quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Descriminalização e Sociedade – Uma Reflexão recheada de Argumentos!

por Maurício de Martino

 

Há uma grande névoa sobre a descriminalização da maconha, sobre o que aconteceria com o usuário, o que aconteceria com o traficante e como isso mudaria as relações sociais.

 

Ao contrário do que muitos dizem, a descriminalização pode diminuir o tráfico, mas também, e ao mesmo tempo, melhorar a qualidade da maconha fumada pelos usuários comuns e diminuir seu preço.

 

Do ponto de vista jurídico, o que muda em relação ao usuário é que ele não será mais levado até a delegacia caso ele porte até 5 dias de uso da maconha, além de não poder fumar em público ao lado de crianças e adolescentes (o que é muito bom) e não poder fumar perto de colégios (o que é ótimo).

 

Tenho percebido que as pessoas estão receosas, pois acreditam que o usuário que for pego fumando, ao lado de crianças ou adolescentes, em público, ou que fume perto de colégio, irá para a cadeia. Só que as pessoas têm que entender que isso não acontecerá. O que acontecerá? O usuário que for pego nessa situação será levado para delegacia para assinar um termo circunstanciado e deverá comparecer em juízo, mas não será preso. Resumindo, se alguém for pego nessa situação, vai sofrer a mesma penalidade que, hoje, qualquer um que é encontrado com maconha, fumando ou não, sofre, só por estar portando uma ponta sequer.

 

Só por este ponto de vista já seria o suficiente para mostrar a mudança no pensamento e a evolução da lei, de forma positiva.

 

Agora eu vou mostrar a aplicabilidade da nova lei na vida real, no cotidiano de um usuário comum.

 

No ultimo ano, aqui no Brasil, 24% das prisões foram por tráfico. Mas por que isso? Existe tanto “Fernandinho Beira-Mar” assim? Logicamente, não! Todos nós sabemos que não existem tantos assim como ele. Mas mesmo assim, hoje existem mais de 125 mil pessoas presas por tráfico no Brasil.

 

Então quem são essas pessoas presas, quem são essas 124 mil pessoas que nós não vemos sendo procuradas na televisão ou nos cartazes das delegacias? Muitas dessas pessoas sequer foram procuradas por algo, algum dia, ou praticaram qualquer outro delito ilegal, mas estão presas, simplesmente por ter sido decidido, no momento da prisão, que essa pessoa era traficante e não usuária. Um dos principais motivos para esse aumento carcerário foi à recente mudança na lei penal, que não define quem é realmente usuário e/ou traficante.

 

Mas por que estou dizendo isso? No final vai entender.

 

Muitos dos usuários da maconha sentem MEDO, um medo real de “botar a cara” e, por isso, não querem se expor, tendo ir buscar sua própria maconha, nas famosas “bocas de fumo”, “biqueiras” ou qualquer outro lugar onde a pessoa encontre, seja em um prédio, num condomínio, numa rua, numa favela. Então, para se esquivar de “ser pego”, devido a esse grande MEDO, usuários compram com “mulas” afim de trocados, compram em conjunto, entre amigos, com os chamados “traficantes locais” ou quando alguém do grupo vai até um grande distribuidor, sendo um morro ou uma favela de grande porte. Isso acontece com a maioria dos grupos de usuários.

 

Legal, mas e ai? O que eu disse até agora? Calma, vai fazer sentido.

 

Podemos observar então que, mesmo sendo uma planta - algo que pode ser plantado em qualquer lugar, mesmo dentro de casa - as pessoas preferem correr o risco de ir a algum lugar comprar, ao ter que enfrentar seus familiares, a sociedade e ter que cuidar de uma planta até ela crescer e dar frutos. Então, levanto em conta a realidade das relações sociais, devemos lembrar que vivemos em um mundo capitalista e, desta forma, as pessoas que trabalham, ou as que são sustentadas, cresceram acostumadas a adquirir, pagando, os seus “produtos consumíveis”. Então, acredito-me, humildemente falando, que a descriminalização da maconha não mudará profundamente o comportamento da sociedade em relação a plantar a maconha, até por que nós não fomos habituados a cuidar de plantas, então demandaria um interesse geral, por quem fumasse, a ter que manter um ser vivo, sendo cuidado por essa pessoa todo o tempo (ainda que exista um modo automático), o que acredito ser difícil, tendo em vista que as pessoas, cada vez mais, estão se desprendendo até de animais domésticos, por exemplo, para não ficarem obrigados com “algo”. Porém, ainda que as pessoas não resolvam plantar, provavelmente a qualidade da maconha, mesmo a consumida pelos que compram no tráfico, terá um grande ganho qualitativo, além da diminuição do preço do produto.

