[Ed. 98#] THCélebre: Crânios da Informática –Drogas e Contracultura!

Sexo, Drogas e Rock’n’roll é um invenção do século XX, não do XXI, como disse o Dr. Ronaldo Laranjeira. Também do século passado remontam tecnologias fundamentais para nossa militância, e aí estamos falando estritamente da internet, que tem seu desenvolvimento no berço da tecnologia norte-americana do Vale do Silício, a região de maior concentração de nerds do mundo, localizada na Califórnia. A contracultura no cerne da indústria cultural e uma juventude afim de encarar o mundo através de novos horizontes, foi essa mistura que fermentou o surgimento de iniciativas que hoje constituem empresas referências do mundo atual.

 

Qualquer careta escreve seus textos preconceituosos debruçado na janela de Bill Gates, um milionário de biografia ainda pouco revelada. Sobre estar em Harvard, na década de 70, ele teria dito: “Eu não acho que era diferente dos outros nesses aspectos, para mais ou para menos”, numa entrevista em 1991, além de dizer que suas coleção de discos consistia em álbuns do Jimi Hendrix.

 

 

O livro Gates: How Microsoft's Mogul Reinvented an Industry—and Made Himself the Richest Man in America [tradução livre: Gates: Como o Nerd da Microsoft reinventou uma Indústria – e se tornou o Homem mais Rico da América], escrito por Stephen Manes, da PC Magazine e pelo repórter Paul Andrews, da Seattle Times, diz: “A maconha era a medicina escolhida, mas nas palavras de Sam Znaimer (colega de quarto), ‘umas duas vezes bem planejadas nós fomos pro interior para passar um tempo contemplando o universo’.” Já para a revista Playboy, em 8 de dezembro de 1994, Bill Gates disse que já usou LSD.

 

Os sócios do Vale do Silício de Gates eram, naquela época, e até hoje uma indústria de computadores que não faz testes de drogas nos empregados pois sabem que isso eliminaria muitos dos melhores talentos. “Esses eram os caras (e bem raramente, mulheres) que um dia disseram que as drogas mudariam o mundo, ou banheiros de compostagem, ou a Earth Shoes, ou sirenes, ou as religiões orientais. Agora eles todos são engenheiros eletrônicos que, de alguma maneira, tropeçaram no mundo da programação. Mas eles estavam começando a perceber, com um fervor quase religioso, que o que realmente mudaria o mundo – ou pelo menos a parte dele em que as pessoas se juntassem para fazer a mesma coisa – seria o computador.”

 

E o que é lugar comum na ficha de quase todo THCélebre é aquele sofrimento pelas garras da lei, que por vezes se incomodam e muito com condutas que fujam aos padrões estabelecidos. Em 1977 Gates foi preso pelo departamento de polícia de Albuquerque. Mas o responsável pelos registros disse que depois de uma longa busca, nada foi encontrado com relação à foto mostrada. É uma prática comum em muitos estados a remoção de registros de prisões por pequenos crimes depois de muitos anos, desde que não haja repetição da prisão. Entre os crimes considerados pequenos, estão DUI, sigla em inglês para ‘dirigir sob influência’ e a posse de pequenas quantidades de substâncias controladas.

 

Quem acompanhou de perto a nossa cobertura da Prop19 nos EUA viu que mais uma grande empresa resolveu botar a cara e apoiar publicamente a causa da legalização da maconha: o Facebook. Foram 170 mil dólares doados a campanha do Sim na Califórnia para o plebiscito que pretendia legalizar a droga.

 

Já esta publicação, que fala sobre a criação da Apple, tem uma linha específica que demostra uma importante época na vida de Steve Jobs: “Ele saiu da faculdade para Oregon, onde passou seus primeiros semestres usando LSD e maconha, descobrindo sexo (...)”.

 

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