segunda-feira, 21 de março de 2011

[Ed.108#] OnJack: Fibras Artificiai​s – Alternativa tóxica às fibras naturais!

por Rafael Braz

 

Entre o final dos anos 20 e o início da década de 30 assistiu-se à continuada consolidação de poder nas mãos de al­gumas grandes empresas metalúrgicas, petrolíferas e químicas (munições). O governo federal dos E.U.A. colocou gran­de parte da produção têxtil destinada à economia doméstica nas mãos do seu principal fabricante de explosivos, a DuPont.

 

 

O processo de nitrificar a celulose em explosivos é muito semelhante ao pro­cesso de nitrificar a celulose em fibras sintéticas e plásticos. O Rayon, a primeira fibra sintética, é simplesmente algodão – pólvora estabilizado, ou tecido nitrificado, o explosivo básico do século XIX.


"Os plásticos sintéticos são aplicáveis no fabrico de uma grande variedade de artigos, muitos dos quais no passado eram feitos de produtos naturais", exul­tou Lammot DuPont (Popular Mecha­nics, Junho de 1939, p. 805.)


"Considerem-se os nossos recursos naturais", continuou o presidente da DuPont. "O químico ajudou a conser­var os recursos naturais ao desenvolver produtos sintéticos para suplementar ou substituir completamente os produ­tos naturais".


Papel de cânhamo cannabis maconha hemp paper hempadao laricas de informacao blog marijuana Os cientistas da DuPont eram os principais investigadores mundiais do processo de nitrificação da celulose; de fato, à época eles eram o maior proces­sador nacional de celulose. O artigo de Fevereiro de 1938 da Po­pular Mechanics afirmava: "Milhares de toneladas de miolo de cânhamo são usadas todos os anos por um grande fabricante de pólvora para produzir di­namite e TNT".


A história mostra que a DuPont obtivera um domínio quase absoluto sobre o mercado dos explosivos ao comprar e consolidar, no final do século XIX, as pequenas empresas de demolição. Em 1902, ela controlava cerca de dois terços da produção da indústria.


A DuPont era o principal fabricante de pólvora, tendo fornecido 40% das munições para os Aliados durante a Se­gunda Guerra Mundial. Enquanto investigadores de celuloses e fibras, os químicos da DuPont conheciam me­lhor do que ninguém o real valor do cânhamo, o qual ultrapassa largamente o das suas fibras filamentosas; embora estas fibras longas sejam adequadas para a confecção de linho, tela, redes e cordame, elas constituem apenas 20% do peso dos caules de cânhamo. 80% do cânhamo encontra-se no miolo contendo 77% celulose, e esta era a mais abundante e limpa fonte de celu­lose (fibra) para fazer papel, plástico e até mesmo rayon.


A evidência empírica apresentada neste livro mostra que o governo federal — através da Lei de Taxação da Ma­rijuana de 1937 — permitiu ao seu fa­bricante de munições fornecer fibras sintéticas para a economia doméstica sem ter competição. A prova de uma conspiração bem sucedida entre estes interesses empresariais e governamen­tais é simplesmente esta: Em 1997, a DuPont era ainda o maior produtor de fibras artificiais, enquanto há mais de 60 anos nenhum cidadão colhe legal­mente um único acre de cânhamo para fabrico de têxteis (exceto durante o período da 2a Guerra Mundial).


Uma tonelagem quase ilimitada de fibra e celulose naturais teria sido disponibilizada para o agricultor america­no em 1937, o ano em que a DuPont patenteou o nylon e o poluidor processo à base de sulfito para fabricar pasta de papel. Perdeu-se todo o valor potencial do cânhamo. Os plásticos simples do princípio do século XX eram feitos de celulose nitri-ficada, diretamente relacionada com os processos usados pela DuPont para fa­bricar munições. O celuloide, o acetato e o rayon eram os plásticos simples des­sa era, e o cânhamo era bem conhecido dos investigadores da celulose como o principal recurso potencial desta indús­tria. A nível mundial, a matéria-prima para os plásticos simples, o rayon e o papel podia ser fornecida idealmente por miolo de cânhamo.


As fibras de nylon foram desenvolvi­das entre 1926 e 1936 por Wallace Carothers, o conhecido químico de Harvard, trabalhando a partir de patentes alemãs. Estas poliamidas são fibras longas ba­seadas em produtos observados na Natureza. Carothers, dotado pela Du­Pont com um generoso subsídio de investigação, procedeu a um estudo abrangente das fibras celulósicas natu­rais, duplicando-as nos seus labora­tórios. Foi assim que foram desenvolvi­das as poliamidas — as fibras longas de um processo químico específico. (Cu­riosamente, Wallace Carothers suici­dou-se em Abril de 1937, uma semana após o Comité dos Modos e Meios ter realizado as audições sobre a cannabis, e criado a proposta de lei que eventual­mente proibiria o cânhamo.)


