Usos Terapêuticos da Cannabis – Parte 3! [OnJack Ed. 126#]

4. ALÍVIO DA NÁUSEA (NA AIDS, TERAPIA DO CÂNCER E ENJOO)

 

Embora seja sabido que a quimiote­rapia é extremamente lesiva para o sis­tema imunitário, os seus proponentes pretendem que ela é benéfica para padecentes de câncer e AIDS. Mas a quimioter­apia tem alguns outros efeitos secundá­rios sérios, incluindo a náusea. "A mari­juana é o melhor agente para o controle da náusea causada pelo tratamento qui­mioterapia) de cânceres" afirma o Dr. Thomas Ungerlieder, que chefiou o pro­grama californiano de investigações "Ma­rijuana contra o Câncer", de 1979 a 1984. Este alívio da náusea também se verifica no tratamento quimioterapia) da AIDS e mesmo nas perturbações estomacais ao enjoo causado pelo movimento.

 

 

Os fármacos para controle da náusea vêm na forma de pastilhas, as quais o doente vomita muitas vezes logo após a ingestão. Dado que a cannabis é ingerível corno fumo, ela mantém-se no sistema e continua a agir mesmo se os vômitos continuarem.

 

Durante os 10 anos de vigência da lei da Marijuana Médica Compassiva, George Deukmejian, primeiro na qualidade de procurador-geral e então como governa­dor da Califórnia, impossibilitou virtual­mente que quaisquer padecentes de câncer recebessem cannabis, sem mostrar qualquer consideração pelo seu sofrimento. O governador da Califór­nia, Pete Wüson, seguia um rumo seme­lhante até a aprovação da iniciativa da marijuana médica em Novembro de 1996.

 

5. EPILEPSIA, ESCLEROSE MÚLTIPLA, DORES NAS COSTAS E ESPASMOS MUSCULARES

A cannabis é benéfica para 60% de todos os epiléticos. É sem sombra de dúvida o melhor tratamento para muitos tipos de epilepsia, mas não todos, e para os traumas mentais subsequentes ao ataque. O extrato de cannabis é mais eficaz do que o Dilantin (um anti-epilético vulgarmente receitado, com severos efeitos secundários). A revista Medicai World News informou em 1971: "A mari­juana (...) é provavelmente o mais po­tente antiepilético conhecido da medi­cina atual". (Mikuriya, Marijuana Medi­cal Papers, 1839-1972, página xxii)

 

Os ataques epiléticos sofridos por utilizadores de cannabis são menos intensos que os ataques mais perigo­sos que vitimam os utentes de fármacos. De igual modo, provou-se que fumar cannabis pode constituir uma enorme fonte de alívio para os sintomas da escle­rose múltipla, doença que afeta o sis­tema nervoso e é caracterizada por fra­queza muscular, tremuras, etc.

 

À exceção da morfina viciante, a cannabis, fumada ou aplicada como emplastro de ervas ou cataplasma, é tam­bém o melhor relaxante muscular, o me­lhor remédio para espasmos lombares e a melhor medicação antiespasmódica do nosso planeta.

 

Em Setembro de 1993, no condado de Santa Cruz, Califórnia, o xerife prendeu Valerie Corral, uma epilética, pela se­gunda vez, confiscando as cinco plantas de marijuana que ela cultivava por razões médicas, embora 77% dos cidadãos de Santa Cruz tivessem votado em Novembro de 1992 no sentido de instruir os agentes da lei locais a não perseguirem os utilizadores de marijuana médica. Ante­riormente, em Março de 1993, as acusações contra Carrol haviam sido retiradas por ela ter sido a primeira pessoa na Califórnia a cumprir todos os requisitos de uma defe­sa baseada na necessidade médica. Em 1997, Valerie, que dirige um clube de uso compassivo de cannabis, foi eleita Cidadão do Ano em Santa Cruz.

 

(Cohen e Stillman, Therapeutic Potential of Marijuana, 1976; Consulte-se a farmacopeia dos E.U. anterior a 1937; Míkuriya, Dr. Tod H., Marijua­na Medical Papers, 1839-1972.)