[Ed. #96] Chapa2: A Marcha que faz a história do Brasil ficar mais verde!

O mantra "amanhã seremos maior" faz todo sentido quando analisamos o resultado do ativismo canábico brasileiro em 2010. Apesar de proibida em algumas cidades a Marcha da Maconha já representa um movimento de abrangência nacional, promovendo o debate e gerando reflexão.

 

Este ano a Marcha foi realizada nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Natal, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Em Fortaleza, Salvador e São Paulo o evento foi proibido. Mas quem foi ao ao Parque do Ibirapuera, na capital paulista, tornou-se testemunha de um momento histórico, pois a mordaça da justiça não conseguiu calar a  voz de aproximadamente 1000 manifestantes.

 

Entretanto, ainda temos um caminho longo para fazer da Marcha da Maconha um verdadeiro movimento de massas. O primeiro passo e fazer a cabeça de todos os usuários de maconha para que tenham a consciência de lutar pela legalização do baseado fumado diariamente. O segundo, e não menos importante, e atrair para marchar os grupos sociais que mais sofrem com a guerra às drogas. Para estas pessoas a legalização pode ser responsável pelo fim de um cotidiano de mortes de insegurança.

 

Também é preciso lutar pela consolidação do legítimo direito de manifestação. Não podemos esquecer que em três importantes cidades a Marcha foi proibida por uma decisão da justiça, que deveria garantir os direitos constitucionais do cidadão. Para lutar contra este mal será necessário reforçar nossa militância de advogados contra o autoritarismo de um judiciário que ainda opera nos moldes da ditadura.

 

Mas o ano que começa na próxima semana promete boas notícias. Uma delas e a possibilidade de realização da Marcha em cidades médias do interior do Brasil, onde o preconceito ao usuário costuma ser maior. E o Hempadão seguirá na cobertura,  apoio e divulgação de todo e qualquer evento em defesa da legalização da erva que nunca matou.