sexta-feira, 24 de julho de 2009

[Ed. #21] bONG: Sequelas de uma dura dentro de casa!

por Marco Hollanda

Antes de começar este bONG, quero parabenizar a vencedora do Miss Marijuana 2009. Nossa querida Nathalia foi a primeira a se inscrever em um concurso que a equipe do Hempadão temia ser um fracasso por falta de candidatas. Com beleza e simpatia, já conquistava o carinho de muitas pessoas em comunidades virtuais do Orkut.

Parabenizo também todas as meninas que tiveram a coragem de expor sua imagem e encarar possíveis riscos de uma sociedade que demoniza o usuário da nossa Santa Erva. Que venha o Miss Marijuana 2010!

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Apesar de não conter cenas de agressões físicas aplicadas pela Guarda Negligente, o bONG de hoje vai revelar situações que podem gerar traumas bem maiores do que um olho roxo ou hematomas pelo corpo. O drama de ser  humilhada pelo pai, ao ponto de ser acusada de roubo dentro da própria casa, aconteceu com uma leitora do Hempadão.

Quando se trata de produzir estereótipos de maconheiro, nossa personagem de hoje é um exemplo fácil. No quarto dela, é possível encontrar um pôster do mestre Bob Marley preso na parede. Além disso, ela entrava em casa com a tradicional larica de dez mendigos. Saía abrindo a geladeira e todas as portas do armário em busca de qualquer coisa para saciar a fome. Ou seja, presa fácil para qualquer diagnóstico preconceituoso.

Na faculdade, onde a mente das pessoas costuma ser mais aberta, a situação não é diferente. A fama de maconheira já é de domínio público. Situação essa que deve se repetir com muitos leitores do Hempadão. No ambiente universitário, é mais fácil se assumir como usuário da Santa Erva e libertar um pouco daquela angústia de fazer algo totalmente às escondidas.

Tudo isso pode parecer seqüela de maconheiro que não consegue manter a discrição. Mas apesar de não se assumir publicamente como tal diante dos pais, nossa amiga revelou viver uma fase bem explanada, onde pouco importa o que as pessoas pensam do fato dela ser usuária.

O drama maior desta história acontece quando a casa da nossa personagem é vítima de um assalto. Influenciado por estereótipos vendidos pelos grandes meios de comunicação, o Pai não demorou muito para deduzir que a “Filha  Maconheira” estava roubando a própria casa para sustentar o “maldito vício na Erva do Diabo”.

Esse caso serve para sustentar a tese de que a visão deturpada que se criou do usuário da Santa Maria contribui muito mais para a destruição de lares do que a aceitação pacífica de conviver com um maconheiro dentro de casa.

Após situações como essa, fica difícil estabelecer qualquer tipo de diálogo. Cabe aos pais, quebrar a barreira do preconceito e separar usuários de viciados. Outra separação necessária é tirar a maconha do mesmo saco onde se encontram drogas pesadas como a cocaína, heroína ou crack.

Escrevendo assim parece fácil. Mas cabe a cada maconheiro entender e aceitar que muitos atritos vão ocorrer neste diálogo. Convencer os pais de que nem tudo que eles aprendem na televisão ou jornais pode ser encarado como verdade é quase impossível, afinal, é a opinião de instituições sérias contra o discurso de um “doente, viciado, ladrão ou traficante”.

