[Ed.#119] WeedNews: Marcha em Brasília – onde mais um Grower é preso como Traficante!

por Marco Hollanda

 

É lamentável como as histórias de violação dos direitos do cidadão se repetem pelo país. Seguindo a jurisprudência do judiciário negligente o Tribunal de Justiça do Distrito Federal proibiu a Marcha da Maconha de Brasília faltando poucas horas para o ato. A decisão surpreendeu até mesmo a polícia, que já tinha acertado com os organizadores da Marcha a dinâmica para uma passeata tranqüila.

 

Mas quem esteve presente na Esplanada dos Ministérios na tarde da última sexta-feira pode se orgulhar de ter participado da Marcha da Pamonha, que inevitavelmente também foi da Maconha. Os cerca de 3 mil ativistas ainda defenderam a legalização na frente do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, que deve julgar a legalidade do movimento nos próximos dias.

 

Felizmente os homens de farda da Capital compreenderam que os gritos de ordem dos manifestantes deveriam ser respeitados como um direito fundamental a liberdade de expressão. A repressão se fez com a revista de algumas mochilas e a censura de alguns cartazes com a folha proibida, mas a caminhada foi totalmente pacífica.

 

No meio desta multidão estava o cultivador Sativa Lover, que no dia seguinte acabou tendo um lamentável destaque na imprensa, quando a polícia encontrou cerca de 80 pés de maconha - a maioria mudas - na sua residência em Sobradinho. Mesmo sem qualquer indício que a erva cultivada fosse comercializada ele foi enquadrado como traficante e agora amarga uma injusta prisão. A única boa notícia é que os consultores jurídicos do Growroom já estão acompanhando o caso. A redação da Hempada torce pela chegada de boas notícias!

 

Vereador baiano assume ser usuário de maconha

 

O renascimento político de Fernando Henrique Cardoso por conta da sua militância canábica anda abalando as estruturas do poder. Na semana passada o vereador Cristiano Alves da Silva (PMN), da cidade baiana de Medeiros Neto, resolveu sair do armário ao admitir ser usuário de maconha.

 

“Tenho 37 anos e fumo há mais de 20. Estou aqui para defender que o usuário não é criminoso e o Estado poderia estar ganhando ao legalizar a maconha, que é muito menos prejudicial que outras drogas, inclusive o cigarro”, afirmou Cristiano durante uma sessão Câmara dos Vereadores.

 

Como de costume, a fúria conservadora reagiu na tentativa de censurar o debate. O delegado Kléber Guimarães afirmou que vai analisar o discurso do vereador na busca de um possível crime de apologia ao uso de drogas. Também não será surpresa se outro vereador entrar com um pedido de cassação do mandato.