[Ed.#107] CannaBusiness: Kestrel – Um Carro feito de Maconha?!

por Mário João Soles

 

Em uma publicação anterior (clique aqui!) vimos o Hemcrete®, composto de Hemp capaz de substituir o concreto, e as casas que estão sendo construídas nos EUA e Canadá. Aposto que a maioria imaginou como seria morar em uma casa feita inteirinha da Erva! Bom, se vocês gostaram da ideia de morar na erva, o que acham de poder dirigí-la?

 

Pois bem, apresento-lhes o Kerstel. Um carro elétrico criado pela Motive Industries, Inc, do Canadá, que utiliza composto de Hemp e outras fibras naturais e sintéticas em sua fabricação. O lançamento no mercado, previsto para 2013, coloca o Canadá como os pioneiros nesse segmento e tem conquistado uma grande divulgação e aceitação tanto da mídia quanto do público.

 

 

O composto de Hemp utilizado foi desenvolvido por uma empresa chamada Alberta Innovates-Technology Future (AITF), que busca desenvolver as vantagens competitivas do país na fabricação de carros elétricos e seus componentes. Como Hemp não pode ser plantada em solo americano, o Canadá detém essa vantagem de mercado.

 

 

O carro pode chegar a 140 km/h, pesa apenas 850kgs e acompanhará diversas opções de baterias para que o carro seja financeiramente acessível a todos. Embora não se saiba como será a degradação do veículo com o passar do tempo, acredita-se que o mesmo deva durar por muitos anos e necessitar de pouca manutenção.

 

Apesar de ser a primeira vez que um automóvel assim será lançado no mercado, a Hemp já foi utilizada na confecção de veículos anteriormente. Para quem conhece a história de Henry Ford e de seus primeiros carros T, sabe que os mesmos foram feitos a partir de compostos de Hemp, por serem mais leves e, como se não bastasse, H. Ford utilizou óleo de Hemp para abastecê-los também. Os painéis feitos de Hemp eram 10 vezes mais resistentes que o ferro. O vídeo a seguir conta um pouco dessa história e segue até os dias de hoje com o novo conceito do Kerstel.

 

Com a proibição do cultivo e a guerra contra a erva no mundo, a pesquisa e desenvolvimento de Hemp no mundo foram dificultados e retomados somente por volta de três décadas atrás. Apesar da dificuldade imposta pela proibição, fica cada vez mais claro a hipocrisia por trás da proibição de uma planta que possui não só o benefício recreativo e medicinal de seu princípio ativo, como também milhares de usos diversos para sua fibra e sementes.

 

Até a próxima!