 

Mas como isso? Irei explicar em breve.

 

Inicialmente chegamos à conclusão que nós somos consumidores por natureza, pois fomos habituados a isso, e, por isso, compramos a maconha e não procuramos plantá-la. Pode-se observar que em lugares onde se tem o plantio para consumo medicinal legalizado, por exemplo, as pessoas preferem comprar nos dispensários, a cultivar sua própria maconha. Seguindo essa linha, provavelmente, mesmo após a descriminalização do plantio para usuários, a maior parte dos usuários continuará comprando com o tráfico.

 

O que mudará para essa pessoa? O que mudará para o usuário que comprar no tráfico

 

Tem algo que não é muito falado, sobre a relação polícia-usuário-traficante, quando se vai comprar a maconha. Muita gente tem falado: “Se descriminalizar vão comprar com quem?”. Bom, nem preciso dizer que é óbvio que já é vendido e irão comprar com as mesmas pessoas até o Estado legalizar o comércio. As pessoas devem lembrar que o usuário nada mais é que um consumidor, economicamente falando, e o traficante é apenas um fornecedor. Então, se é vendido e se a polícia e os usuários sabem onde vende, como que o usuário compra? Eis a parada – os usuários não são “proibidos de comprar”! O QUE? ESSE MULEQUE TA FICANDO MALUCO? OS USUÁRIOS NÃO SÃO PROIBIDOS DE COMPRAR? – Mais uma vez, eis a resposta: OS USUÁRIOS NÃO SÃO PROIBIDOS DE COMPRAR! O usuário não é proibido de entrar e comprar, mas é “proibido” de sair. Mas por quem, pelos traficantes? Não, pela polícia! A polícia, que deveria proteger os cidadãos, é colocada nas saídas dos locais de venda para abordarem os usuários na saída, após a compra. Isso é mais que um absurdo. Problemas que deveriam ser do Estado são transferidos diretamente para o usuário. O Estado deveria combater o tráfico, mas, como não tem capacidade, atua em cima do pobre usuário. Este, que tem toda a liberdade para entrar e comprar, ao sair, é abordado por um policial.

 

Sim, o policial está cumprindo seu trabalho! Não, não está. Acreditem se quiser, mas pelo menos 90% dos usuários ativos de drogas ilícitas já sofreram uma “dura” e “desenrolaram” para não ter que ir a delegacia.Se os policiais cumprissem seu trabalho, efetivamente falando, nós não teríamos muitas pessoas que hoje vivem da carreira pública, que não poderiam ter passado em um concurso público, por exemplo, assim como muitos políticos que hoje nos representam e também já deram seus “tapinhas” e sofreram suas “duras”, mas desenrolaram para não serem presos. Além disso, se todo mundo que fosse pego fosse levado para cumprir o que diz a lei, a lei já teria mudado, pode ter absoluta certeza. “Longe de mim” dizer que todos os policiais são corruptos, ou que a maioria é! Mas é assim que o sistema funciona: o cara, o policial que tem disposição para ficar na porta da favela o dia todo é justamente aquele que está “aberto a negociações”. O outro, o policial bonzinho, está trabalhando no turno da manhã no parque da Lagoa ou nas pracinhas onde ficam os idosos em Copacabana. E é isso que a sociedade quer! Ninguém assume que seu filho é maconheiro, mas, se ele é descoberto com maconha, o próprio pai é o primeiro a querer livrar a cara do filho coitado. E quando a pessoa não tem alguém para “zelar” por ela, fica a mercê da interpretação policial, podendo ser jogado na “jaula” e ser trancafiado até primeira audiência, pelo menos, sem falar em agressões etc.

 

Voltando ao ponto da abordagem policial, com a descriminalização da maconha, o que mudará?

