[Ed. 64#] Adão e Erva: Entre Tapas e Beijos - Uma Metáfora do Primeiro Trago!

A paixão de Adão pela erva é como aquela música sertaneja: Entre tapas e beijos. E ninguém esquece o primeiro beijo, mesmo os que inciaram cedo, com o cérebro ainda em desenvolvimento. O primeiro tapa é o assunto de Adão hoje, quer dizer, o primeiro contato da boca com a biqueira.

Como é um apaixonado, Adão vai antes rememorar. E como é milenar, nosso personagem vai filosofar sobre o ato. Beijo não se pede, pelo menos o primeiro. Essa coisa moderna de banalização do ato não conta. Intimidade, vontade e oportunidade é que comandam. A Erva deve ser tratada com responsabilidade, muita informação, e se desejada...

... aí sim cultivada, como qualquer relação. O contrário pode acontecer também. Um beijo despretensioso pode criar paixão efervecente. A cultura influi muito nesse contato. Muita gente infelizmente beija por pressão social. Cada vez o primeiro beijo é dado com menos idade. E infelizmente os doutores estão certos quando dizem que a Erva atrapalha os meninos, afinal, muitos começam a matar aulas para namorar.

O deleite do homem em seu hábito de prazer. A cabeça nas nuvens, mas um dever. Há de se ser honesto para beber o manjar da deusa Eros. Representar a causa não significa só argumentar ou protestar. Muito sagaz no processo de mudança cultural, o Pai disse na bíblia que o cristão deve dar exemplo, e isso é claro. Chico Science também disse: "Eu me organizando posso desorganizar".

Muita gente se separa e nunca mais vê os lábios da ganja. Isso também é interessante, para que todos vejam que ninguém morre de amor. Adão fica por aqui doido por uma causa impossível. E manda um beijo, mas não pras crianças.