sábado, 20 de junho de 2009

[Ed. 16#] Ervamundi -----------------------------------> Argélia!

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Desembarcamos com atraso na Argélia. A viagem foi tensa, chegar é um conforto. Mas será que rola bom aqui no país onde metade da bandeira já é pintada de verde? Estamos na África, e a República Democrática do Povo da Argélia faz fronteira com o Marrocos, país tradicionalíssimo no plantio  e exportação da Santa Erva. Mas não há boa notícia de legalização, principalmente em países pobres.
Então avisamos desde já que na Argélia a posse e o tráfico de drogas –incluindo   aqui a maconha, embora ela não seja uma droga – tem pena prevista de até 20 anos de dentenção. Mas isso tampouco inibe o tráfico de drogas. A organização criminosa de lá se chama Tuareg e se sustenta contrabandeando gasolina barata, importando cocaína da Colombia e comercializando o haxixe que é produzido localmente. A maconha lá é tradicionalmente usada como chá, chamado de kif, assim como no Marrocos.
O poeta e filósofo Théophile Gautier, após a conquista da Argélia em 1845, disse: “O haxixe está substituindo o champagne”. A frase se deve ao fato do nível de consumo de THC ser realmente alto na Argélia. Numa matéria de um canal portugês de notícia, podemos observar que a proibição produz, de fato, mal em qualquer lugar do mundo, se liga:
“As apreensões de canabis que ultrapassaram 20 toneladas desde Janeiro e poderão chegar às 60 até ao final de 2009.
A Argélia, que era um país de “trânsito” da droga, está tornado um país de “fixação” para os narcotraficantes, avisou a polícia.”
Como podemos observar, não cabe ficar dizendo que a culpa é do povo argelino. É do governo a culpa, ou não? Se há tráfico sem dúvida é porque há consumo, mas se há consumo e é impossível apreender todas as formas de contrabando…e toda droga apreendida não é nada diante tudo que há, então porque sustentar a proibição, mesmo sabendo que é ela a condição fundamental para a fixação do tráfico?
A Argélia tem um posicionamento geográfico interessante. Muitos países africanos fazem fronteira com ela, além disso, ao sul norte o país tem litoral no mar mediterrâneo, o que facilita o escoamento da droga para a Europa. É uma pena que por aqui esteja ainda viva a idéia de que é possível haver uma sociedade completamente limpa das “drogas”, é isso que acreditam os povos árabes. Temos que respeitar cada cultura, mas um dia com certeza eles também perceberão que a política sinistra de repressão está causando muito mais mal do que bem. Basta observar o crescimento do tráfico e, também, o número de usuários.
Aqui, como em quase qualquer lugar do mundo, a proibição não proibe! Para finalizar mais esta viagem, conseguimos trazer para o leitor da Hempada um clip no mínimo curioso de um cantor argeliano chamado Jimmy Oihid. Não dá pra entender nada, né? Mas como é reggazin, deve ser legalized! Tap`nd Play:
Então nos despedimos daqui e vamos para um destino maneiríssimo, de encontro a nossa queridos hermanos! Seguimos a ordem alfabética de países, mapeando cada um deles e sua relação com a Erva. O Hempadão pilota o bonde, entre na roda e faça essa turnê valer a pena! Sábado que vem estaremos nós na Argentina! No ritmo do tango e na marola de buenos aires…

4 comentários:

  1. sem bronca!

    Tamo no aguardo!

    Jah Bless!
    _\|/_
    Baforada!
    o/

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  2. sul? fora isso ta loko!!

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  3. Legal!! Estou fazendo uma pesquisa sobre o posicionamento da Argélia quanto as drogas e aki tem muita informação!! Adorei a linguagem kkkkk vlw mesmo!!

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