[Ed.#111] Adão e Erva: Sem dinheiro a Marcha Murcha!

Adão agradece todos os elogios dos últimos posts. Adão parabeniza toda a equipe do Hempadão pelos 2 milhões de visitas conquistadas. Mas assim como o amigo leitor disse na roda, Adão quer ver é esse povo comparecer na Marcha da Maconha. E um pouco mais do que isso… ele podia estar roubando, podia estar matando, mas está aqui humildemente pedindo para que – quem puder – colabore com o movimento da Marcha!

 

Isso aqui não é igreja, para pedir dinheiro prometendo que sua vida vai mudar. Nem pedimos que doe aquilo que não tem. Mas falar em dinheiro é vital dentro de qualquer empreendimento que ouse se manter vivo. Ou vocês acham que é uma gráfica de maconheiros que imprime os 200 mil panfletos na camaradagem? E o carro de som, acha que sai de graça?

 

Fazer a Marcha da Maconha acontecer sai caro. E muita gente reclama que não tem em sua cidade, mas é incapaz de mobilizar formas de arrecadação ou mesmo de produção e organização da Marcha. Gasta-se fácil com erva, mas quase nada para financiar o movimento contra o fim da guerra. Acho que seria vergonhoso usar o dinheiro dos pais para comprar maconha, mas Adão não acharia má ideia pedir aos pais dinheiro  para a Marcha da Maconha, afinal de contas, o movimento pela legalização tem um papel importante na vida de milhares de usuários, o de acabar com o pior dos danos possíveis causados pelo uso de maconha: o dano legal.

 

Doar é necessário para que possamos atingir o mínimo. Só nesse mês o Hempadão mobilizou 900 reais em prol da causa. Gostaríamos de fazer muito mais e trabalhamos a cada dia para que seja possível. No mais, é bom deixar claro, avisa Adão, com clareza e visão: não estamos aqui pedindo dinheiro para o Hempadão, nem usando o nome da Marcha da Maconha para financiar projetos do blog que visam o evento. Estamos falando de fortalecer o coletivo através do coletivo, não o coletivo através do nosso colete.

 

Seja como for, 17 cidades vão Marchar. Para isso precisamos de verba para envio e distribuição dos panfletos para diversos lugares do Brasil. Já falamos aqui qual é a forma de doar para este viés. Quem não pode doar não doa. Mas e aqueles artistas, famosos, e toda sorte de gente que poderia contribuir, mas prefere não fazer isso. Ao menos explica na roda o porque. Que tal? E quem doa, como Adão, também deixa registrado o porque está fazendo isso. A explicação do homem milenar vai a seguir:

 

É preciso grana para mover e jogar o jogo. É preciso gana para viver e fazer fogo. Não há revolução sem armas. Nossas armas são os movimentos de liberdade de expressão e representação dessa cultura reprimida. Ninguém gosta de ouvir que o usuário financia o tráfico. É uma pena que tão pouca gente tenha a coragem e a vontade de bater no peito e dizer: eu financio a mudança.