11 comentários:

  1. a questao eh que a maioria dos pais dos jovens de hoje tambem fumavam maconha quando eram jovens

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  2. Do alto de meus muito bem vividos 50 anos (há 36 adepto desse excelente tratamento de glaucoma, hehehe) e hoje com um headbanger-eternamente mirim de 14 anos, só posso agradecer por nunca ter passado por uma situação dessas. No entanto, vale ressaltar q fiz por merecer a confiança de meus pais -pai militar e mãe do lar- que, desde o momento em que abri o jogo, foi-me solicitado apenas que tomasse cuidado (estávamos em plena era de chumbo), priorizasse fumar dentro de casa e não negligenciasse minhas obrigações. Isso me deu uma responsabilidade e confiança por parte de meus pais que fez com que utilizasse a minha sagrada brenfa com critérios muito bem definidos: primeiro os deveres, depois a brenfa pra escutar meu roquenrouzinho, tocar guitarra, me divertir com amigos, jogar uma pelada, ir a festas, etc. Hoje, sou um profissional bem sucedido e TODOS os meus companheiros (e muitos de meus clientes) sabem de meu gosto 'bizarro' e me respeitam pois o cultivei.
    E é isso que falta a muitos usuários: angariar respeito de seus pais.
    []ões

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  3. A maioria? Acho que estamos longe disso... Mas qnt ao outro comentario, se fato, falta a galera ter personalidade e segurança para assumir a responsa...

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  4. o lance é abrir o jogo p/ os velhos, 'PAI. FUMO MACONHA PRA CARALHO!!' hahahaha pronto. só conversar com calma e saber oq vc esta dizendo.

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  5. simplesmente eu sou a menina da história ..
    tudo é uma conversa , meu pai não é careta , e longe de ser ..
    só que nenhum pai quer os filhos usando algum tipo de droga ..
    hoje em dia , as coisas estão calmas ..
    mas na época , já tava dando algumas coisas erradas na minha vida , dai meu pai descobriu ...
    não deu outra , sou muit depressiva ..
    entrei em depressão , pelo constrangimento ...
    o fato , de meu pai ter me acusado de roubo , foi só item ...
    esqueci de contarpro relato da história .. meu pai um bvelo dia viu que eu estava matando aula no colégio , me buscou na rua , e em casa me fez tirar toda a roupa pra ver se eu tinha algo comigo .. e mandou eu tirar tudo de dentro da mochila , ainda bem que eu não tinha nada ...
    como as coisas andavam na época , cheguei a pensar qe meu pai queria me internar .. a coisa ficou muito complicada , era do colégio pra casa de casa pro colégio .. =/
    não saia mais , perdi comemoração do aniversário de minhas melhores amigas ...
    fiquei em média de 3 meses em casa sem sair ..
    em 1 mês , que estava em depressão cheguei a emagrecer 5 kg .. eu não tinha fome . em casa só chorava e não comia ..
    na rua fumava , fumava e fumava e não matava larica .. era dificil eu comer um prato de comida cheio ..
    foi uma época muito constrangedora pra mim , sofri bastante ...
    dei a volta por cima , hoje em dia já penso ..
    meu pai ainda desconfia de que eu fume , mas não tô nem aí , é um tipo de coisa que eu quero pra mim , eu gosto de fumar e quero fumar até o dia de minha morte ..
    e não vai ser meu pai que vai me impedir disso , até porque meu "vício" eu mesma sustento ..
    a situação família x usuário , é complicada ..
    existem pais , que não aceitam mas não tratam seus filhos como um duente um viciado ...
    mas existem pais que não aceitam , e acho que é uma doença isso , mas não é ..
    é dificil, de explicar pros nossos pais , que não é tão ruim assim ...
    beem , nunca fui muito boa de palavras , tentei escrever um pouco de minha opniao aqi ..
    beijooos ;D

