Juíza norte-americana Questiona Lei Antidrogas da Flórida! [WeedNews Ed. #127]

por Marco Hollanda

 

Se os políticos pouco trabalham para acabar com a guerra às drogas, a justiça já faz o que pode para mudar um pouco da história. Foi assim no Brasil, quando o STF acabou com farra de proibições da Marcha da Maconha. E está sendo assim na Flórida (EUA), onde a juíza Mary S. Scriven declarou a inconstitucionalidade da lei antidrogas do Estado.

 

Ela fundamenta a decisão citando como exemplo um caso de um estudante que escondeu cocaína na mochila de um amigo sem que este soubesse. De acordo com a legislação em vigor o dono da mochila é tão criminoso quanto a jovem que era de fato dona da droga. Para a juíza Scriven esta interpretação fere o princípio da “intenção”.

 

 

“Esta lei impõe duras sanções, mancha gravemente a reputação de um indivíduo, e regula e sanciona a conduta inócua sem prova de conhecimento ou intenção criminal", disse a juíza. Mal sabe ela que aqui no Brasil a coisa funciona de forma bem parecida ou pior. Dizer que a droga não era sua ou que foi “plantada” no bolso a mochila ainda pode render algum tipo de castigo físico imposto pela Guarda Negligente.

 

E teve uma Marcha contra a Maconha...

Enquanto alguns trabalham para acabar com a guerra às drogas, outros se organizam para defender sua manutenção. É que no último sábado a cidade de São Paulo recebeu uma marcha do “Movimento Nacional Contra a Liberação da Maconha". Os organizadores esperavam reunir 100 mil pessoas na Avenida Paulista, mas conseguiram apenas 1000.

Com argumentos do tipo "A família brasileira diz não à liberação da maconha", A legalização da maconha destrói seu filho" e "Você daria maconha ao seu filho?" os manifestantes foram as ruas fantasiados de hippies da caretice. Curiosamente um dos organizadores do movimento se apresenta como Xamã Gideon dos Lakotas.

 

"É uma maneira de dar o alerta ao Brasil de que há meia dúzia de homens arrogantes assustando a multidão de homens indecisos. São políticos falidos que querem aparecer, como o Fernando Henrique Cardoso", disse o Gideon dos Lakotas.

 

Pode até parecer intolerância religiosa, mas eu sou do tempo que os Xamãs não organizavam manifestações contra uma planta como a cannabis.