Estamos na Europa. Num país cuja capital se chama Tirana, mas apesar disso o regime é parlamentar. A julgar pela bandeira, o ar pode parecer de bad-trip. Mas é certo de que na Albânia também há cannabis. A geografia fez deste país um favorecido. Em contato direto com Grécia, Itália, Montenegro, Kosovo e Macedônia, a Albânia se instaurou no mercado global como um dos maiores produtores do gererê, além de servir como país passagem para diversos outros tipos de drogas.
A produção local é financiada pelas potentes máfias albanesas, que na verdade são especializadas em tráfico de imigrantes. Essa organização criminosa vem cada vez mais investindo na plantaçã
o de maconha, justamente por ser uma opção rentabilíssima de lucro no comércio Europeu. Vale lembrar que na viagem para Grécia, Itália e Montenegro, certamente o prensado é albanês. Enfim, juntamente com o já visitado Afeganistão e também o Marrocos, a Albânia se instaura entre os países maiores exportadores de maconha, ali da redondeza.
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Apesar de ser um país pobre, as autoridades albanesas parecem ter um pouco mais de juízo que as nossas. Como medida contra as plantações, que lá também são ilegais, o governo instituiu uma lei em 2006 que pretende responsabilizar os prefeitos municipais pela omissão quanto a denúncia das áreas de plantio. Se num primeiro momento essa lei pode ser um belo golpe contra a corrupção, que também é um problema vivido por eles, numa segunda instância, podemos observar que a medida não é muito eficaz. Aqui culpamos o usuário, lá culpa-se os prefeitos. Essa moda de culpar o outro não funciona. A repressão é violenta. E lá também tem guerra.
O vídeo abaixo mostra a prisão de um traficante que arriscava a travessia do Mar Adriático, da Albânia para a Itália. O albanês, língua oficial de lá, é impossível de ser entendido. Mas rodar é univesalmente igual, se liga só:
A proibição produz efeitos parecidos em todos os lugares do mundo. E em todos os lugares do mundo o absurdo se repete. Na Albânia existe uma região chamada Fier e Vlora, localizada no sul do país, onde o cultivo da cannabis sativa é muito comum. Nessa região as hortas caseiras é que davam conta de sustentar a onda da família, nada melhor, né? Até que o rapa passou pente fino e levou presos representantes de diversas famílias adeptas ao auto-cultivo. Dois trabalhos: prender e soltar. Basta dizer que grande parte dos dententos eram idosos que tinham entre 70 a 80 anos. O presidente, Bamir Topi, foi obrigado a emitir documento de anistia, para um total de 37 presos por plantação ilegal.
Na verdade, desconfia-se que os idosos se prestaram a assumir o flagrante para proteger seus filhos e netos. Parece uma postura bem diferente de pais desesperados, acorrentando crias desvirtuadas pelo caminho das drogas. Na Albânia o bicho pega, mas creio que em determinados campos, ambientes rurais, a coisa deve ser legalize até demais. A Albânia é um exemplo perfeito de país que, com a legalização, passaria a ganhar bastante dinheiro com a exportação, mas sob a égide da ilegalidade, usuários e camadas mais pobres da sociedade sofrem, tal como aqui. Acho que não dá pra indicar esse país para sua trip, a menos é claro que a grana seja curta. Lá se paga pouco em “lek”, a moeda local, por um bom beck. Baratinho e fuma-se muito: com camarões diretamente do pé… Bora?!
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Semena que vem nós continuamos na Europa, e viajamos diretamente a um país assaz conhecido pela cultura ocidental: a Alemanha! Será que a hempa é boa? Não perca, viaje com a gente! Ervamundi pilotando o bonde: Hemp, Hitler!
Opa cara, gostei do blog! Estamos com uma ideia um pouco na mesma linha...
ResponderExcluirhttp://paginasdeseda.blogspot.com/
Dá uma olhada lá...
quem sabe nao fazemos uma parceria!
;)
A reportagem é tão boa que devia ser cobrado ticket da viagem. Fudido galera. Isso é literatura de qualidade!
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirEssa editoria tá um primor.
Mandar ver! Nào para.....
abraço, brow