O Dia pela Legalização da Maconha: Amanhã Será Maior!

por Marco Hollanda

 

Poucos e bons maconheiros foram as ruas do Rio de Janeiro e São Paulo para defender a legalização da maconha. Foi assim a primeira experiência do Dia Pela Legalização da Maconha, que surgiu com a proposta de ser um ato canábico para o segundo semestre. Muitos podem ver as fotos e dizer a manifestação nas duas cidades foi um fracasso. Eu prefiro comparar o ocorrido na última sexta com a primeira Marcha da Maconha brasileira, que foi realizada no Rio em 2002 (Veja aqui: erroneamente o vídeo diz que foi no ano 2000) e observar o crescimento obtido quase 10 anos depois.

 

O mais legal de realizar uma manifestação canábica no Centro da cidade foi ver a receptividade da população em horário de trabalho e o apoio dos moradores de rua que engrossaram a passeata carioca. A polícia também estava lá e se limitou a cumprir suas obrigações constitucionais de garantir o direito a liberdade de expressão.

 

 

Quem estava nos prédios e ouvia gritos em defesa da erva corria para janela e acenava em apoio. Outros olhavam incrédulos para o grupo que não escondeu a cara para afirmar que é "maconheiro com muito orgulho e muito amor". Um religioso que tradicionalmente usa o Largo da Carioca com palco para pregações limitou-se a exibir um cartaz que dizia que "você merece o inferno."

 

A caminhada acabou na Cinelândia, onde está rolando o acampamento do OcupaRio. Lá, o megafone circulou livremente para todos aqueles que queriam discursar sobre a política de drogas. O ato foi semelhante ao ocorrido em São Paulo, onde a galera caminhou do Largo de São Francisco até o Vale do Anhangabaú, área do acampamento OcupaSampa.

 

 

Um batalhão contra uma planta!

 

O WeedNews desta semana não poderia passar sem registrar a prisão de um cultivador de maconha em Lavras (MG). A paranoia da guerra repressiva contra uma planta é comprovada com uma reportagem do local. Para realizar a apreensão de alguns poucos pés da erva proibida foram destacadas uma viatura da Rocca (Rota Ostensiva com Cães Adestrados), uma viatura do Tático Móvel, a viatura do Comando de Policiamento Urbano (CPU) e quatro motos patrulhas.

 

 

Apesar de todo aparato montado um dos acusados conseguiu fugir dos Tiras pulando o muro de casa. Então a polícia resolveu deter o responsável pela denúncia do cultivo ilegal: Wagner Pereira de Oliveira Júnior, de 25 anos.

 

Com tantos policiais correndo atrás de alguns poucos pés de maconha fica a impressão que Lavras é uma cidade livre de crimes verdadeiramente violentos.