[Ed.106#] bONG: A Verdadeira Bad Trip de Viagem!

 

por Marco Hollanda

 

Nem toda viagem é marcada apenas por boas lembranças. Em casos como o que contaremos hoje a ação da Guarda Negligente estragou o descanso de uma família de Campinas (SP) para o balneário de Porto Seguro (BA). Em comum aos outros casos está foi uma repressão orientada por convicções pessoais e abuso de autoridade.

 

Naquele fim de tarde ensolarado nosso amigo seguiu em caminhada pela cidade turística em busca de um pico para dar umas carburadas. Em um canto isolado da praia ele encontrou um local perfeito e ali iniciou os trabalhos em uma indescritível harmonia com a natureza que o cercava. Ele, que ainda portava uma pequena quantidade de maconha, saiu em caminhada pelo calçadão.

 

Com um golpe certeiro o passeio foi interrompido por uma brusca abordagem da guarda baiana que rapidamente encontrou o pequeno flagrante que só rendia no máximo dois baseados. O sotaque atípico logo entregou que se tratava de um turista e foi motivo para algumas piadas de graça desprezível. Então os tiras já começaram um interrogatório sobre a origem da erva que havia sido comprada em Campinas.

 

No caminho para a delegacia ele ainda forçado a revelar o endereço do hotel onde estava hospedado. Tudo para criar um clima de humilhação pública com a exposição do criminoso que estava sendo detido. Na delegacia ele ainda foi obrigado a ouvir da boca de delegado que “em Porto Seguro não entra maconheiro vagabundo financiador do tráfico”.

 

Se existe algo para ser comemorar nesta história é fato do nosso amigo leitor ter sido enquadrado como usuário de drogas, sendo liberado logo após a assinatura do Termo Circunstanciado. Vale lembrar que na noite da última quinta-feira o caso do Moqueca, cultivador de Guarapari (ES), teve mais um triste capítulo. Acusado de tráfico de drogas, ele teve o pedido de liberdade negado e o antropólogo Sérgio Vidal, que participou da audiência como testemunha, ainda foi denunciado por apologia.

E você, já sofreu nas garras da Guarda Negligente? Se sim, conte sua história pra gente pelo endereço: redacao@hempadao.com!