Ed. #71] Hemportagem: Maconha - A Erva dos Extremos!

A maconha segue sendo a erva dos extremos, já que é objeto de busca de profissionais de áreas completamente diferentes. Enquanto por um lado helicópteros rasgam o céu tentando diferenciar a olho nu o verde satânico das plantações de erva em meio ao verde natureza das outras espécies de plantas, nos laboratórios a maior luta é para conseguir provar que a cannabis é uma erva medicinal.

Na USP cientistas fazem teste contra a ansiedade e fobias sociais utilizando o cápsulas de canabidiol - e deu certo. Testaram 24 pacientes com dificuldades de falar em público, sendo somente 12 medicados e os restantes ingerido placebo. O testo consistia em colocar os parientes para falar um texto diante de uma câmera por 4 minutos. Aqueles que tinham tomado o remédio tiveram níveis de ansiedade parecidos com o de pessoas normais, enquanto nos outros o placebo não fez a menor diferença.

Segundo José Alexandre Crippa, psiquiatra da universidade, isso pode explicar o porque de muitas pessoas se sentirem bem e buscarem o uso da cannabis de forma a ajudar no dia a dia. "Talvez eles não procurem a droga pelo "barato", mas pela ação do canabidiol. Seria uma forma de automedicação. O problema é que eles consomem junto outras substâncias com efeitos negativos", conclui o doutor sobre os outros componentes presentes na planta.

Enquanto isso o Pedro permance detido. Os cientistas envolvidos com o estudo da cannabis no Brasil tem que viajar para a Europa para continuarem com seus estudos. A justiça encarcera pessoas, a polícia mata ou simplesmente agride moralmente usuários como forma de cultura diante da erva. Em São Paulo, na terça-feira, um menor foi encontrado com plantação de maconha. Depois a polícia encontrou resquícios de plantações em meio aos canaviais.

Nas fronteiras duas toneladas de maconha garantes a notícia de jornal, mas nunca o fim total de toda quantidade de droga que passa por lá. Permanecemos enxugando o gelo sob flashs. Afinal, se por um lado a polícia tem mais é que combater o tráfico de drogas, porque ao menos não flexibiliza a questão do autocultivo?  Foi exatamente essa a argumentação do antropólogo Sérgio Vidal, ao enviar carta a redação do Globo. Segue como dica de leitura, para ver, clique aqui.