segunda-feira, 9 de abril de 2012

Babuínos Balbuciam [Baseado na Lei 64ª Edição]

por Cacá “King Size” Müller

 

O debate pela desmarginalização da cannabis sativa encontra no lado contrário às novas políticas velhos discursos pautados nos mais diversos argumentos. Tentam construir razões desprovidas de lógica e colocam inúmeros aspectos subjetivos em torno daquilo que deveria ser estritamente científico.

 

De um lado, temos a certeza da ciência, que garante que a Maconha é uma droga leve, mais leve que algumas substâncias legais, vendidas facilmente em farmácias e botequins. Do outro, pesa o discurso de pais desesperados que não conseguem ter o mínimo de substrato para lidar com a situação de abuso (ou não) de drogas por parte dos filhos, além de inúmeros pastores neopentecostais (que aqui são uma metonímia hiperbólica da maioria esmagadora dos sacerdotes cristãos) e velhos coronéis retrógrados, donos da moral imutável dos senhores de engenho.

 

 

Hoje, há um dissenso na aplicação das políticas públicas sobre drogas no Brasil. O alto escalão do governo prega o fim da política repressiva em detrimento da redução de danos e a pedagogia do consumo consciente como forma de evitar abusos. Contudo, a guarda negligente continua com a aplicação das técnicas de ridicularização e ofensa (moral e física) contra os usuários de drogas. Muitas vezes é esta conduta que incentiva a marginalização do usuário e sua fuga para o mundo sublegal.

 

Para citar um dos nossos poetas maiores deste tempo, já disse Rashid que “a rua é noiz, porque deixaram as ruas com a gente”. A marginalização do usuário gera o medo. O pai não possui um filho usuário de drogas, possui um criminoso, que está sujeito aos rigores do Estado e de seus prepostos. Estes apontaram para seu filho e irão condena-lo (até poucos anos atrás, jogá-lo-iam numa cela). Vão leva-lo à rua, quando vai faltar o tratamento. A verdadeira porta de entrada para outras drogas não é a Maconha, mas a sua proibição. Os babuínos balbuciam argumentos repletos de emoções, mas ninguém encara o cerne do problema. É mais fácil tentar resolver a situação de forma superficial do que tentar entender as angústias de nossa juventude.

 

Observe, reflita, pense, critique, evolua e mude o mundo.

6 comentários:

  1. Isso dai é uma grande veradde, essa bancada evangelica e esses caras que ficam desviando verbas do país, p/icarem mais ricos ainda, são justamente as pessoas que estragam o desenvolvimento do pais. Vocês ja viram as boas pessoas que formam a bancada evangelica? Só vou citar um, Garotinho, só por ai dá p/se ter idéia das pessoas boazinhas que compõe essa bancada... LEGALIZE JA, CHEGA DE PRECONCEITO, HIPOCRISIA E INFORMAÇÃO DOS DESINFORMADOS QUE PASSAM UM MONTE DE CONHECIMENTO PODRE P/A SOCIEDADE

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  2. muda este nome, droga ja ficou muito pejorativo, se vcs do hempadao colocam nomes de drogas para drogas sintéticas e naturais, então deveriam chamar asfalto de natureza, carro de cavalo, e assim vai, muda este nome "droga", e começa colocar outro, sei lá inventa um chama de cannabis, pito, e tantos outros nomes porque chamar de droga. QUando se escreve droga ja traz um passado horrivel junto a esta planta. quando digo passado horrivel, o nazismo foi só um carrocel perto do prejuizo desta guerra que passou da capacidade de contabilizar as mortes. vamo la hempadao, bola pra frente e novas idéias.

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  3. Mias objetividade menos subjetividade! É esse o X da questão!

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  4. Mais linguagem coloquial 'pá nóis'

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  5. Lembrei de um careta que disse que era a favor da legalização, pois não queria trabalhar pra pagar por uma repressão que não funciona! Concordo plenamente com o careta, pagar impostos pra gastarem com armas, salários, presídios para continuar reprimindo sem efeito prático nenhum é demais para meu bolso, meu país precisa aplicar estes impostos em educação e saúde!

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  6. Calcule o quanto se investe na repressão (historicamente fracassada) da cannabis:
    Folha de Pagamento das PMs, PCs e PF + armas leves e pesadas (com capacidade de grandes estragos para inocentes!) + equipamentos policiais como veículos, coletes à prova de balas, etc. + combustível, incluindo os altos gastos com aviões, helicópteros, lanchas com super motores + laboratorios especializados e seus funcionários + gastos com comunicação + inúmeras viagens à serviço ref. a investigações!!!
    Conseguiu calcular?
    Pois é, somos nós, cidadãos comuns, pagadores de impostos que bancamos essa gastança sem fim e sem resultados.
    Com certeza essa fortuna poderia ser investida em segurança, saúde e educação, isso sim o povo necessita.

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