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  6. moro com meu pai ele sabe q eu fumo e libera eu fumar dentro do meu quarto desde q eu trabalhe pra comprar a santa maria, ele prefere q eu fume no meu quarto pra evitar atritos com a guarda e tambem pros vizinhos nao ficarem dizendo "ó la vai o filho xxxxx baita de um maconhero." minha mae desconfia, q eu fumo e sempre pede pra nao me meter com drogas. e meu quarto tem poster do bob, varios artefatos roots. e da ultima vez q a minha vó veio aqui pra ela se meteu a limpar o meu quarto junto com a faxineira e achou um pézinho na minha janela. uma senhora muito beata chorou muito por reconhecer o pé q ela viu na tv como pé de maconha, a velhinha arrancou o pé. e disse q se eu nao me for me confessar ao padre ela vai mandar ele vim aqui pra me ajudar a largar o vicio da erva do do demonio. eu disse como ja tava muito puto por perder meu pé da massa disse q o padre q va arrumar uma mulher pra comer e tenha um filho e cuide da vida do filho dele nao da minha. se eu pequei Deus viu q eu pequei nao preciso do perdao de um padre, e ela ja ouviu de outras velhas fofoqueiras de igreja que eu fumo maconha, eu sempre fui o mal-visto da familia, pros meus familiares sou um maconhero vagabundo, nao ligo pra eles, pq eles sao cachaceiros hipocritas. entao eu fumo a minha erva, trabalho pra caralho, pago minhas contas, estudo, pratico esportes, sou um cidadao normal como outro qualquer e tenho consciencia disso. a minha soluçao foi abandonar os parentes hipocritas e procurar os que realmente sabem q eu sou uma pessoa do bem e nao faço mal a ninguem.
    se algum dia meu filho quiser fumar um baseado, desde q ele tenha idade e entendimento pra saber o que ele esta fazendo, vou sentar conversar com ele, e perguntar pq q ele quer fumar, e analizando a resposta dele, se pa vou botar um pra ele e dizer, trabalhe pra comprar sua erva, e fume dentro de casa.
    chega de viver acorrentado ha uma cultura, que se deixa manipular por rostos bonitos da tv.
    free the herb!

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  7. Pois é, Fernanda, vi muito disso acontecer com amigos mas a verdade é que, em muitos destes casos, os temores dos pais faziam sentido. Neguim mal tinha tomado o café da manhã, ia pro banheiro, apertava um finório e seguia fumando no caminho pra escola (fiz isso algumas vezes e dormi 2 tempos seguidos, hehehe). Assim não pode, assim não dá! Sou da opinião de que pra tudo tem hora. Hoje lido com profissionais altamente gabaritados (diretores de grandes empresas, advogados, delegados, etc) e 90% dos que estão na minha faixa etária (e até um pouco abaixo) continuam dando doizinho. São como eu: UM POR DIA, DÁ SAÚDE E ALEGRIA!!! Já no fim-de-semana, a brenfa rola solta. Simples assim.
    Meu moleque já sabe há uns 2 anos e ficou muito confuso por associar a maconha à irresponsabilidade e acho que consegui reverter esse conceito. E ele não demonstra o menor interesse em experimentar pois é esportista federado e tem plena consciência dos prejuízos profissionais que um exame anti-doping podem lhe ocasionar. Mas se amarra quando estou doidão pois acha que fico muito divertido, mais relax. Até chego a tocar System Of A Down, Slipknot e Avenged Sevenfold na guitarra pra ele, hehehe.
    Acho que seus pais reagiram muito mal por completa desinformação. É uma pena pois percebe-se o quanto isso lhe machucou. Mas vida que segue, menina.
    }{ões e juízo!

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  8. Ah, e se duvidam que jogo aberto, dêem uma passada no meu blog Gravetos & Berlotas (gravetos-berlotas.blogspot.com). Como sou músico (fui profissa por 18 anos), o blog é essencialmente dedicado a essa minha paixão mas não me furto de defender a legalização e comentar sobre minha querida brenfa.
    []ões a todos

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  9. a casa caiu pra mim a segunda vez, foi na terça feira, foi foda, meu pai quis me expulsar de casa mais minha mae nao permitiu. Eu acho que é realmente uma falta de informação por parte dos meus pais. O meu pai é cabreiro com esse negócio de maconha e tal porque ele teve a minha idade, só que pelo contrário, teve cabeça fraca e se deixou levar, até que caiu na coca.
    Mais ele tem que bota uma coisa na cabeça, pago minhas contas em dia, estudo, respeito os demais, e se é isso que eu escolhi pra mim, ele não tem que se meter, porque eu sei muito bem oque realmente é bom e é ruim pra mim; o único problema é que tenho só 17 anos, e moro na casa que ele sustenta, não é facil, mais quem sabe um dia né.
    abraços! Rafael.
    Orkut: eusoeupia@bol.com.br
    Msn: rafael-camilo@hotmail.com

