[Ed. #69] THCélebre: Os Acordes da Viola Verde de Carlos Santana!

Há muito tempo atrás prometemos um THCélebre com o dono daquela música... a Maria Maria. Ritmo e swing porque estamos falando evidentemente do mestre mexicano das guitarras, o genial Carlos Santana! O objetivo não é traçar aqui a biografia do ídolo, mas sim contar de que maneira sua personalidade está vinculada a militância e sobrevivência da cultura da cannabis.

A maior ocorrência da ficha de Santana é uma prisão no aeroporto de Houston, em 1991, quando tentava importar para os EUA 5 gramas de maconha vindas do México. Evidentemente a sua história com a erva vem de longas décadas. Mas no antro da comunicação de massa, Carlos Santana despontou quando já em 1999 dizia assim aos repórteres: "a maconha não é uma droga e se fábricas forem instaladas aqui para fazer roupas, tofu, remédios e papel de maconha, não vamos ter que derrubar tantas árvores", disse o músico em entrevista na Cidade do México. Quem dera ele tivesse sido ouvido.

O grande sucesso do músico advem principalmente da sua performance no festival de Woodstock em 69. De lá pra cá Santana produziu bastante, se tornou empresário de uma rede de restaurantes requintados, com comida deliciosa, e filial em três estados americanos. O estabelecimento leva o mesmo nome da música: "Maria Maria".

Hoje com 62 anos, Carlos Santana é um dos poucos que sobreviveu a combinação de guitarras e drogas durante as décadas de 70 e 80. Mas não há dúvidas sobre a explicação para esse fato. No caminho oposto ao da maioria, a onda dele se restringiu ao natural. "Ao contrário das drogas pesadas que são fabricadas pelo homem, a maconha vem da natureza e ajuda na abertura da mente. Quem produz drogas é o homem em um laboratório, como a cocaína e a heroína. O que a mãe natureza faz é remédio", diz o artista.

Diversas vezes Santana já se manifestou favorável a legalização das drogas, mas em relação a maconha é sempre. Há quatro anos atrás ele disse assim em entrevista sobre a legalização da ganja: "Claro, mas sob supervisão. A maconha traz menos perigo do que as bebidas alcóolicas. A maconha é para abrir a você outra consciência, outra janela, não estou promovendo a maconha, mas eu sei que para muita gente não é bom que as pessoas fumem, porque pensam diferente e a maioria no governo gosta que as pessoas sejam como ovelhas e pensem como elas", afirmou o artista mexicano.

Nessa mesma entrevista ele fez questão de defender os hippies, que são constantemente estigmatizados pelo uso de drogas. Ele afirmou: "Não, não, essas pessoas são guerreiras de luz". Além disso, na nossa edição número 06 nós fizemos uma tradução que fez muito sucesso no YouTube, para quem não viu, repostamos aqui. Carlos Santana mandou a letra da legalização para o atual presidente dos EUA. Saca só:

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