Continua o debate no Rio de Janeiro. Culpado ou não, o usuário faz parte da cidade e está entre todos, submetido ao caos que se instaura na maravilhosa cidade. O tráfico vende horrores aqui e em qualquer lugar do mundo. Incomoda muito a idéia de que, um dia, simples vasinhos podem dar conta do que hoje se instaura como economia global. No campo dos argumentos, da subjetividade intrínseca de cada ser humano, a sociologia não dá conta, muito menos um secretariado. O que cada um possui como verdade pode ser entendido conforme diz o filósofo alemão Heidegger (foto), quando defende o conceito de verdade como desvelamento.
Ora, desvelar, como podemos entender, é a prática de descobrir o véu e, num segundo momento, podemos dimensionar o problema. Desvelar um argumento é, muitas vezes, cobrir todos os outros. A verdade, pelo conceito de desvelamento, se não for bem cuidada, pode se tornar unilateral. Então, ao revelar a argumentação de que o tráfico deve ser entendido como comércio e que não existe essa prática sem a ponta do consumidor, acaba-se por esquecer todo o resto. Sim, financiamos. E agora? O próximo passo é repreender ainda mais? Prender os quatro milhões de usuários existentes no Brasil? É a sociedade que terá de pagar por nossa estadia no cárcere?
E o tráfico, por sua vez, tá financiando alguém, só não sei quem. Mas tendo acreditar que é muita gente, afinal, é muita grana. Por isso basta de acreditar que a grana do tráfico pertence ao traficante de chinelo e bermuda. Para que seja desvelado todo ponto alto dessa nuance, é preciso debate. É preciso Marchar e debater com a sociedade. Desvelar milhares de anos de cultura é preciso para alavancar outra verdade diante dos míseros anos de proibição. Olhar para o problema exigindo da cabeça mais do que dois fragmentos de argumento é preciso. Tá batendo à porta, essa necessidade. Não dá mais pra deixar pra lá.
Então tudo bem, podem dizer que a culpa é do usuário. Porque é. Assim como a culpa é do Estado, porque permite a venda do que é ilegal ou porque confia numa guerra impossível de ser vencida. A culpa é de cada cidadão, na dita democracia. Porém, ainda como diz Heidegger, o desvelamento do real se dá na observação da manifestação do ser. O coletivo está disposto no front para se manifestar. Falta um mês e poucos dias para o evento cívico que reúne usuários e simpatizantes a favor da legalização. Esse ano, a Marcha da Maconha será maior, se tudo der certo. A presença de cada um é fundamental nesse ato político.
Aqui, a verdade se revela clara e evidente: estão debatendo o problema de olhos fechados ou míopes. Falam de violência sem falar de desigualdade social, de droga sem falar de saúde pública e de tráfico sem falar no Estado. O Secretário, coitado, repete a verdade que convém. A verdade que querem ouvir. A culpa é nossa, do povo, da classe média. A culpa é toda nossa. E Heidegger ainda assina embaixo. Vocês tão certos.
Peraí... Heidegger? o Nazista?
ResponderExcluirHeidegger: O filósofo mais importante do século passado, na opinião de muitos.
ResponderExcluirputaquepariumuleke
ResponderExcluirvai argumentar bem assim, lá no congresso!!!
É fácil ser gênio diante de tanta burrice.
Ei! você que leu isso q ele escreveu. Se vc não entendeu algum detalhe, por favor, RELEIA ATÈ ENTENDER TUDO DIREITINHO!
esse é mais um conselho que não serve.
Vlw!
Abs!
nossa sociedade ainda vive cheia de imbecilidade do lado de muitos cidadãos trabalhadores e de muitos filhos da ... que dão uma de espertinhos para aparecer e viver no luxo.
ResponderExcluirtoda droga acaba sendo de certa forma natural e nós somos natureza.