[Ed. #51] ErvaMundi: A Cultura da Maconha no... Chile!

A nossa viagem de hoje estava marcada para um lugar chamado Chade, localizado na África. Mas não encontramos nenhum tipo de informação sobre ele, muito menos uma companhia aérea que pudesse nos levar até lá. E é claro que a redação do Hempadão não tá com tanta grana pra bancar um avião particular. Por isso damos sequencia a nossa ordem alfabética de países e vamos voltar ao cone-sul, desta vez no lado extremo oposto para descobrir como é que funciona a cultura da cannabis no... Chile!

Ao que parece o Chile é um dos países mais evoluidos em relação a tolerância do consumo de maconha aqui na América Latina. Assim como a Argentina, por lá é permitido o autocultivo, da mesma maneira a polícia não vai causar grandes problemas caso te flagre com pequenas quantidades da erva. A oposição é forte, e por vezes a planta transita entre classificações de nível mais nocivo e brando, mudando assim toda a penalização ao usuário. De qualquer forma, pesquisas informam que pelo menos 7% da população chilena teve contato com a droga em 2006.

Apesar das drogas continuarem a ser ilegais, a luta principal é pela descriminalização total do consumo, tornando o ato de fumar em locais privado algo completamente fora da esfera jurídica. Caso for pego fumando pela rua, ou dentro do carro, muito provavelmente a polícia chilena vai te liberar, o que não acontece com quem é pego comprando ou vendendo. Para os mochileiros, vale lembrar que a polícia do Chile é considerada a melhor de toda a América, e por isso qualquer tentativa de suborno certamente vai te deixar em maus lençois.

Fatos curiosos que aconteceram por lá abarcam a história de Ricardo Cogwel Vega, que ficou conhecido por defender o uso terapêutico da maconha contra as dores do câncer que sofria. Ele morreu em 2003, mas sua família e amigos formaram uma legião em defesa dessa possibilidade. Ricardo lutou e conseguiu o direito de usar a cannabis em detrimento à morfina, receitada pelos médicos. Segundo especialistas, a maconha tem propriedade sedativas e, apesar de não ajudar na cura, pelo menos fez com que o paciente tivesse felicidade e bom humor até o resto da vida.

A campanha é bem humorada, tanto que dá vontade de fumar unzinho. Mas como sempre o acesso a marijuana é difícil, já que se estiver por lá você vai ter que procurar fornecedores certo para conseguir sua "paragua" ou "ponderado". Uma boa dica é procurar lojas de pipes, por exemplo, e perguntar aos vendedores como fazer para enchê-los. É importante saber que um nome dado à maconha por lá é "cogollo". E se você tiver a sorte de encontrar uma boa fonte, certamente vai poder aproveitar cannabis de excelentes qualidades. Indo a Reoaca é onde há maior possibilidade de encontrar variedades como Purple Haze, White Widow, Orange Bud, Super Skunk, Northern lights, AK-47, etc.

Semana que vem vamos à Ásia! Mais especificamente, no imenso e misterioso território da China. Nos vemos, de olhim pequeno, semana que vem! Até la...