segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

[Ed. 96#] OnJack: Cap. 4 Parte 1 – Os Últimos Dias da Cannabis Legal!

Descorticador Como agora sabemos, a revolução industrial do século XIX constituiu um retrocesso para o o comércio mundial de cânhamo, devido à falta de má­quinas para colher e rachar necessárias para a sua produção em massa. Mas este recurso natural era valioso demais para ser relegado durante muito tempo para o caixote do lixo da história.

 

Em 1916, o Bulletin 404 do USDA previu o desenvolvimento de uma má­quina de descorticar e colher cânhamo, que voltaria a fazer deste a maior indústria agrícola da América. Em 1938, as revistas Popular Mechanics, Mechanical Engineering e outras apresentaram a uma nova geração de investidores as primeiras máquinas descorticadoras de cânhamo comple­tamente operacionais; o que nos traz à seguinte parte da história. Ambas as revistas indicavam que, graças a esta máquina, o cânhamo voltaria a ser o principal produto agrícola americano!

 

REVOLUÇÃO NO FABRICO DE PAPEL

Se o cânhamo fosse cultivado legalmente usando a tecnologia do século XX, ele seria hoje o produto agrícola mais impor­tante dos Estados Unidos e do mundo!

(Popular Mechanics, Fevereiro de 1938; Mechani­cal Engineering, Fevereiro de 1938; Relatórios do Departamento da Agricultura dos E.U., 1903, 1910,1913-)

 

De fato, quando os dois artigos prece­dentes foram preparados, no início de 1937, ainda era legal cultivar cânhamo. E aqueles que prediziam rendimentos multimilionários em novos negócios de câ­nhamo não estavam considerando rendi­mentos oriundos de medicamentos, energia (combustível) e alimentos, que hoje acrescentariam cerca de um bilhão de dólares à nossa iminente economia "natural" (comparada com a nossa eco­nomia sintética e perturbadora do am­biente). O consumo de cânhamo fumado com fins relaxantes apenas acrescentaria uma quantidade relativamente reduzida a este número.

 

A razão mais importante por que as revistas de 1938 projetavam novos ren­dimentos multimilionários para o câ­nhamo era a utilização deste no fabrico de "pasta de papel" (como oposto a papel feito de fibras ou de trapos). Outras razões eram a sua fibra, as sementes e muitos outros usos para a polpa.

 

Esta notável tecnologia nova para pro­duzir pasta de cânhamo foi inventada em 1916 por cientistas do Departamento de Agricultura dos E.U.A, o botânico Lyster Dewey e o químico Jason Merrill.

 

Esta tecnologia, juntamente com a invenção da máquina descorticadora de W. Schlichten, patenteada em 1917, tornou o cânhamo uma fonte viável de papel a menos de metade do custo do papel feito de polpa de árvore. A nova maquinária para colheita, juntamente com a máquina de Schlichten, fez descer o tempo de pro­cessamento do cânhamo de 200 a 300 horas-homem por acre para apenas um par de horas. Vinte anos depois, o avanço tec­nológico e a construção de novas vias de acesso tornaram-no mais valioso ainda. Infelizmente, por essa altura, as forças que se opunham ao cânhamo haviam ganho ímpeto, e agiram celeremente com vista a suprimir o seu cultivo.

 

Versão Completa em Inglês!
A tradução do Capítulo 1 já pode ser baixada aqui!
Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, poste um comentário.

6 comentários:

  1. a proibição do cânhamo foi a maior burrice cometida pelo homem, motivada pela ganância de alguns e a ignorância de outros...
    é um atentado a natureza... salve o planeta, legalize o cânhamo!

    LEGALIZA BRASIL!
    PAZ!

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  2. Cânhamo industrial: tecido, biodiesel, papel, óleo... Tantas aplicações e tanto preconceito! Até quando?

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  3. A crescente utilização de combustíveis fôsseis em especial o petróleo agiu diretamente na eliminação do cânhamo como fibra em detrimento da necessidade de se comercializar mais um produto derivado do petróleo, as fibras sintéticas. Acredito que os interesses capitalistas frente ao petróleo foram decisivos para eliminação e criminalização do gênero Cannabis em todo mundo, muito mais influente que a própria busca interna estadunidense de buscar mais alternativas para segregar ainda mais as etnias não brancas dentro do seu território. Ao invés de usarmos roupas 100% cânhamo usamos 50% poliester (petróleo) 50% algodão. A proposição 19 mostrou para o mundo o interesse estadunidense em reaver todas essa questão sobre a legalização da Cannabis, sem dúvida mais uma vez eles estão saindo na frente e buscando desenvolver variedades mais produtivas e tecnologias aplicadas diretamente ao cultivo. Futuramente iremos assistir os EUA dominando o comércio mundial de cannabis. E nós brasileiros continuaremos esperando até que o Tio Sam continue decidindo pelo futuro da humanidade.

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