 

Bom, a partir do momento que descriminalizar, nesta relação ditada anteriormente, grande parte dos usuários de canábis, os que não plantarem, claro, devem comprar com os “grandes fornecedores”, ou seja, nas grandes favelas. Quando descriminalizar o usuário poderá entrar, comprar e sair! Eis a novidade na relação polícia-usuário-traficante. Antes ele não podia sair, com eu disse acima. A única coisa que vai mudar para usuário é que ele não será mais a “vítima” nessa relação! E isso mudará tudo na sociedade. A partir desse momento, o usuário que sair da “biqueira”, e for abordado por um policial, poderá dizer “Comprei lá dentro da favela! Não quer que eu compre, vá combater os traficantes lá dentro!”. Essa é a verdadeira obrigação do Estado, combater os traficantes e não os usuários.

 

Tá, e como isso vai alterar as relações sociais?

Eu disse que ia explicar sobre o ganho qualitativo e a diminuição do preço. Assim, vou falar sobre isso agora e deixo pra falar sobre a redução do tráfico.

Depois que a erva for descriminalizada e o consumidor não for mais abordado na saída da “boca de fumo”, não haverá mais a necessidade de [compramos com “mulas” afim de trocados, compramos em conjunto, entre amigos ou com os chamados “traficantes locais”]. Provavelmente a mudança na lei deixará as pessoas confiantes em comprar sua própria maconha em [um grande distribuidor, sendo um morro ou uma favela de grande porte]. Resumindo, se a pessoa pode sair a qualquer dia e qualquer hora para ir na “loja” comprar sua erva, pra que ela vai precisar ficar andando com grandes quantidades? Não haverá necessidade real das pessoas comprarem tudo de uma vez! Então se “hoje” você quiser comprar, basta ir lá, pedir, pagar e depois ir embora em paz.

 

Naturalmente, os usuários, os consumidores, cada vez mais ativos e participativos diretamente com os distribuidores, exigirão uma erva de melhor qualidade! COMO ASSIM O MACONHEIRO VAI EXIGIR DO TRAFICANTE UM BAGULHO BOM? Pare e pense: uma vez que o usuário possa escolher se quer ir ao manguinho, jaca, mandela, arara, tuiuti, bla bla bla, este escolherá o que melhor lhe estiver servindo. Se estiver melhor no jaca, todo mundo vai ao jaca, e isso já acontece.... Agora, se alguém disse que está bom lá na pedreira, por exemplo, qualquer um que não conheça o terreno poderá ir até lá comprar, em meio ao dia, sem medo. Até porque uma das maiores realidades é que o usuário típico não tem problemas com os traficantes, apenas com a polícia. O típico usuário não tem facção. Erva é erva, aqui acolá! Hoje em dia, as pessoas, aquelas que não utilizam terceiros para comprar sua maconha e vão direto aos fornecedores, procuram se informar se o lugar está “babado” antes de irem comprar. E, obviamente, a polícia nunca vai “babar” todos os pontos de venda! Não conseguem nem acabar nos lugares onde se tem UPP. Como mesmo o Beltrame disse uma vez: as UPP’s estão aí para acabar com a violência, não com o tráfico. O tráfico existe em todos os lugares, do Leblon a Campo Grande.

 

Bom, expliquei o porquê à qualidade vai melhorar, agora vou falar da diminuição do preço.Devido a essa nova demanda direta aos distribuidores, demanda essa que virá dos consumidores que compravam com mulas ou traficantes locais, com o medo da abordagem policial, o preço diminuirá drasticamente, por dois motivos, sendo o primeiro pela grande demanda de pontos de venda e a segunda pela grande procura dos usuários dispostos a comprar algo melhor e mais barato, sem ter que ter o trabalho de cuidar de uma planta e sem ter o risco que tem com a lei atual.

