[Ed. #97] Chapa2011: Será esse o Ano da Mudança?

Esse não é ano de eleição, nem de Copa do Mundo. Mas 2011 pode ser o ano para entrar na história da liberdade individual a respeito da cannabis sativa no Brasil! Os ventos que batem na costa da América do Sul são oriundos de influências estrangeiras tanto norte-americanas quanto europeias - cadê as orientais que ainda não chegaram? Bate forte e marolado o vento, e traz informações cada vez mais libertárias a esse povo de cabeça quente, temerosa por novos picos de guerras às drogas.

 

O Hempadão já anunciou boas novas no cenário político brasileiro, mas é claro que isso é apenas mais um passo. E de passo em passo... nessa caminhada longa que pisa diversas cidades do Brasil, esse ano ninguém duvida que a Marcha da Maconha vai ser maior e muito mais significativa. Tão clichê quanto enrolar um baseado, mas vale dizer: depende de nós.

 

Quem viajou no final do ano e não viu, vale ver a Retrospectiva Canábica 2010! Certamente um arquivo para se lembrar para sempre. Mas esse ano queremos muito menos prisões, por favor. Ficou provado que são dois trabalhos: um prender, outro soltar os growers! A mídia só trabalha em um deles, mas a justiça vê e leva em conta os dois.

 

Parodiando Augusto Boal, eu diria: não se pode fumar maconha sem fazer política. E é verdade, já que tá na conta do maconheiro até a culpa pelo "crime organizado". Mas a frase original é que "não se pode olhar a lua sem fazer política." E por isso mesmo sem eleição o Chapa2 continua trazendo notícias dessa área que, na verdade, é um esfera muito além de partidos e eleições.

 

E quem seria o grande nome da política para esse ano? Bem... comemoramos no ano passado a reeleição de Paulo Teixeira, sempre atuante a favor da nossa causa. Durante o ano anterior o deputado federal falou muito sobre um projeto de lei a ser apresentado no congresso. Acreditamos que não deva passar de 2011. Mas dá pra acreditar que vai passar?

 

Aos poucos, nossa história coleciona casos de alegrias e tristezas. Esse é o percurso de qualquer resistência, sobretudo quando lida com instintos culturais entranhados em preconceitos. O Hempadão trabalha todos os dias para a difusão de uma expressão milenar de cultura que está longe de se restringir ao seu uso em forma de cigarro. Além de bongs, pipes, receitas, o careta nunca imaginaria a mochila, o concreto, a hidroponia, o autossustento, o cânhamo industrial, a dieta do buda, a biografia dos THCélebres, as variedades... a flor!

 

Não sabem nem que maconha se planta na terra e querem proibir e falar mal. Isso porque os tempos de ignorância foram longos, mas estão prestes a acabar. A missão de informar faz muito mais sentido quando cada leitor se transforma em uma nova força de divulgação do conteúdo. Ninguém duvida que esse ano vamos chegar muito mais longe. A pergunta que fica é: onde vamos chegar? Enquanto houver jardineiro sendo preso como traficante, o tráfico seguirá solto, igual praga no jardim.