassina. Os cientistas escolhidos por ele fizeram testes com presidiários (algo comum na época) e concluíram: "O uso prolongado da droga não leva à degeneração física, mental ou moral". O trabalho passou despercebido no meio da barulheira proibicionista de Anslinger.

A partir dos anos 60, várias pesquisas parecidas foram encomendadas por outros governos. Relatórios produzidos na Inglaterra, no Canadá e nos Estados Unidos aconselharam um afrouxamento nas leis. Nenhuma dessas pesquisas foi suficiente para forçar uma mudança. Mas a experiência mais reveladora sobre a maconha e suas conseqüências foi realizada fora do laboratório. Em 1976, a Holanda decidiu parar de prender usuários de maconha desde que eles comprassem a droga em cafés autorizados. Resultado: o índice de usuários continua comparável aos de outros países da Europa. O de jovens dependentes de heroína caiu - estima-se que, ao tirar a maconha da mão dos traficantes, os holandeses separaram essa droga das mais pesadas e, assim, dificultaram o acesso a elas.

Nos últimos anos, os possíveis males da maconha foram cuidadosamente escrutinados - às vezes por pesquisadores competentes, às vezes por gente mais interessada em convencer os outros da sua opinião. Veja abaixo um resumo do que se sabe:

Câncer
Não se provou nenhuma relação direta entre fumar maconha e câncer de pulmão, traquéia, boca e outros associados ao cigarro. Isso não quer dizer que não haja. Por muito tempo, os riscos do cigarro foram negligenciados e só nas últimas duas décadas ficou claro que havia uma bomba-relógio armada - porque os danos só se manifestam depois de décadas de uso contínuo. Há o temor de que uma bomba semelhante esteja para explodir no caso da maconha, cujo uso se popularizou a partir dos anos 60. O que se sabe é que o cigarro de maconha tem praticamente a mesma composição de um cigarro comum - a única diferença significativa é o princípio ativo. No cigarro é a nicotina, na maconha o tetrahidrocanabinol, ou THC. Também é verdade que o fumante de maconha tem comportamentos mais arriscados que o de cigarro: traga mais profundamente, não usa filtro e segura a fumaça por mais tempo no pulmão (o que, aliás, segundo os cientistas, não aumenta os efeitos da droga).

Em compensação, boa parte dos maconheiros fuma muito menos e pára ou reduz o consumo depois dos 30 anos (parar cedo é sabidamente uma forma de diminuir drasticamente o risco de câncer). Em resumo: o usuário eventual de maconha, que é o mais comum, não precisa se preocupar com um aumento grande do risco de câncer. Quem fuma mais de um baseado por dia há mais de 15 anos deve pensar em parar.”

A matéria acima, além do conteúdo interessante, mostra como o caso da maconha vem sendo tratado pela mídia de massa cada vez mais sob um olhar de aprovação e não mais de repúdio e preconceito. Se você quiser contribuir com o Discovery Hemp com sugestões, questionamentos, dúvidas, envie um e-mail para discoveryhemp@gmail.com como fez o leitor que nos sugeriu a matéria de hoje.

17 comentários:

  1. Revista obrigatória! tira qualquer dúvida sobre maconha, tenho essa e tenho outra da super que aborda DROGAS e fala a realidade de muitas droga,até o que me lembro fala das lícitas e ilícitas,seria interresante pro Discovery Hemp.

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  2. Super interessante mesmo!
    vibes!

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  3. essa reportagem é realmente muito boa !!

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  4. o conteudo eh bom so nao gostei do jeito que foi escrito
    muito ruimzinho esse editor

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  5. Eu vi essa matéria a muito tempo no diariodaerva.com vcs conhecem ?

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  6. A matéria conheço desde 2002. =]

    O diariodaerva.com já veio aqui e no Social fazer propaganda. Mó galera conhece, mas...

    ... sei lá.

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  7. caraaaa que foda, eu ganhei um monte de revistas de uma tia e veio essa, separei as q eu queria e minha mãe jogou a pilha errada, as q eu queria foram para o lixo :(
    ela foi junto

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  8. Dudu Que baita mão2 de maio de 2010 às 21:40

    Melhor reportagem de cannabis ja lida por mim !!!

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  9. crtl C. crtl V. foiii só isso que fizéram pq conheço essa matéria a mto tempooo e igualziim. seiim mudá neim, uma palavra :s
    faiiil;.

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  10. Mudar palavra?
    se posta a capa da revista e reproduz um pedaço da matéria, a título de informação... dando links para o conteudo original... pq mudar palavra?

    Pelq forma do comentário dá pra ver que nao sabe escrever, seria pedir demais se soubesse ler.

    Fail é ser ignorante a ponto de não compreender isso. Fala sério..

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  11. Reportagens imparciais devem sempre ser divulgadas. Já havia lido e foi bom relê-la.

    A proibição da nossa Santa Erva é só, digamos:
    Discriminação racial.
    Discriminação de classe social.
    Discriminação cultural.
    Discriminação religiosa.
    Discriminação jurídica.
    Discriminação econômica.
    Discriminação hipocrática.
    Discriminação botânica.
    Discriminação pessoal.
    Discriminação...
    Discriminação e medo. Ignorância e dominação.

    Mas tá dominado não, o sonho está bem vivo.
    Fé.

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  12. Belo post! Discriminação é medo [2] FUMO MINHA ERVA E NÃO FAÇO MAL A NINGUEM

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  13. ae hempadao mandei isso ai e ja tinha ate esquecido! amnésia todos concordam q ela causa ne..... ahuhua
    valeu! _\|/_

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  14. ainda posso fumar mais 10 anos =D ebbaa

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  15. Temos que fazer o Movimento Plantio Caseiro , para poder plantar em casa e produzir o seu!
    ejony !!!!!!!!!!!! vibes!!!!!!!!!!!

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  16. Mto boa esse matéria da super interessante!

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