 

Finalizando, até porque já ficou cansativo, o ponto que restou falar foi sobre a diminuição do tráfico. – É, devem estar achando que eu sou maluco em dizer que o tráfico vai diminuir, se eu disse que o preço vai diminuir e você nem vai ter problemas com a polícia ou com o traficante e vai ser livre para escolher o que lhe for melhor. Mas não estou e vou explicar: Inicialmente eu falei sobre a quantidade de pessoas presas por tráfico no Brasil, quantidade esta que passa de 125 mil pessoas. Disse também que nós não temos muitos “Fernandinho beira-mar” a ponto de atingirmos esse numerário. Acredito ser mais do que óbvio que, a maior parte das pessoas presas por tráfico, ou sequer eram traficantes e foram parar na cadeia devido as questões sociais, ou pode se dizer que eram, como eu disse acima, [“mulas” afim de trocados, os chamados “traficantes locais”] ou algum amigo que tenha arriscado comprar para si e para mais 4 ou 5 amigos. Com a mudança na estrutura da sociedade sobre a descriminalização, toda essa classe citada acima vai “sumir” das cadeias. Desta forma, nós teremos uma redução drástica na quantidade de presos anuais, o que seria um grande feito, decerto que, pela primeira vez na história, estamos igualando a quantidade de presos por tráfico em relação a quantidade de presos por roubo.

 

Gostou? Não? Essa é a realidade! Seja Bem Vindo(a)!

14 comentários:

  1. Perfeito! mostrou agora como será a descriminalização na pratica livre de opiniões e apenas fatos! o mundo inteiro sabe que a guerra contra as drogas falhou! Como fomos um dos ultimos países a proibir a escravidão não vamos nos mostrar atrasados novamente em ser um dos ultimos a mudar a lei de drogas no país!

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  2. Tomara que a lei assim entre logo em vigor!

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  3. Ótimo texto, argumentos incríveis! Comentando sobre um ponto em que vc destaca o fato dos policiais aguardarem os usuários na saída da boca para efetuarem a abordagem após a compra. Concordo plenamente com o autor, pois isso é totalmente errado. Uma vez que se compra a droga de um traficante, significa apenas que o sistema de ''segurança'' pública é falho e por ele ser falho, não é culpa nossa, não é certo o usuário pagar o pato pela incompetência do governo :S Tenho fé que estamos perto de uma descriminalização e próximos do dia em que a sociedade se enxergará tão estupida e incoerente.. E após os bons resultados da descriminalização, quem sabe uma legalização definitiva para diminuirmos consideravelmente a violência, a corrupção e a injustiça presentes nesse país. JAH BLESS

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  4. ótimo texto! Tudo muito bem explicado, pena que os meus coroas jamais irão aceitar. : /

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  5. Minha mãe tbm nunca vai aceitar!!! Ela acredita em tudo que a tv fala!!! A midia do país trata o caso com muito preconceito ainda!!! É preciso veincular a verdade e parar de veincular a mentira!!!Isso tudo como sempre falo é uma realidade, umf ato, que todos nós aqui sabemos, temos que trabalhar uma forma de começar a noticiar na tv!!! Ampliar o lance da internet e atingir camadas maiores, com ajuda de pessoas que conhecem do assunto e tenha perfil p/poder ir e defender as idéias e falar a realidade!!! Mas o texto realmente é muito bom, FODA!!!

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  6. Muito bom, mas só não concordo muito quanto a parte em que ele fala que a galera não vai plantar. Com certeza vai ter muitos que iram preferir comprar, mas acho também que terá muitos que irão plantar, pois qual o maconheiro que nunca tentou plantar? A galera que irar preferir comprar muito provavelmente será formada por boa parte (disse boa parte) de "maconheiros não assumidos" aqueles que ainda tem medo de assumir, e quem não tem poderá experimentar plantar.
    Quanto a quantidade, acho que com o preço baixo a galera continuaria sim comprando em grandes quantidades pois todo mundo sabe que comprar em grandes quantidades é mais barato que comprar pouca coisa.
    Opiniões a parte, quero dizer que o texto tá bem explicativo!

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  7. deixa eu plantar moço!!
    não quero comprar não..!
    quero plantar, colher e fumar..ou comer..fazer chá..

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  8. Gostei muito do texto, o autor está de parabéns.
    Com relação a questão plantio, creio que haverá sim um aumento, mas nada tão significativo, pois nem todos possuem um local apropriado, ou espaço suficiente para um plantio que possa suprir a sua necessidade, sem contar que vivemos numa sociedade que nos demanda muito tempo para nosso próprio sustento financeiro, então para muitos faltaria tempo para dedicar ao cultivo.
    Abraço a todos!

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  9. O autor esqueceu dos clubes canábicos, onde vários associados se juntam e financiam a plantação de todos, e apenas alguns associados que gostam de plantar e cuidar fazem isso pros demais.

