terça-feira, 16 de novembro de 2010

[Ed. 90#] Chapa2: O Crack na TV - Hoje no Profissão Repórter!

Hoje vai ter mais droga do que de costume na TV! O programa "Profissão Repórter", da rede Globo, vai falar da Dependência no Crack. A sinópse assusta: "A multidão que não dorme. Ruas lotadas na madrugada de São Paulo. A busca pelos filhos na Cracolândia. O dia em que um filho decide voltar pra casa. O início da recuperação."

O enfoque só no usuário é sempre complicado, sobretudo no sentido de que caminhos vamos dar para as políticas e investimentos nos setores verdadeiramente responsáveis? Não cabe aqui questionar a linha editorial do programa, mas a forma do pensamento que norteia nossas ações e emoções sobre um problema que se mostra cada vez mais grave.

A repressão aumenta nas fronteiras e a polícia comemora recordes de apreensão. Isso não seria, talvez, um indicativo de maior fluxo de tráfico? Toneladas da droga são queimadas, como medida de exterminar a pedra maldita. Mas isso não cura a dependência de ninguém. Não é urgente pensar solução? Não seria urgente pensar que tem gente matando e morrendo por 50 centavos para comprar isso?

A redação da hempada não tem televisão. Se alguém souber o horário de exibição do programa, diz aí na roda. Vale lembrar que o apresentador do programa, Caco Barcellos, já teve aqui no Hempadão em um Aspilão. Em entrevista ao Jornal da Tarde, ele disse sobre a maconha:

Não é que eu seja a favor. Acho interessante as pessoas discutirem isso. Se a repressão da maconha fosse boa, já teria resolvido muitos problemas. Por que não discutir? Porque ela é ilegal e causa danos, além de muita violência? É possível pensar numa solução com diálogo, inteligência.

O caso do crack é sem dúvida mais complicado. Inteligência é necessário, mas parece que as decisões, baseadas na massa, se utilizam somente de tradições e conservadorismos. Muitas vezes ignorando até fatos empíricos, como a criação - e o êxito - de salas abertas para o consumo de drogas, assistidas devidamente pelo governo. Seguimos desgovernados o rumo da repressão. Até quando?

14 comentários:

  1. Vo fumar um, daqui uns 20mins eu volto aqui e leio porque já to atrasado... 16:25

    Abc!

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  2. Só lembrando que o crack surgiu nos Estados Unidos em uma epoca que a repressão a cocaina escasseou a droga nas ruas e aumentou seu preço. Como consequencia criaram o crack, derivado de subprodutos da cocaina com outras merdas junto. Mais um problema na conta dos proibicionistas.

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  3. crack nao deriva de "subprodutos" sim da cocaina já pronta, q vira pedra

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  4. Nem um nem outro.

    O crack deriva da pasta base da cocaina misturada com bicarbonato de sódio... Existe mais de um modo de produzir crack, mas este é o mais popular. Ele surgiu da restrição internacional das matérias necessárias para fazer a pasta base virar a cocaina em pó (cloridrato de cocaina). Então os traficantes produtores da matéria base (coca e pasta base) começaram a vender a pasta base direto para os traficantes estadunidenses que, neste período, descobriram o crack, isto é, uma maneira de lucrar mais a partir da pasta base sem a necessidade dos materiais necessários para fazer a cocaina em pó..

    Em suma, fruto do proibicionismo e da loucura capitalista de lucro acima de tudo.

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  5. Segundo a tabela de programação no site da Globo, começa as 23:15

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  6. E nessas horas eu me lembro de uma frase ouvi um dia de um velho deitado, "A química veio para destruir a humanidade"

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  7. Fernando Beserra disse tudo =D !

    @Lara
    o que a química tem haver com os nossos problemas sociais?

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  8. Rapazzzzz Se Não Me Engano Já é a Terceira ou Quarta Vez q Eles Abordam Esse Mesmo Tema

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  9. 23:15 pelo site da globo

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  10. @lara
    A química veio da natureza, a humanidade se destrói por si só.

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  11. se não houvesse a repressão a cocaína o crack nao teria sido "descoberto/inventado"... já que não teria porque procurar um meio de 'aumentar' a quantidade misturando e transformando em outra substância...
    defendo a legalização de todas as drogas, o controle e o aprofundamento nos estudos cientificos, só assim a gente vai saber realmente do que se trata e como tratar dependentes quimicos...

    santa ganjah !
    PEACE

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  12. O crack realmente é o fim,quem conhece a cracolândia sabe...

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  13. @Lara
    Eu, como estudante de química da UFPR, lamento em lhe dizer que essa afirmação é uma grande falácia, proveniente da ignorância.
    É hipocrisia afirmar algo assim, uma vez que praticamente tudo que está a sua volta possui uma intervenção tecnológica de âmbito químico, seja ela na coloração de sua roupa, nos conservantes dos alimentos, na pilha, o lcd de seu monitor... enfim, o problema não está na tecnologia e em seu desenvolvimento, mas na forma como a humanidade se utiliza disso.
    Sempre uso como exemplo o conceito da energia nuclear. Por um lado, o ser humano pode ter a utilizado para erradicar cidades inteiras, como Hiroshima e Nagazaki, entretanto, milhões de pessoas são salvas, todos os anos, através do conhecimento nuclear, tendo como exemplo os equipamentos de raio-x para a detecção de doenças em um organismo.
    Nós temos que garantir, como pessoas comprometidas e de bom senso, que o acesso à essas tencologias não caia em mãos e mentes pervetidas, as quais criam abominações como o crack.

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  14. o crack é tenso. caminho sem volta.

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