Dever de Tolerância ao Maconheiro! [Baseado na Lei 128#]

por Cacá R. Muller

 

Democracia consiste em convivência pacífica entre aqueles que são diferentes. Os segmentos sociais podem ser pautados nos mais diversos aspectos: cor, credo, idelogia, etc. A verdadeira democracia é baseada na coexistência entre estes segmentos, com tolerância e respeito mútuos.

O maconheiro não quer forçar o uso. A legalização é apenas a síntese da liberdade dos adeptos à Cannabis para poderem usufruir de seus benefícios com dignidade e sem o conflito direto do Estado. Os proibicionistas fazem querer parecer que legalização é sinônimo de obrigatoriedade de uso.

 

A dignidade do usuário deve ser preservada, ao passo que dá-se a possibilidade de ter sua situação regulamentada. Enquanto isto, no Brasil da realidade, a proibição possibilita o mau uso da lei. Os aplicadores da lei podem se favorecer da imprecisão da norma para punir quem não deve.

Mais vale a autoridade de um argumento do que um argumento autoritário. Assim, quando existir uma norma clara haverá delimitação da conduta. Saber-se-á a quantidade de maconha que se pode portar e com isso haverá segurança para o usuário. Neste momento, a dignidade do Maconheiro será exercida.

Assim, o dever de tolerância, quiçá um dia, será tutelado pelo Direito e preconceito contra maconheiro pare de ser esporte de alguns políticos praticado em desfavor de nós. Quem sabe um dia Maconheiro possa mostrar sua cara e ser respeitado, não pelo que fuma ou pelo que bebe (nem mesmo pelo que se veste), mas sim pelo que é, pelas suas atitudes e ideias. Observe, reflita, pense, critique, evolua e mude o mundo.