quinta-feira, 1 de abril de 2010

[Ed. #57] Adão e Erva: Normalização da Maconha - Por uma Responsabilidade Básica!

Momentos de espera eterna. Falta de pilha no relógio da cabeceira é a sensação do tempo que não passa na cabeça. Adão não engana o Pai, não vai enganar a Erva. Ele sente vontade e por vezes taca fogo, ou tenta. Ato opaco. Fade in: Engarrafamento na volta do trabalho. Close em quatro rostos. Jornalistas fartos da rotina, mas de bom humor, dentro de um táxi no mar de carros. Conversa.

Sabe como é taxista, né? Gente malemolente, quase Dândi no trocar de idéias. Papo vai ou vem, alguém sugere o gererê, a sauna no veículo alheio. Brincadeira, claro, só uma insinuação jocosa coletiva. Bastava saber se o taxista vestia ou não desse colete. E a resposta foi: "Pode acender"m mostrando de fato não ligar. Maconha não tinha, mas um novo assunto, sim.

Descobrem que o motorista não fuma, mas não liga de marolar ao vento do ar condicionado, na condicional demora da avenida. E na sequência, um minuto de silêncio: conversando, descobrem que ele tinha outro emprego. Agente penitenciário. Que piada fazer, Adão? Nenhuma. Mas que conclusão? 0% de preconceito. O cara foi cortês como um holandês. Adão vê esperanças, porque a jóia rara na peleja da informação é a compreensão, difusão do necessário vapor de verdade.

Estereótipo caídoJá outro dia, quem diria, aguardando o conserto da internet, telefone e tv, nada para fazer, fazer o quê? Adão nem pensa em traição, quer ela e uma água gelada. Relação a três só se for com o violão. E no instante em que a boca produz a esfera perfeita no ar: o dedo na campainha. Devasso e divertido, o técnico sentiu a marola, avistou a ponta e pediu um trago.

Fumou. Depois se virou bem - Adão duvidou - na hora de conectar vermelhos e amarelos nos respectivos, além de subir escada amparada no poste, pra trocar fios. Isso não é tão comum, na maior parte das vezes o traço canábico é muito mal visto. Por ser história rara, esperamos o dia primeiro de Abril, assim podem achar que mentira e na real, Adão nem liga. Afinal, a verdade liberta e nesse post, ninguém foi preso.

Casey Stoner A opinião pública ainda se assusta com papel envolto em erva. Sem perceber que o entregador da pizza queimou um na rataria, mais stoner do que Casey, plena madruga, jogando fora o fino, na surdina e de bem educado e veloz: gorjeta. Pro de amanhã. O rapper Snoop Dogg contou ontem, em programa de tv, uma que ninguém duvida: "Eu nunca toquei sóbrio em um show". Ele pode, na condição de paciente de maconha medicinal.

Adão refletiu e pensou numa luta não no ambito da legalizada, mas da cultural geral. É preciso antes de legalizar, normalizar. Não para que todos usem, muito longe disso. Mas para que haja mais respeito e menos drama. Adão não admite a lei que pune o trabalhador honesto. Num pós carnaval Adão encontrou a secretária sob doses de Rivotril, depois foi ao chefe, que ainda exalava leve bafo de cachaça. O segurança tava tricando e a telefonista torpe pelo Dourado.

Adão não assistiu nenhum dia o programa global, mas ouviu dizer que o participante vencedor fumava cigarro passando a goma e de uma forma mais do que ultra sugestiva. Adão contou pra ela, pra ver qual era. Ela nem ligou.

10 comentários:

  1. Texto foda!
    E é isso aí, a cada dia eu descubro mais gente adepta a ela.

    #legalize

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  2. "Pode Acender" Que piada fazer, Adão? Nenhuma. ISSO MESMO ADÃO !!!!NENHUMA!!!!



    TécnicoS:TB FUMAN MACONHA ADÃO! MAS DO QUE NUNCA VC SABE DISSO AGORA!"!



    Mas para que haja mais respeito e menos drama. APOIO ADÃO!


    a lei que pune o trabalhador honesto. INFELIZMENTE!


    ecretária sob doses de Rivotril, depois foi ao chefe, que ainda exalava leve bafo de cachaça. O segurança tava tricando e a telefonista torpe(TORÇE?) pelo Dourado.

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  3. Caraleo, texto mto phoda! Parece até que tem ritmo de fundo =P

    As vezes fico pensando também como seria, depois de alguns anos após a legalização, a sociedade em relação à maconha.

    Eu acho que seria como a cerveja: socialmente consumida em bares, boates, rodas de amigos, comemorações, shows, teria toda uma indústria e propaganda promovendo (com advertência do Ministério da Saúde =P), as vendas seriam regulamentadas e existiriam limites de aceitação, como proibição para menores de idade e seriam pouco toleráveis durante o trabalho ou atividades que exigem concentração.

    E esse texto ilustra muito bem isso, exceto pelas reações de surpresas do Adão, pois já seria algo normal =D

    E também concordo com Adão, a sociedade precisa aceitar a maconha para que haja legalização. Mas acho que uma hora a gente chega lá.

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  4. isso ai primeiro acabar com o preconceito e depois legalizar ;) ta de parabeens hempadao !

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  5. e a homenagem ao speedfreaks?...

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  6. Porra!!!
    Parabéns pela postagem!
    Glória a Deus!!
    Glória a ERVA Jah!

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  7. porra
    q texto fera

    viajante

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  8. e ninguem fala nada do speed

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  9. que que aconteceu com o speed? ele tá bem?!!

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  10. ahahahah uma vez eu e meu irmão em um taxi em sao paulo, indo pegar um voo em congonhas, meu irmão diz que tinha um ali, mas tava com vergonha de pedir pro taxista para fumar, fui eu e fali: O tio da para fumar de vidro aberto. E ele: Claro! Não deu outra, meu irmao me passo o baseado, e só foi o tempo de acender e esperar o tio olhar assustado para trás com o cheiro, e falar: Pô se fosse desses, eu ia avisar que daqui a pouco tem bliz, apaga, e acende depois!

    HAHAHAHHAHA fui irado, rachamos!

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