por Marco Hollanda
Sam é natural de Santa Catarina, mas entre 2000 e 2006 mudou-se Brasília onde trabalhava e estudava. Antes disso, já desfrutava dos prazeres da Maria Joana. Mas foi na Capital Federal que conheceu seus "irmãos de erva".
O ritual sagrado era realizado sempre as sextas-feiras na hora do almoço. Em parceria com mais dois amigos, San caminhou pelo parque da cidade até um ponto perfeito para invocar Jah. Nesta tarde a viagem sem escalas até a Jamaica ocorreu sem nenhum tipo de turbulência. Passado a onda era hora de renovar o estoque de ganja. Como de costume, comprou 50g.
Com a mochila chapada Sam ainda retornou ao trabalho antes de seguir para a faculdade. Só que aquele não era um dia de grande motivação para ficar dentro de sala de aula. O pedido de duas amigas para queimar um pouco da erva recém comprada era irrecusável.
Escolhido o ambiente, Sam tirou uma lasca e guardou o restante da pedra na mochila. Mas no instante em que realiza o sagrado e minucioso ritual de acochar a erva na seda a Guarda se lançou em ataque. “Mãos na cabeça vagabundos”, disparou um dos tiras. Naquela hora, Sam percebeu o olhar de desespero de suas amigas, mas conseguiu manter a calma e começou a pensar em soluções para sair da melhor forma possível daquela situação.
Mesmo conseguindo manter o controle da mente Sam cometeu um deslize ao mentir para a Guarda. Ele respondeu com uma afirmativa ao ser perguntado se o flagrante se resumia apenas ao baseado que estava sendo apertado. Sequelou ao esquecer que a Guarda não se contentaria apenas com aquela resposta. Ao revistarem a mochila, encontram o restante do tesouro guardado.
No instante em que a Guarda saca as algemas para enquadrar os três, nosso personagem decide assumir toda a responsabilidade e pede para que suas amigas sejam liberadas. A resposta foi curta e grossa: “cala a boca, maconheiro!”. Sam calou-se e decidiu pedir ajuda silenciosa para Jah.
A decisão da Guarda foi de encaminhar todos para a delegacia. Como não havia viatura disponível no momento, os tiras decidem passar o tempo antecipando o interrogatório. Foi aberto o espaço para o diálogo. Sam limitou-se a dizer que trabalhava, estudava, e sabia que estava infringindo a lei ao incendiar a palhoça. Com um pouco mais de conversa, a Guarda se mostrou mais relaxada e até retirou as algemas do nosso amigo.
Com toda cautela do mundo, ele começou a apresentar seu ponto de vista sobre a relação de Adão com a Erva. Disse que não fazia sentido proibir algo que nunca matou ninguém, e que pode até ser utilizado de forma medicinal. Lembrou que o álcool e o cigarro matam milhares todos os dias, mas nem por isso são proibidos. Declarou ser contra o tráfico, e que se pudesse plantaria em casa.
Para surpresa de Sam e suas amigas, os PMs escutaram atentamente o discurso e até concordaram com algumas coisas. E como a viatura estava demorando a chegar (já estavam esperando há 2 horas), o tenente responsável por aquela guarnição resolveu liberar a todos. Livres de tomar mais uma dura do Delegado, Sam e suas amigas chegaram atrasados na aula, porém com ficha limpa e consciência tranquila.
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[TODOS os textos publicados nesta editoria são baseados em fatos reais, narrados por nossos leitores. Para contar sua história manda um e-mail para hempadao@gmail.com]
Quando teremos liberdade?!
ResponderExcluirSam e sua amigas deram muita sorte! seu pedido de ajuda silencioso a Jah, foi atendido =)
vlw
Já escapei da guarda até com caixa de bombom...
ResponderExcluirqualquer dia juro mandar a história pra vcs...
porcos fardados!
Cat
ResponderExcluirUFA!
Também já me salvei de uma dessas... sorte, sorte, sorte...
Eu tambem tenho uma historia foda! mas to completamente sem tempo para escrever!!
