[Ed. #63] Adão e Erva: A Planta Extraterrestre!

O texto de hoje é a personificação de Adão em um de nossos leitores. O nome do autor é Marcos Cânhamo da Silva e veja só a viagem astral que ele nos sugere, através dos tempos e deus, assim como prefere refletir e filosofar Adão, o homem milenar que é amor e amante dela... la hierba buena.

"Que há mais mistérios entre o céu e a Terra do que suspeita nossa vã filosofia, todos sabemos. Mas nem sempre temos consciência do quão complexa é a obra do Criador. Vivemos num universo que possui NO MÍNIMO 100 bilhões de galáxias (isso pq não temos capacidade p/ enxergar além, devido à velocidade da luz em relação ao tamanho do firmamento). Quem já estudou ordem de grandeza no ensino médio está apto a entender que não só a Terra possui vida, nem tampouco o ser humano daqui é o único ou o mais inteligente ser pensante. Vamos partir do pressuposto de que o Homo sapiens evoluiu de primatas, trazendo em si uma parte animal que volta e meia se manifesta das piores e mais cruéis maneiras possíveis. Violência, egoísmo, injustiça, consumismo, exploração e suas tecnologias, são as marcas da sociedade contemporânea que ainda não entrou em equilíbrio com seu meio. Mas e se houvesse uma planta capaz de CONSERTAR o mundo?

Que pudesse combater e até dar fim a diversas moléstias, tal como câncer, AIDS, esclerose múltipla, doenças respiratórias, infecções e afecções, TPM e cólicas, traumas psicológicos, gripe, constipação, glaucoma, dor crônica, ignorância, preconceito ... e à agressividade latente humana? Que ainda pudesse produzir (em eficiência incomparável) as mais resistentes e trabalháveis fibras do mundo? Sendo ainda uma excelente fonte de nutrientes e um alimento completo? Além de tudo, não carecendo de agrotóxicos para se desenvolver?

Os enigmas que essa criatura guarda não param por aí. É a planta que apresenta o maior dismorfismo sexual entre as espécies vegetais. O macho (que parece um pé de bambu), em nada lembra a fêmea, arbustiva. Inclusive seus produtos são distintos. Do macho, utiliza-se as fibras (até cinco vezes mais duráveis que o algodão) e a “mágica” celulose que nunca amarela. É o recordista em produção de biomassa, quatro vezes mais eficiente que o eucalipto.

Na fêmea, as sementes, magnífica fonte de proteína de alta digestibilidade, produzem um óleo insaturado nutritivo que pode ser extraído virgem. Considerado a maior fonte natural de ômega 3 e 6. Pode-se inclusive fazer leite e queijo (obviamente, sem colesterol e sem lactose) delas. De suas flores extremamente aromáticas, extrai-se uma resina que concentra uma pá de substâncias produzidas pela planta. O que é realmente muito estranho é o fato de todos nós termos em nossas células humanas dois receptores específicos para seus princípios ativos. Teria nosso projetista criado esses receptores para nos fazer mal ao entrarmos em contato com tais moléculas?!? É claro que não! A ciência comprova que um desses receptores regula as emoções, as funções respiratórias e cardio-vasculares. O outro age no sistema imunológico, controlando infecções.

Até  os criadores de pássaros canoros reconhecem as propriedades das pequenas nozes, introduzidas na alimentação de seus bichinhos. Segundo eles, as sementes melhoram a qualidade do canto, tornando passarinhos como trincas, sanhaços, sabiás, canários, curiós, verdadeiros astros do movimento psicodélico-emplumado. Pagam caro pelas misturas que contém a tal sementinha, enquannto não instituem o antidopping nas competições aviárias.

O “efeito pacifista”, notoriamente descrito por todos que a conhecem, provavelmente é desencadeado pela redução na taxa de testosterona provocada por seu uso, que também diminui a fertilidade masculina, embora seja afrodisíaco, devido aos seu potente efeito vaso-dilatador, que observamos claramente nos olhos e dilatação da pupila.

A impressão que dá é que o Criador, prevendo o desvio da humanidade em seu desenvolvimento independente, quis criar um gabarito de sua obra. Algo a que os seres desviados poderiam recorrer para se reaproximar do propósito da evolução espiritual, que difere as bestas, dos homens, dos anjos.

Gosto de pensar que quando os “deuses antigos” voltaram p/ o espaço, deixaram plantados canteiros dessa erva em volta de alguns sítios megalíticos lá pela Ásia. Teriam então os primatas assumido as construções e começado a usar espontaneamente o mato deixado pelas divindades que haviam descido e retornado ao céu. Quandi o ser humano passou a recriminá-la, não sei, mas o “não comereis do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal” tem algo a ver. É lógico! Se você tiver malícia para reconhecer o bem e o mal, saberá que não vive num paraíso e, sim, num cativeiro. Loucura? Mas faz sentido. São muitas coincidências para serem apenas coincidências."