[Ed.#121] Adão e Erva: Reflexão de Feriado… Maconha segue Ilegal, tá Legal?

Feriado e Adão está sozinho na selva. Nunca só, sem dó, só ele e a Erva. Perdido na relva, vê gnomos e elfas. A santa paz de uma casa vazia para simplesmente existir sem culpa. Como se do paraíso Deus tivesse dado descanso e abolido o pecado em pleno feriado: tipo carnaval. Legalizai a massa, amassa o paradigma impregnado na massa, que é mansa – debate e já cansa, não cai mas balança enquanto a babilônia sobe a serra pra curtir um friozinho e depois cair no trampo na segunda feira.

 

Todo homem deve ser livre e a polícia nunca deveria interferir e prender uma planta. Adão e Erva não entendem esse propósito obscuro contra matos que curo, procuro, ministro períodos de claro e escuro. Não compro, não vendo, tá vendo? Investiga e vê se não se instiga, pois se prende – logo a gente aprende – quem que apreende a matéria prima? Quem nunca viu quer ver lá na delegacia. – Gracinha, disse Coronel Garcia, e que com planta a droga parecia. Adão aproveita sua liberdade para caducar a causa e refletir a questão – é contra quem essa proibição?!

 

 

Contra aqueles que vão passar esse e os próximos feriados consagrando a paz de seu lar? Contra aqueles que, assim como FHC, querem apenas dar e receber amor? Adão queria comemorar a liberdade com o pouco de liberdade que tem, mas será que convém? Hoje é feriado de quê?! Corpo de cristo. Corpo de Adão. Se Deus foi feito a minha imagem e semelhança, queria impor só uma lembrança, ele também tem endocanabinóides.

 

Só por hoje vamos comungar tranquilos. É feriado e ninguém sairá ferido de missão alguma, por razão nenhuma, enquanto a paz se apruma e a legalidade ruma em todo canto quanto nossa erva é sumo, em suma. Porque quem quer, arruma. E se o governo quisesse mesmo combater o tráfico deveria estimular o cultivo pessoal, não é pessoal? Se a escolha é mesmo no âmbito pessoal, pra que todo aquele pessoal de farda pra oprimir a pessoa?

 

Eu ia escrever mais, mas são 4e20 e ela me espera… a amo em outro esfera. E se vale toda espera, até mais galera: tapa na pantera. Beijo, prima Vera!