ResponderExcluirFiquei impressionado com os policiais ........ sera que realmente o descurso fez abrir novas reflexoes e conclusoes em suas cabeças, ou eles viram que se tratava realmente de estudante esclarecido, e viram que nao tinha como foder eles!?
Foi Jah mesmo que salvou Sam. Nenhum policial alivia prá quem é pego em flagrante... tochando um... ainda mais com 50g adicionais no flagra. Jah Live!
ResponderExcluirMuita sorte mesmo, o cara até esquece que perdeu 50g e fica agradecido por não ter sido levado à delegacia. Boa história! O hempadão poderia postar mais.
ResponderExcluirPostar mais o que, brother?
ResponderExcluirNossa otima historia... hehehehe!
ResponderExcluirEu agredeco tambem por nunca ter passado por nenhum aperto...
mais creditos tambem a argumentacao de Sam que deve ter sido otima...
eu tambem falo assim nos lugares em que vou, nao tenho nenhum problema em dizer minha opiniao pra gente que ainda tem a mentalidade de que maconheiro eh vagabundo!
nos trabalhamos, estudamos, contribuimos para o Estado... e para o mesmo nao reconhecer uma coisa obvia, que ainda cotribuira pra ele..
enfim, continuaremos na luta!!
hehehehe!!
legalizeee...
Só pra complementar, a comunidade maconheira de Brasília é gigantesca; jovens, coroas, servidores públicos, juristas, professores... A UnB é um fumodromo a céu aberto, mas cada vez mais sofrendo o pré-conceito de uma classe de jovens robozinhos pronto para viver sem razão e servir o Estado corrupto e sanguessuga (Se não quiser, não fuma; ok... Nas não queira impedir quem quer fumar, ora bolas!)...
ResponderExcluirJah nos abençoe!
Que sorte do Sam!
ResponderExcluirAqui no RJ tava só com um baseado, os porcos fardados chegaram, e no "desenrolo" tomei um tapa na nuca e perdi R$50. Sorte do Sam...
"A UnB é um fumodromo a céu aberto"
ResponderExcluirCalma, meu brother.. Nem tanto. Se vc procurar, é fácil encontrar. Mas ninguém sai acendendo a brenfa em qualquer canto.
Agora, Brasília realmente tá desse naipe. Só não ver quem não quer. Já tomei bote parecido com o da história de hoje - mas sem os 50g flagrando - e saí ileso também.
A Governo do Distrito Federal firmou uma parceria com a Universidade Católica de Brasília e vai prover curso superior a toda Guarda da capital. Em breve, espero que a nossa polícia possa usar mais a cabeça e o bom senso antes de enquadrar todo caso relacionado a isso.
Cada dia mais perto do livre
pediu pra jah ,não demorou...
ResponderExcluirmuito boa a historia..
pena que ficaram sem a ganja;
Realmente a UnB não é um fumódromo a céu aberto. Mas tenho que concordar com o cara que disse que cada vez mais a gente tem que conviver com o preconceito da galera de cabeça fechada.
ResponderExcluirJá contei por aqui,numa blitz os caras acharam meus 3 baseadinhos e me devolveram!
ResponderExcluirNuma balada o gerente só faltou me matar por causa de um baseado,e acabou demitido por isso na mesma semana.As coisas estão mudando,e pra melhor!
Realmente a massa de maconheiro de Brasília é bem grande... é isso ai vamos legalizar mesmo e mostrar q não somos vagabundos!
ResponderExcluirOs porcos fardados vivem rondando na facul onde a massa fica reunida, mas não da nada so baixamos a bola e depois continuamos...hahauhauha
BABILÔNIA AKI NÃO!!!
mlks... o bom de morar no DF... parece q os canas aqui ainda tem alguma coisa de bom senso... quase rodei, mas me safei por conta de um policial que saber fazer o seu trabalho e ir atras de bandidos ao invés de gastar o tempo e recursos publicos com estudantes e trabalhadores. viva para a polícia de brasília.
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