[Ed.#101] Chapa2: “Quando a repressão acaba eles iniciam novos plantios”!

Quando se joga a palavra maconha no google, mais de 80% dos resultados de busca estão relacionados à “apreensão” e junto com isso: polícia, tráfico, drogas. Diariamente nós investimos em um universo muito maior do que esse, e também mais bonito e sobretudo mais eficaz do ponto de vista da redução de danos. Maconha como cultura transcendental é algo impensável no padrão atual, modelo  midiático que alimenta a produção de links e falsas lógicas.

 

 

Em seu comprovadamente religioso, recreativo e medicinal – ninguém aqui duvida que ela deveria ser tratada com um pouco mais de respeito. O problema é quando saímos da Hempada – ou mesmo do mundo virtual como um todo – e esbarramos por perto com toda contradição desse sistema. E aí subir o morro pra buscar hemp e hash pode ser um adeus de longos anos, dias ou horas, só porque a lei ainda confunde usuário de traficante, deixando ao cargo da polícia o julgamento.

 

E as centenas de policiais que passam dias cortando e queimando as plantações pelo Brasil afora? Trabalhando chapadões de fumaça [expeça] espessa, desenvolvendo a lavoura da lei. E quando eles saem? Volta o plantio. Eu não estou satisfeito com essa utilização do dinheiro público. Prendem estudantes e operários do cultivo, mas perpetuam sem vergonha a luta – desde já perdida – contra a maconha.

 

Só pra ilustrar o absurdo, nesse vídeo o policial diz que agora as plantações são norteadas pelo fim da ação policial. Assim que a polícia acaba a inspeção, o plantio volta a ser feito. Sinceramente, espero que Cabral não veja isso, senão ele pode sugerir ao governo que a solução é a implementação de uma UPP. A operação é um sucesso, atendeu a expectativa, levou a maconha para a televisão mas não acabou com ela no mercado. Liamba VII:

 

Tudo isso com o nosso dinheiro. Que beleza, não?