[Ed. #71] ErvaMundi: Maconha Ilegal e Não Tolerada no Equador!

Hoje o ErvaMundi desembarca em Quito, capital do Equador, para tentar desvendar um pouco sobre a cultura da cannabis no local. Para quem não sabe, o ErvaMundi tem esse objetivo e percorre a fila alfabética de letras desde um tempão. Enfim... infelizmente a maconha é também proibida no Equador, o nível de tolerância é baixo. Há muitos casos de prisões por anos, de nativos ou estrangeiros, somente por posse da droga.

Como em qualquer lugar, a proibição existe mas não garante a escassez do consumo. Dizem os nativos que suborno pode te livrar de vez, ou simplesmente piorar muito sua situação.  Comprar por lá é quase impossível. A legislação do Equador é severa e a maioria das pessoas por lá compara a maconha às drogas pesadas.

Turistas nunca devem fumar pelas ruas e mesmo se for em quartos de hotel, devem tomar muito cuidado, pois se o cheiro for sentido, a polícia pode ser chamada. Um morador do Equador diz, sobre a tolerância do recinto: "Eu moro no Equador há 5 anos e nunca vi ninguém fumando fora de casa".

Em La Montanita, na costa, talvez o ambiente seja mais propício, já que o local é ocupado por fumantes e surfistas. No mercado de Otavalo é possível que se encontre uma boa pista da marola. Vendedores de pipes e outros acessórios podem ser bons informantes, né? É possível dar sorte e encontrar uma boa maconha colombiana, pagando até 30 dólares por 20 gramas. A equatoriana é mais cara, chegando a 40 dólares 15 g.

A proibição se mostra falha sobretudo se forem analisados os números voltados as drogas e infância de países da América Latina. Um relatório emitido pela OEA mostra que jovens de 13 a 17 anos estão tendo um contato prematuro com a droga que gera preocupação aos especialistas. Países como a Argentina, onde a maconha é tolerada, tem índices maiores de consumo da erva, mas em compensação apresentam números menores em relação ao consumo de cocaína, por exemplo, se compararmos aos sistemas mais fechados, como o do Equador.

Diante de todo o problema da droga e sua proibição, a atual política equatoriana, assim como a brasileira, está bem indicada a mudar e evoluir no sentido das liberdade pessoais. Mas sabe como é, né... a mudança vem a passos lentos.

Semana que vem viajamos para Eslováquia, será que melhora o panorama? Sei não, hein... Hasta luego, hermanos!