[Ed. #73] bONG: A Guarda Mineira e o Alto Teor de Sadismo contra o Usuário de Maconha!

por Marco Hollanda

O bONG desta semana decola até uma pacata cidade do interior do Minas Gerais. Por lá, a guarda atua de maneira bem semelhante aos porcos das grandes cidades.

De carro, os três amigos passavam pela rodovia que corta a cidade. O reggae que sai das caixas de som era como um hino que inspira qualquer maconheiro a incendiar a erva sagrada. O flagrante reservado para curtir aquela noite não passava de seis gramas.

O primeiro beck da noite foi apertado e já estava na boca. Mas durante movimento que levava o isqueiro até a ponta do baseado o clima de paz chegou ao fim. Antes mesmo da erva entrar em contato com o fogo dois carros de passeio (um Celta e um Gol) surgem no retrovisor com armas apontadas. Restava a dúvida se abordagem estava sendo feita por policiais ou assaltantes. A única certeza era de que a viagem não podia continuar.

Como estavam sendo seguidos por dois carros com faróis altos, a ideia de jogar o flagrante pela janela foi imediatamente descartada. Pressionados pelo misterioso bonde da repressão, eles são pressionados a parar em um posto de gasolina desativado. Antes de descer do veículo, um dos amigos esconde a erva dentro do carro. Na abordagem, a idenficação de Polícia Civil foi estampada na cara de cada um.

O terror pscicológico começou antes mesmo da revista. Ameaças de todos os tipo deixavam bambas as pernas de quem encarava a fúria da negligencia da guarda. Dominados pela estratégia de terror, eles decidem entregar a única paranga que servia de flagrante. Rapidamente a negociação partiu para o lado financeiro. Não satisfeitos com a quantia arrecadada a guarda negligente decide se apropriar dos celulares de cada um de suas vítimas.

Na despedida, um dos tiras resolve deixar suas vítimas com um pneu do carro furado. Às gargalhadas, eles provavelmente partem em rumo da próxima vítima da noite.