[Ed. #51] RastaFórum: África na Alma e BMW nas Mãos - Bob Marley!

Pra quem não tá ligado, o RastaFórum é a editoria especial ao Rei do Reggae, personagem fundamental da cultura canábica. Para saber bastante sobre a vida do único ídolo global do terceiro mundo basta clicar no banner da editoria ali na coluna esquerda. Hoje vamos continuar a desvelar traços importantes não só de seus feitos, mas também da personalidade em si desse grande gênio da música.

Como já dissemos em posts passados, Bob mantém verdadeiros mistérios sobre suas biografia e valores pessoais, nunca preferindo falar de si próprio, mas sim sobre o que acontece a sua volta. Ele, por exemplo, não gostava de falar sobre alguns assuntos nas entrevistas que dava.  Um dos tópicos evitados era sempre sobre o período da vida em que ele morou nos EUA quando ainda era jovem. Na verdade é provável que ele tivesse certa vergonha disso.

Assim como qualquer ídolo que se preze, Bob gostava de enganar repórteres, inventando histórias sobre seu passado, dizendo que ele e seus pais tinham nascido da África. E ele fazia isso com frequência, embora muitos dos jornalistas conseguissem entender que o interesse principal dele era difundir a crença Rasta.

E esse ocultismo é somente uma parte das curiosidades e contradições por trás da biografia de Marley. Ao mesmo tempo em que cantava sobre os pobres e injustiçados, Bob dirigia uma BMW, explicando ironicamente que é somente porque a marca do carro tem as iniciais do grupo: Bob Marley and the Wailers.

Talvez a mística de Marley tenha sido o simples resultado de uma natureza inerentemente privada. Mas talvez isso tenha sido mais planejado, já que somos forçados a ouvir sua música com bastante atenção – falando por si. A mãe de Bob, Cedella Booker, acredita que é a mensagem de sua música que faz com que ele tenha essa popularidade duradoura. "Ele prega o amor e o companheirismo", disse ela, "Pra todos. Bob tinha que amar a todos... ele apenas queria que todos se unissem", afirma.

Sua filha Cedella, que recebeu o mesmo nome da avó, ecoou esse sentimento. "Quando você ouve a música dele, você se sente ligado de alguma maneira ao que está sendo dito. Tudo que ele cantava e falava era de sua própria experiência. E esperança. Você sabe, esperança para mudança. Muitas pessoas falam ‘Ah... gostaria que isso fosse aquilo’, mas elas não fazem nada para fazer acontecer. E acho que é isso que fez dele alguém diferente. Ele realmente tentou fazer acontecer", afirma ela enchendo de força os corações dos militantes.

O Hempadão rende homenagens semanais a esse ícone da cultura canábica. Passo a passo vamos descobrindo toda biografia do homem que praticamente sozinho colocou a Jamaica no mapa e o Reggae no mundo. Salve eterno!