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  10. bah, post com os melhores comnetarios EVER!

    devia dar pra dar 'up' nos posts, esse merecia ser upado.

    mas eh isso ae meu.
    aqui em casa a situacao nao eh mto diferente.
    meus pais foram MUITO loucos, muito mesmo.
    minha coroa era hippie (se eh que eh assim que se escreve) usou tdo que eh tipo de droga.
    e meu coroa parou de fumar em 2002.
    mas mesmo assim, eles 'nao querem pra mim o que eles passaram' .
    quinem o edson disse, eu jogo rugby, ja tive duas covocacoes pra selecao brasileira juvenil, faco minha facool, treino tdos os dias, to na correria do trampo, nao faco mal pra ngm e fumo meu beck todo dia.
    seguido o cara cai em casa.
    e eh sempre a mesma conversa, na primeira vez tu diz que nao eh teu, que eh dum amigo, na segunda vez tu diz que soh fuma muito de vez em qdo.
    e assim as desculpas vao ficando escassas.
    e tu vai caindo mais vezes, eles vao se acostumando com a ideia ( ou nao )
    e no fim fica de boa.
    ah, e nao se preocupem isso acontece com TODO MUNDO.

    nao tem erro.

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  11. ah, e outra.
    quanto aos rotulos, eh impossivel escapar deles.
    a dica eh entrar na brincadeira, aceitar ser o maconheiro da classe/turma/time.

    qdo o cara chega chapado no treino, eh aquela arriada, tdo mundo fala alguma piadinha, 'ah, e esse olho ae ? h3h3h3' 'ta vendo duende?'
    azar neh meu, vo dizer o que ?
    como eh um esporte amador, nao tem anti-dopping, entao ta sereno.
    na selecao tbm, a maioria sabe que eu fumo ( quem quer saber, sabe ) aquela coisa, nao faco questao que saibam nem que deixem de saber.
    pra eles eh uma coisa de otro mundo neh, mas azar o deles, eu to tri de boa :D
    pras velinhas da igreja o cara ta cagando, e sempre teve. na real, elas nos odeiam desde que a gente tem 10 anos, chutou aquela bola no patio da paroquia e uma velha olho do c* dessas furou.
    nao eh pq tu eh maconheiro que elas falam mal.
    elas falam mal pq nao tem mais o que fazer da vida, e julgam do jeito que elas quiserem as coisas que elas veem.
    assim com vizinhos.
    grandes merda vizinho. nao paga minhas contas, eu fumo e cumprimento os vizinho de beck na mao.
    azar o deles.
    tem otra situacao complicada quer ver ?

    o coroa aqui na cidade eh diretor da camara de vereadores, ex vereador.
    uma das maiores fontes de voto da cidade.
    a casa aqui eh frequentada por prefeitos, vereadores, deputados, secretarios e o caralho.
    as gente mais importante da cidade.
    tu acha que eu mudo meu jeito por causa deles ?
    chego locao em casa, a casa eh minha mesmo.
    tomando altas ceva (importada) deles, bem gelada, fumo um cubano com eles, alias, essa gente tem muito bom gosto e no final essa gente me adora, eu sou queridinho de todos.

    mas eh um teto, pra quem se importa.

    claro que conhecendo essa granfinagem toda, eu conheco os filhos deles, mtos deles maconheirinhos modinha, que ficam totalmente apavorados com essa situacao de serem vistos e associam a imagem ao pai e tal.

    a boa eh ficar de boa! :D

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