[Ed.104#] bONG: A proibição que sustenta a negligência!

por Marco Hollanda

 

O bONG é prova de que uma aventura de verão nem sempre tem final feliz. Afinal, não são poucas as histórias de repressão durante viagens a lugares paradisíacos do litoral brasileiro. Desta vez viajamos até a cidade de Tramandaí, no Rio Grande do Sul, para contar a história de cinco amigos que caíram na mão da guarda.

 

A história começa com a clássica tarde de sol e o desejo de carburar e erva na companhia de boas pessoas. O local escolhido foram as dunas da praia de Nova Tramandaí, onde nada parecia ter força para acabar com a paz que o local inspira.

 

Mas o primeiro alerta de perigo surgiu quando de longe foi possível ouvir o grito de que “os homi” estavam no local. Logo em seguida outro grito afirmava que “é apenas a brigada ambiental!”. E quando foi possível descobrir quem de fato estava por ali já era tarde demais. Os homens de farda estavam no local e agora com armas apontadas na direção do grupo. Logo, o flagrante que ainda estava aceso caiu rapidamente na mão dos Tiras.

 

O fato de todos estarem vestidos a caráter para ir à praia e sem nenhum documentou irritou ainda mais um dos policiais. O clima fica ainda pior o policial recebeu pelo telefone a notícia de que a Kombi necessária para transportar os cinco não estava disponível no momento. A solução encontrada pelo homem de farda foi esperar, ali mesmo, que o veículo chegasse ao local.

 

No sol, eles ficaram esperando por aproximadamente uma hora até que a Kombi chegasse. Para completar a bad trip os cinco foram obrigados a viajar juntos em um banco destinado a três pessoas. Só que antes de ir para a delegacia eles foram levados até um hospital da cidade, onde foi feito o exame de corpo de delito. Chegando lá, os tiras aprontaram mais uma ao deixar suas vítimas trancadas dentro do carro enquanto tiravam algumas fotografias diante da população que observava os criminosos.

 

Já na delegacia ainda foi preciso ouvir as piadinhas que eram disparadas pelo delegado. Como havia dois menores no grupo ainda foi necessário chamar o pai de um dos mais velhos que, revoltado com a repressão, foi até a DP para por fim a história.