[Ed.116#] Baseado na Lei 17ª Edição: #MaioVerde

por Cacá R. Müller

 

Chegou o outono, mesmo assim Maio começou verde. Os apreciadores da Cannabis se unem por todos os cantos para marcharem pacificamente em prol da liberdade e do fim do proibicionismo irracional. Em Maio marchamos para tornar os caminhos percorridos verdes e livres.

 

Muitos ainda não nos levam a sério. Apesar da cobertura e visibilidade dada pelo CQC, foi triste ver piadas batidas e desprezo à causa num programa televisivo formador de opiniões. É verdade, Tas, esta geração experimentou pouco, não ousou quase nada. Muitos riem e fazem piadas com os maconheiros. O estereótipo é a fonte do preconceito. A geração do “Maluco Beleza” foi trocada só pelo “blz” e as experiências com “drogas” virou consumo. Mas alguns de nós queremos mais, queremos a resistência pacífica e a conquista do nosso espaço.

 

Mesmo assim, a luta persiste. Apesar dos estereótipos, apesar do preconceito, a luta persiste e cada dia que passa, inevitavelmente ficamos mais próximos da legalização. Fala-se muito dos Direitos Humanos, dos direitos dos humanos. Mas deixa-se de lado o principal pilar da dignidade da pessoa humana, que é a paz.

 

E após a legalização? Hoje já me preocupo com meu futuro após a legalização. Fico feliz. Nós, maconheiros militantes pela legalização da Santa Erva iremos buscar outras lutas. #MaioVerde vai continuar, sempre verde. A nossa luta não é apenas pelo direito de plantar e fumar Maconha. É uma luta em prol da natureza, da liberdade e da dignidade. O ser humano fala demais em Meio Ambiente e nos desdobramentos jurídicos advindos do Direito Ambiental. O ledo engano surge pelo fato do ser humano também compor a natureza, o meio ambiente. Somos uma parcela de um todo, de um conjunto. Enquanto houver Maio, teremos que marchar pelo Verde.

 

Levantem as bandeiras do proibicionismo. Parafraseando o Mestre Cinco: é sinal de que estamos no lado certo. É simples: quem quer fumar, fuma; quem não quer, não fuma. Não sei não, mas eu acho que o medo dos proibicionistas é de sentir o paraíso. O mesmo medo do “meu amigo Pedro”, né Raulzito? Se é bom para mim, ótimo. Se não é para você, tudo bem. Legalizar não significa tornar o uso obrigatório. Ora, “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Então, se é lícito: LEGALIZA! Cada um vai julgar sua conveniência.

 

Marchar é um exercício dos mais completos: exercita o corpo, a mente e a cidadania. #MaioVerde durante o ano todo. Observe, reflita, pense, critique, evolua e mude o mundo!