[Ed. 86#] bONG: Maconheiro ou Pichador? Na mão da Guarda tudo vira Ódio!

por Marco Hollanda

Sempre pontual, o bONG apresenta semanalmente histórias do submundo da repressão ao consumo da erva. De um lado estão usuários que consomem uma erva proibida e que raramente são punidos dentro da lei. Do outro lado temos uma força repressiva que apronta relembrando os tempo de Ditadura Militar.

A militância canábica de combate ao abuso de poder viaja hoje até Curitiba, onde a polícia atua de forma bem similar a qualquer lugar do Brasil. A repressão foi contra três amigos que caminhavam pelo centro da cidade em busca de uma festa.

O relógio já marcava a segunda hora da madrugada quando os amigos abortaram a missão de encontram um espaço para diversão e tomaram o caminho de volta para casa de um dos camaradas. A rua deserta deixou o ambiente ainda mais motivador para acender a primeira tronquinha da noite.

Com a marola na mente e um pouco de erva no bolso a viagem seguida tranquilamente no brilho da madrugada. O primeiro susto da noite ocorre quando uma moto de seguranças passa lentamente pelo grupo e contorna a rua. Em poucos segundos, uma Blazer da polícia que estava logo atrás liga a sirene e acelera em direção aos nossos amigos. Foi o tempo necessário para dispensar o flagrante sem chamar atenção da Guarda.

Mesmo sem encontrar nada ilícito, a negligência da guarda já iniciou a revista disparando socos nos braços e nas costas. E o pior, ao encontrar um canetão, a Guarda tratou de enquadrar os três como pichadores.

Foi o suficiente para elevar ainda mais a intensidade da violência praticada naquela noite. A base de chutes, os três foram obrigados a limpar com a saliva e com a roupa uma parede pichada. Antes da despedida a Guarda deixa a tradicional ameaça de que na próxima vez a repressão será pior.