segunda-feira, 30 de agosto de 2010

[Ed. #79] OnJack: Cap.2 Parte 6 – Fibra de Algodão X Fibra de Cânhamo!

por Rafael Braz

Em meados de 1820, a descaroçadora de algodão (criada por Eli Whitney em 1793) foi amplamente substituída pelas máquinas de tear e novos mecanismos europeus por causa da sua liderança em maquinaria e tecnologia* que conduziu a América. Cinquenta por cento de todas as substâncias químicas utilizadas na agricultura americana hoje em dia são usadas nas plantações de algodão. O cânhamo não precisa de químico nenhum e tem pouquíssimos predadores – exceto pelo governo dos EUA e a DEA**.

*O autor cita “tool” e “die making”, são palavras que no contexto não têm tradução direta para o português. São exemplos de máquinas que estavam sendo importadas. Elas têm muita importância pela produção acelerada, tirando proveito da vantagem da máquina sobre o homem.

**DEA é a sigla para Drug Enforcement Administration, é um órgão do governo norte-americano que atua na guerra às drogas, sendo assim um dos principais motivos para a maconha continuar ilegal.

Pela primeira vez, as roupas feitas de algodão poderiam ser fabricadas por um custo menor do que as feitas à mão, e as fibras selecionadas de cânhamo seriam produzidas nos novos teares mecânicos a vapor. Porém, como o cânhamo é ao mesmo tempo robusto, cálido, suave e duradouro, continuou a ser a segunda fibra natural* mais usada até 1930.

*Se você estiver se perguntando, não existe THC na fibra de cânhamo. Isso mesmo, você não pode fumar a sua camisa. Na verdade, tentar fumar cânhamo industrial pode ser fatal.

Depois da lei de tributação da maconha em 1937, as novas “fibras plásticas” da Dupont, sob licença desde 1936 pela empresa alemã I.G. Farben (as patentes faziam parte da indenização alemã paga aos EUA em virtude da primeira guerra mundial) substituíram as fibras naturais de cânhamo (cerca de 30% da I.G. Farben, subordinada a Hitler, foi financiada e apropriada pela Dupont americana). A Dupont também introduziu a produção de náilon (criado em 1935) no mercado depois de patenteá-lo em 1938.

(Colby, Jerry, Dupont Dynasties, Lyle Stewart, 1984.)

Finalmente, deve-se frisar que aproximadamente 50% de toda a química utilizada na agricultura norte-americana hoje em dia são usadas em plantações de algodão.

O cânhamo NÃO precisa de nenhuma química e tem pouquíssimos predadores – exceto pela DEA e o governo!

(Cavender, Jim, Professor of Botany, Ohio University, “Authorities Examine Pot Claims”, Athens News, November 16, 1989.)

Versão completa em inglês
O tradução do Capítulo 1 já pode ser baixada aqui!
Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, poste um comentário.

2 comentários:

  1. Imagina se trocassem o algodão por cânhamo, industrias de agrotóxicos iriam perder muito dinheiro... sempre tem o outro lado da moeda... mas pelo menos a saúde do homem seria valorizada... o que é dificil hoje em dia... só pensam em dinheiro, dinheiro, dinheiro...

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  2. Verdade.. primeiro dinheiro, dinheiro, dinheiro.
    ai depois de um tempo quando esta tudo um caco '' precisamos cuidar da saude''
    eu voto na valorizaçao da saude cara

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