[Ed.108#] bONG: Repressão ataca até no campus de uma Universidade Federal!

por Marco Hollanda

 

Não é segredo para ninguém que qualquer campus de universidade pública é um território livre e pacífico para o consumo de maconha. Problemas, quando existem, só começam quando ocorre a interferência de alguma força repressora. Foi exatamente isto que aconteceu na Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba.

 

Quem nos conta este caso diz que a história começa com um encontro de velhos amigos de moradia na biblioteca. Na companhia de outros dois amigos foi formada uma roda para apreciar o autêntico camarão cultivado no Polígono da Maconha, disponível quase que exclusivamente para o público nordestino.

 

 

Como o único carro disponível seria entregue ao pai no final do dia, foi decido que a carburação ocorreria dentro do campus, em uma área verde onde é possível curtir a brisa que chega do açude. Distantes de qualquer indivíduo que poderia ficar incomodado com a marola, os amigos apreciavam a natureza contemplando e confraternizando com a erva que alguns ainda acreditam que seja obra do Diabo.

 

Como já foi dito no início deste texto, as áreas de lazer de universidades públicas estão entre os mais tradicionais picos canábicos do país. Diante disto, é preciso ressaltar o grotesco de uma abordagem da polícia militar dentro do campus de uma Federal. Os tiras que flagraram nossos amigos com o beck na mão se aproximaram com armas apontadas e xingando ofensas impublicáveis.

 

Felizmente a repressão ficou mais calma com ajuda de um policial mais experiente que tratou de acalmar os tiras novatos e sedentos por sangue. Ali mesmo a história chegou ao fim, com repressores e reprimidos tomando rumos opostos.

 

Mais insano e bizarro que abordagem da Guarda Negligente, foi ouvir gritos de "maconheiros safados!" saindo das salas de aulas próximas ao local. Sinal de que a caretice radical está invadindo espaços antes dominados por ideais libertários, que entraram para história do Brasil na luta contra a opressão do Estado ao povo.