O CannaBusiness desta semana viaja no tempo para descobrir mais uma das múltiplas utilidades do cânhamo. Chegando ao final do século 15 descobrimos que nas Grandes Navegações, que levaram os desbravadores europeus ao continente americano, a fibra derivada da cannabis teve um papel fundamental. Mas vale lembrar que outros povos, como nórdicos e chineses, já se aventuraram pelos mares bem antes de portugueses e espanhóis.
Primeiramente é preciso considerar que a construção de embarcações com a capacidade de navegar pelo Oceano Atlântico por um longo período já significa um grande avanço tecnológico. O que normalmente não é contado nos livros de história e foi muito bem explicado pelo professor Henrique Carneiro no documentário Cortina de Fumaça é o fato da fibra de cânhamo ter sido utilizada para a confecção das velas e cordas das lendárias caravelas.
A escolha se deve ao fato do cânhamo produzir feixes quem podem chegar a 4,5 m (reduzindo o número de emendas) e por ser mais resistente a deterioração da água. Também é omitido dos livros que algumas embarcações que chegaram ao Brasil traziam uma boa quantidade de sementes para o cultivo na nova colônia.
Curiosamente a primeira lei brasileira sobre a maconha tratava de incentivar o cultivo da cannabis de forma a abastecer a metrópole com esta matéria-prima tão preciosa. Com esta mesma função foi criada em 1783, no que hoje é o Estado do Rio Grande do Sul, a Real Feitoria do Linho Cânhamo, que durou até o ano de 1824 (dois anos após a nossa independência). A sede da Feitoria permanece de pé até hoje na cidade de São Leopoldo.
Grande parte dos historiadores defende a tese de que o hábito de fumar maconha foi introduzido na cultura brasileira pelos escravos, enquanto os portugueses se preocupavam em cultivar a cannabis para alimentar o setor têxtil. Diante deste fato fica mais fácil entender porque a sustentação jurídica que levou a proibição no século 20 é recheada de um racismo vergonhoso para a nossa história.
FIRST
ResponderExcluirvcs podiam colocar a bibliografia ;DD~ curto muuuito o hempadao!!
ResponderExcluirvcs podiam colocar a bibliografia [2]
ResponderExcluirBela matéria, como sempre!
Engraçado que os prédios antigos desta época que ainda estão de pé foram tombados como patrimônio histórico. Já a cannabis, que propiciou a chegada dos portugueses nesta terra de injustiças e pequenos pensamentos, foi proibida por colocar em risco grandes grupos capitalistas. Lamentável.
ResponderExcluirfalamos português, escrevemos português, pensamos português. viva portugal. viva o brasil.
ResponderExcluiralém da história da maconha que foi mal contada, também é preciso recontar outra história, a da colonização portuguesa. cuspimos no prato em que comemos quando por engano falamos mal de portugal e dos portugueses. foram eles que deixaram para nós um continente inteiro e invejável com 8,5 milhões de km quadrados, e com 8 mil km das mais belas praias litorâneas do mundo. quantos países pequenos que não têm espaço nem pra pensar... é preciso ensinar este valor nas escolas. devemos a portugal nosso continente - a terra em que todos de todas as classes pisamos - e tudo das nossas melhores reservas. é preciso lembrar sempre que as gerações do presente não têm culpa dos erros das gerações do passado. herdamos a história. todas as coroas - portuguesa, espanhola, francesa, holandesa, inglesa etc. - cometeram enganos no passado, mas nenhuma outra coroa garantiu fronteiras tão gigantescamente continentais e deixou uma riqueza tão inominavelmente exuberante como deixou portugal para nós, para o brasil e para o povo brasileiro do presente. por isso, é preciso respeitar sempre nosso gigantesco e milenar irmão portugal. pense, medite, reflita.
ResponderExcluirNão sei é assim ainda... Mas em São Luiz do Maranhão tinha um enorme fabrica textil q trabalhava com a fibra do cânhamo. Hoje o lugar virou fera de artezanato, mas (pelo menos quando eu fui la) podia-se ler na chaminé da fabrica, escrito com letras enormes mesmo, CÂNHAMO!!!
ResponderExcluirEu diria q se não fosse o beck o homem não tinha deixado de ser macaco.
isso ai foi antigamente, com o aumento aburdo da tecnologia hj em dia, eh mt difiçil fazer produtos totalmente naturais... Mas a cannabis ajudou e muito a realizar a expedição, se nao fosse por ela ,povos nao tinham explorado...
ResponderExcluirE sobre o ate do preconceito, eh uma caracteristica qe expande ate hj ,lamentavel :x
belissimo post!!!parabens
ResponderExcluirBela Noticia,
ResponderExcluirComo Historiador alocado aqui no sul, não posso deixar de lembrar que:
Por todo Brasil existiram colonias de produção de Cannabis para feitoria de Linho Canhamo. A REAL FEITORIA DO LINHO CANHAMO.
Na cidade de são leopoldo é nome de bairro: Feitoria
Sobre a historia da coroa no Brasil no berço da colonização alemã.
http://www.sindileo.com.br/museu.html