Foram usados produtos químicos ba­seados em alcatrão de carvão e petróleo, e patenteados diferentes dispositivos» fieiras e processos. Este novo tipo de têx­til, o nylon, seria controlado desde a fase da matéria-prima, enquanto carvão, até ao produto completado; era um produto químico patenteado. A companhia quí­mica centralizava a produção e os lucros da nova fibra "milagre"


A introdução do nylon, a introdução de maquinaria de alto débito para se­parar a fibra longa do cânhamo do seu miolo celulósico, e a proibição do câ­nhamo como "marijuana", todos ocor­reram simultaneamente.

 

As novas fibras artificiais podem descrever-se idealmente como material de guerra. A fabricação de fibras tornou--se um processo baseado em grandes fábricas, chaminés, refrigerantes e pro­dutos químicos perigosos, ao invés de ser um processo de separação das abun­dantes fibras naturais disponíveis.


Com um passado, de fabricantes de explosivos e munições, as antigas "fábri­cas de corantes químicos" produzem agora camisaria, linhos e telas de imi­tação, tinta de látex e alcatifas sintéticas. As suas fábricas poluidoras produzem couro de imitação, estofamento e con­traplacado, enquanto uma parte impor­tante do ciclo natural continua a ser proibido.

 

A fibra-padrão da história do mundo, a colheita americana tradicional, o câ­nhamo, podia abastecer as nossas in­dústrias têxteis e do papel e ser a princi­pal fonte de celulose. As indústrias béli­cas — a DuPont, a Allied Chemical, a Monsanto, etc. — encontram-se prote­gidas da competição através das leis contra a marijuana. Estas empresas fazem guerra ao ciclo natural e ao agricultor comum.

— Shan Clark

Fontes:
Encyclopedia of Textiles, 3a edição, pelos autores da revista American Fabrics and Fashions, William C. Legal, Prentice-Hall Inc., Englewood Cliffs, NJ, 1980; The Emergence of Industrial America: Strate­gic Factors in American Economic Growth Since 18/0, Peter George State University, NI; DuPont (uma biografia empresarial publicada periodica­mente pela E. I. DuPont De Nemours and Co. Inc., Wilmington, Delaware); The Blasting Handbook, E. I. DuPont De Nemours & Co. Inc., Wilmington, Delaware; revista Mechanical Engineering, Fev. 1938; Popular Mechanics, Fev. 1938; Journal of Applied Polymer Science, Vol 47, 1984; Polyamides, the Chemistry of Long Molecules (autor desconheci­do); Patente dos E.U. N° 2.071.250 (16 Fev. 1937), W. H. Carothers; DuPont Dynasties, Jerry Colby; The American Peoples Encyclopedia, the Sponsor Press, Chicago, 1953.

10 comentários:

  1. Na excasses de erva só dichava o tenis e botar fogo OIHAOIHIAOHAIIOAIO

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  2. + uma coisa sobre a dupont, quando ele inventaram o nylon, as meias das mulheres eram tao forte e duraveis, que os homens usavam para amarrar um carro no outro e puxar, porem eles perceberam que no inicio foi uma febre de venda porem como durava muito, mandou seus quimicos fizerem um nylon de pior qualidade, menos duravel e menos resistente, para estragarem rapido, e as mulheres voltassem a comprar mais meias...

    E isso os recusos naturais o lixo para nova geraçoes eles nao pensaram ...

    capitalista fdp

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  3. Disso que estou falando para quem intende espanhol ou é esforçado em entender.

    Documentario muito bom

    comprar tirar comprar em espanhol fala da dupont e das lampadas que duram mais de 100 anos porem tiraram do mercado, tinha uma outra lampada da alemanha oriental que durava 25 mil horas..

    assiti q é du bom.

    http://vimeo.com/18677555

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  4. Hummm, quer dizer que da pra fazer explosivo com os talos que sobrarem das paradas!!! hehehehe

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  5. qd tiver sem fumo vai da vontade de fuma o tenis todo

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  6. tenho um mormaii de canhamo hahahha

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  7. galera universitária, vamos levar esse texto pra faculdade.

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  8. assitam esse documentario

    http://vimeo.com/18677555

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  9. aqui na minha cidadi, ja teem pra vende uns mormai 100% hemp.

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