[Ed.118#] WeedNews: Contra a Censura ao direito de Pensar e Marchar!

por Marco Hollanda

 

Na opinião de alguns juízes e promotores a rua não é lugar de debate, principalmente se bandeira for a legalização da maconha. Para eles, isso deve ser discutido em espaços fechados, longe do povo. Mas contrariando a opressão e a caretice oficial, a comunidade canábica de sete cidades do país tomou as ruas nesse final de semana para debater esta causa e derrubar os velhos mitos.

 

A lentidão do Supremo Tribunal Federal para julgar a legalidade da Marcha ainda provocou a censura da manifestação em Campinas, Juiz de Fora e Salvador, onde a galera caminhou em defesa da liberdade de expressão. Em Belém, Florianópolis, Fortaleza e Natal as palavras “legalização” e “maconha” foram bradadas dentro da merecida legalidade. Amordaçados ou não, parabenizamos todos por este belo e último fim de semana do maio verde de 2011!

 

Em São Paulo um grande número de coletivos se reuniu para protestar contra o abuso da força policial, principalmente por conta da repressão exagerada na Marcha da Maconha da semana passada. Desta vez, os escudos e bombas de gás ficaram guardados na viatura. Entre os ativistas as armas eram as flores, que foram oferecidas inclusive aos mais 200 policiais convocados para impedir o ato que chegou a ser proibido na última sexta. Felizmente um acordo com a PM garantiu uma caminhada pacífica.

 

Estranhamente alguns gritos isolados em defesa da legalização da maconha (que estavam proibidos) foram recebidos com risadas pelos Coxinhas. Com os homens e mulheres de farda apenas garantido um direito constitucional, os cinco mil manifestantes escreveram mais uma vez um belo capitulo na história do ativismo popular em São Paulo. E se existe algo bom na tentativa de censura é fato de ter sido criado um movimento que começa a se articular em nível nacional.

 

No dia 18 de junho a Marcha da Liberdade deve acontecer simultaneamente em várias cidades dos Brasil. Assim como ocorre na Marcha da Maconha, o ato não depende da organização de um coletivo central. A mobilização local é a única maneira da sua cidade também entrar para história nesse dia.