    Também achei irreal pensar que os policiais não poderão mais achicalhar usuários. Hoje eles também não podem e o fazem ilegalmente. Vai continuar sendo a mesma coisa até que o estigma em relação à planta diminua.

    Nisso sim a descriminalização pode ajudar: na redução do estigma e normalização da cultira canabica.

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  10. Só fui me ligar que era o texto do Maurício quando li e estranhei o "Existe tanto “Fernandinho Beira-Mar” assim?" kkkkkk Muito bom, mostrei pra minha mãe tem um tempo ...

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  11. Cara, o negócio é que todo maconheiro ainda vai ficar visado e será discriminado pela própria sociedade, veja como exemplo os gays: Não é um crime ser gay, na Europa já fazem até casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas, ainda sim, ninguém acha bonito ou gosta quando vê dois caras se beijando em público. Eu sou a favor da descriminalização da maconha, mas ainda sim, seremos bem visados pela sociedade como "Más influências" e pessoas sem caráter, pois até hoje, pessoas com tatuagem ainda são desmoralizadas por causa de um desenho que ela fez no próprio corpo, e que pertence a ela. E quanto tempo já ninguém descrimina tanto a tatuagem assim... Mas vai procurar um emprego pra você ver o que te acontece por ter um simples desenho no corpo. O que a sociedade precisa entender é que cada um é livre de fazer o que quiser, eu tenho meus direitos assim como todo cidadão tem, independente de religião e crença, eu posso fazer o que eu bem entender com o meu corpo, ninguém é burro de fazer algo que faça mal para si mesmo, o ser humano sempre busca viver mais e mais e ter uma vida com saúde e prolongada, a erva já é usada na medicina e ainda reclamam de quem a usa. O cigarro faz muitas vítimas em todo o mundo e é muito mais perigoso que a maconha pelo simples fato de ser usado em excesso por várias pessoas, aliás, o que em excesso não faz mal?
    O que as pessoas precisam entender é que o fato de usar a maconha é uma escolha que qualquer um tem direito, existem os que bebem e fumam, por quê não se pode ter na sociedade alguém que gosta de maconha? A maconha é muitas vezes menos perigosa que o próprio álcool, que faz vitimas no mundo inteiro e não só quem bebe, mas sim, também, as pessoas que convivem com os viciados. A população tem que abrir a cabeça e parar de falar que maconha deixa as pessoas loucas e faz com que essas cometam delitos, pois a maioria dessa corja medíocre nunca fumou maconha na vida e vem dizer que faz isso e faz aquilo, como você vai saber que algo tem tal efeito se você nunca experimentou?
    Estamos forte na luta contra a descriminalização, agora a maior luta será contra a sociedade, pois essa sim, tem muita influência negativa e sem nenhuma base para fazer críticas, mas acabam levando os outros a pensarem como ela.

    Obrigado, um abraço.

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  12. É isso ai bela explicação!!! Vamos plantar e mostrar a estes governantes que senos largarem demão terão mais tempo para pegar os caras que sujamnossa reputação perante a sociedade que são os Nóia do Crak...

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  13. Sim, talves até diminua a quantidade de traficantes nas cadeias. Mas pensando no tráfico como ele realmente é: Uma relação comercial de compra e venda, e seguindo sua linha de raciocínio as pessoas vão comprar mais (sem medo de ir até o fornecedor) logo o tráfico vai aumentar, e muuuito! e ai?

    Se dinheiro não nasce do pé, maconha nasce, e pra que eu vou até a favela desembolsar uma grana, só pra fumar um, se em minha casa eu posso ter uma fonte limpa e confiável(já que eu vou plantar) Mesmo que as primeiras plantinhas não "vinguem" todo maconheiro tem o dever de aprender a plantar maconha para o nosso dinheiro não ir parar em mão de terceiros e assim abrir brecha para (novamente) endemoniarem o usuário de maconha.
    A qualidade vai aumentar se aprender a cuidar bem das plantinhas
    O preço vai cair se em vez de compra o produto em si(maconha) comprarmos a matéria prima(sementes)
    O tráfico vai diminuir se não houver transação comercial, cada um com sua plantinha um salvando o outro quando alguém estiver no período "entre safras". Sem precisar dar nosso dinheiro para desconhecidos.

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  14. Muito bom o texto, mas dúvido que a demana diminua.

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