segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

[Ed.100#] OnJack: Cap. 4 Parte 5–Uma Questão de Motivo!

por Rafael Braz

 

Esta perspectiva foi referida durante as audiências do Senado, em 1937, por Matt Rens, da Rens Hemp Company:

 

Sr. Rens: Um  imposto assim afastaria todos os pe­quenos produtores do setor do cultivo de cânhamo, e a proporção de pequenos pro­dutores é considerável... O objetivo principal desta lei não é gerar receitas, pois não?

Senador Brown: Bem, nós aderimos à proposição de que é.

Sr. Rens: A lei vai custar milhões.

Senador Brown: Muito obrigado. (Testemunha dispensada.)


O ódio de Hearst e suas mentiras histéricas

A preocupação com os efeitos do fumo do cânhamo levara já a dois grandes estudos governamentais. O Governador Britânico da índia publicou o Relatório da Comissão sobre as Drogas do Cânhamo-da-Índia, 1893-1894, que estudava grandes fumadores de bhang no subcontinente. E em 1930 o Governo dos E.U. patrocinou o estudo da Comissão Siler sobre os efeitos da marijuana em soldados ameri­canos estacionados no Panamá que fu­mavam erva nas horas de folga. Ambos os relatórios concluíam que a marijuana não era problemática e recomendavam que não fossem aplicadas sanções crimi­nais à sua utilização.

 

Nos nos 20 e 30, a cadeia jornalística de Hearst manufaturou deli­beradamente uma nova amea­ça para a América, e fomentou uma nova campanha de jornalismo amarelo visando proibir o cânhamo. Por exemplo, a história de um acidente de viação no qual foi encontra­do um "cigarro de marijuana" dominaria as manchetes durante semanas a fio, enquanto os acidentes de viação rela­cionados com o álcool (que eram mais de 1000 vezes superiores aos acidentes ligados com a marihuana) eram relegados para as páginas traseiras.

 

No início de 1937, Walter Treadway, Bastonário da Saúde Assistente dos E.U, disse ao Comité Consultivo sobre a Can­nabis da Liga das Nações que, "É possível tomá-la durante um período relativa­mente longo de tempo sem que ocorra qualquer colapso social ou emocional. A marihuana vicia (...) no mesmo sentido em que o fazem (...) o açúcar ou o café".

 

Mas outras forças estavam em ação. A fúria bélica que levou à Guerra Hispano-americana de 1898 foi deflagrada e ali­mentada por William Randolph Hearst através da sua cadeia nacional de jornais, marcando o início do "jornalismo amarelo"* enquanto força da política americana.

 

*O dicionário Webster's define "yellow journalism" (jornalismo amarelo) como o  uso  de  métodos "bai­xamente"  sensacionalistas ou inescrupulosos em jor­nais ou outros média com vista a atrair ou influenciar leitores.

 

No final dos anos 30, este mesmo tema da marijuana causadora de desastres de viação seria repetidamente gravado na mente do público através de manchetes referindo acidentes rodoviários relacio­nados com marijuana, e filmes tais como "Reefer Madness" e "Marijuana — As­sassin of Youth".

Versão Completa em Inglês!
A tradução do Capítulo 1 já pode ser baixada aqui!
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Um comentário:

  1. essas propagandas ficticias... xiii

    o negocio é a raça se junta e fazer uma SA de hemp e faze grana

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