[Ed. #51] Adão e Erva: Uma Vela antes do Avatar 3D!

Hoje Adão vai se valer de uma história enviada por um leitor. Mas como o nosso personagem é a presentificação do gosto bendito pela santa erva na terra, podemos dizer que estávamos juntos. Assim como a primeira coisa que deu na telha do Pedro, estudante de física da Universidade Católica, foi dividir essa experiência com a rapaziada do Hempadão.

Eram 50 gramas de erva. Quantidade suficiente para tristeza absoluta de Pedro, Adão e mais dois apóstolos da Maria. A sempre aguçada criatividade de Adão resolveu não recorrer à ciência para tentar explicar, naquela hora traumática, quantos milhões de fungos poderiam haver naquele mofo parangônico. Sim, diamba estragada. A solução foi fazer um cone e pegar estrada...

O destino era o cinema e a seção era para o filme Avatar e o mais interessante, 3D. Óculos em mãos e uma dúvida: será que isso funciona? Mas na fila do milkshake Pedro embarca na viagem acadêmica: "quando olhei mais de perto aquele artificio plástico, me deparei que aquilo realmente funcionava. Estudante de Física aqui de Brasília, percebi que era uma simples lente polarizada, que faz com que nas faces oculares do nosso globo toda as imagens se tornem uma só, e com profundidade", disse.

Mas foi na confortável cadeira do cinema que as alucinações começaram a sério. Se deparando com as "sementes da árvore da vida", das populações Navi, os espectadores tentava agarrá-las no ar, além de vontade incontrolável de rir e gritar. Controlando a onda, bastou curtir a mágica do filme 3D. Além da viagem na física, também é bom lembrar que uma mensagem em especial do filme é exatamente a mesma que Terence McKenna diz ser a fundamental funcionalidade dos psicotrópicos: entender e espiritualiar o corpo para através dele se comunicar com o planeta. Adão convida a galera que viu o filme a comentar na roda.

O cinema 3D faz a mente fugir da realidade mais do que um baseado gigante. Mas a combinação disso, meu amigo... Adão só dizia: Obrigado, Maria.