sábado, 7 de novembro de 2009

[Ed. 36#] ErvaMundi: Cultura da Maconha no Norte do Brasil!

Hoje o ErvaMundi parte mais uma vez atrasado para desvendar a cultura da maconha na região Norte do Brasil. Os leitores que acompanham essa saga desde sempre sabem que nós começamos lá no Afeganistão e deste então todo sábado nós partimos na ordem alfabética das letras, tentando levantar informações a cerca da cannabis e seu uso. Hoje nossa rota virtual é por Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará e Tocantins. Dentre muitas apreensões, conseguimos encontrar rastros de consumo entre populações indígenas, além de evidentemente comentar sobre uma outra substância enteógena, a Ayahuasca.

image004 O grande índice de ataques da guarda se dá devido uma política de repressão ainda muito apoiada e atrelada a forma de repressão. No antro familiar as seqüelas do paternalismo exacerbado ainda são recentes - não só lá claro - fazendo com que muitos lares sofram os danos não da maconha, mas do preconceito e discriminação. Sobre os casos de polícia, temos diversos a respeito de plantações caseiras. Além disso também foram vistos alguns registros do uso de cannabis por menores de idade, na companhia de maiores.

Por ter amplo território fronteiriço, acredita-se que boa parte da maconha da região seja importada, embora haja também produto interno, produzido na região. No Acre há uma prática de troca de carros roubados por cocaína e maconha oriundas de cidades da Bolívia e Peru. O tráfico em determinadas áreas tem poder absoluto e absurdo, causando problemas incalculáveis principalmente em cidades pequenas em que o combate ao crime é ainda mais complicado.

Em tribos indígenas drogas como álcool e crack chegaram juntamente como o uso cannabis a determinadas tribos. Segundo o Jornal Maskate  Manaus, os índios da tribo kulina chegaram a cometer canibalismo por causa do uso das drogas. Só pode ser uma mega larica, não? A começar pelo álcool e depois maconha, as drogas começaram a chegar nas ocas e aproximadamente em 2000, houve a incidência do crack. Na voz da indigenista Rosa Maria Monteiro “a brutalidade desse caso é assustadora. Isso nunca foi registrado em aldeias de índios kulinas. Se for confirmado o canibalismo, só mesmo o álcool aliado a alguma droga, como o crack, que poderia provocar uma violência como essa”. Dá pra acreditar?

enrique-brewing-ayahuasca-2 Na Amazônia também há uma grande evolução a respeito do que a ciência chama de plantas enteógenas. O chá da ayahuasca foi por lá redescoberto pelo Mestre Irineu, que instituiu a religião do Santo Daime e conseguiu inclusive tornar a planta patrimônio cultural brasileiro. A cannabis também é uma planta considerada enteógena, palavra de origem grega que significa “deus dentro de si”. Será que um dia rola esse título? Mas seria patrimônio mundial, como comprova todo sábado o ErvaMundi! No norte nossa estadia foi curta, não conseguimos levantar muitas informações, mas de qualquer forma deixamos aqui um abraço pros leitores de lá!

Semana que vem descemos em direção ao sudeste, passando pelo Centro-Oestre brasileiro! Quem vem junto? D2 que pilota o bonde da nossa excursão! Diz que tem o verde em todo lugar: tem!

8 comentários:

  1. Viva o Santo Daime.
    Viva Santa Maria...

    ResponderExcluir
  2. Ihhh..
    aki em brasilia rola prensado dus melhores,se eh que isso existe!!1
    e as vezes ainda rola um kunk, e us hasha tem sempre!!!!
    ihh aqui nu cerrado rola mtooo...
    hehehehhehehehe

    ResponderExcluir
  3. coé galera....hempaz? na moral, a melhor leitura diária que existe! hempadão tá se superando sempre...dá orgulho mermo de ver vcs! maconheiros com orgulho e educação! que textos véio, que visual...que marola!!

    ResponderExcluir
  4. vale lembrar q o santo daime é usado no contesto religioso e não para recreação como nossa ganja

    ResponderExcluir
  5. Lembrando que a maconha jah existia, antes mesmo de o homem branco chegar e dizzer que é proibido, ai sim virou um problema, pois veio o alcool....

    ResponderExcluir
  6. Um Salve pra todos ,desde tocantins !!
    rapaz, sou nasci e sempre vivi aqui , aqui é as vezes passamos de baixa de fumo , so rola do prensadao , to morando no mexico de intercambio , aqui ah erva eh solta , purona e arruma facilimo , ja mudaram a politica das drogas aqui ...
    ja eh legal um porte pequeno , mais as pessoas ainda tem mente muito fechada em relaçao a isso

    ResponderExcluir
  7. Moro no Acre, e aqui rola um prensado que vem da bolívia e do perú, também tem a erva da terra (santa maria). Costumo brincar com meus colegas comentando que se a maconha for legalizada o Acre será uns dos primeiros estados no Brasil a acontecer isso. Muita gente fuma por aqui, muita gente mesmo. As vezes vc nem imagina mas o cara fuma, mais do que tu. A polícia dificilmente vai te prender ou te dar um tapa, já são mais tolerantes quanto ao uso da erva, o máximo que pode acontecer é ele pegar teu fumo e te levar pra central de flagrantes e te liberar em seguida
    Quanto ao Santo Daime, há um certo preconceito por parte da maioria da sociedade assim como há também com relação à maconha. Há uma localidade situada a cerca de 20 quilometros da cidade de Rio Branco (capital), chamada Colônia Cinco Mil, regida pelo Padrinho Sebastião, lá existe uma plantação de maconha, isso mesmo, de maconha. É uma comunidade em que as pessoas tomam o chá e fumam a santa maria, como forma de relaxar durante o efeito do santo daime. As autoridades fazem vista grossa, com relação à essa comunidade, pois os praticantes afirmam que o uso da erva é para fins religiosos, mas muitas vezes esse fumo é vendido na cidade. E é um dos melhores que eu já fumei. Bem galera, agradeço a oportunidade de comentar como é o nosso movimento no Acre.
    Roots Man!!

    ResponderExcluir
  8. Moro no Pará e rola uns prensados que nomeiam de limão e regional. Limão acredito que vem da fronteira com o maranhão (onde tem grandes plantações) e o regional de algumas plantações em cidades do interior do pará. O knk que chega aqui é denominado de spanfley/stanley, porém o mesmo knk quando tá bem cuidado e novinho é denominado de gold. Fazendo alusão ao kolombian gold kush, cultivado nas montanhas da colombia (proximo a cidade de santa marta). E acredito que esse gold (ou spanfley) vem da colombia pra belém via barco. Sao informaçoes sem nenhuma fonte e baseada apenas em historias, mas faz todo sentido

    ResponderExcluir